Diante de crônica da minha
lavra, em que analisei a situação de dificuldade de um filho que, perante o
médico, não sabia informar nem responder as perguntas relacionadas com o pai
dele, que estava sendo atendido naquele momento, cuja situação o teria deixado
transtornado, por ele entender que saber o que se passa com os pais é importante
dever dos filhos, um dileto amigo relatou um pouco do que se passa com ele, na
forma a seguir.
“Essa relação é meio
complexa, creio eu que muitos país omitem ou não tem a preocupação de informar
os filhos sobre questões de saúde. Eu, por exemplo, falo pouco com meus filhos
sobre esse tema, daí, não posso avaliar o grau de interesse, de preocupação
deles acerca de minha saúde.”.
Em
resposta à mensagem acima, eu disse que, a meu juízo, o relacionamento familiar
entre pais e filhos se trata sim situação bastante complexa, porque filho
nenhum, com raríssima exceção, tem interesse em saber o que se passa com os
pais, principalmente no que diz respeito a assunto relacionado com a saúde deles,
à vista do que se tem conhecimento do cotidiano.
Às
vezes, eles somente se interessam quando é preciso levá-los ao médico ou em
situações delicadas de doenças que exigem acompanhamentos emergenciais, como no
caso historiado na crônica referenciada.
É
somente aí quando eles são obrigados a conhecer a triste realidade vivenciada
pelos pais.
A
princípio, meu texto parece importante nesse aspecto, exatamente por despertar
esse olhar para o interior dos pais, no sentido de que os filhos tentem os
acompanhar, mais de perto, em particular sobre os históricos referentes à saúde
e também à doença dos pais.
Isso
pode ajudar a se evitar o constrangimento de não se saber prestar ao médico,
minimamente, informações sobre hábitos alimentares, usos de bebidas alcoólicos,
sintomas de dores, uso de medicamentos e outros costumes relacionados com a
saúde deles.
A
verdade é que, muitos filhos, somente depois que eles não têm mais jeito, vão
se lamentar de não terem acompanhado, de perto, essas questões sobre os pais,
que foram tão cuidadosos na nossa vida, enquanto ela estava sobre os cuidados
deles.
Penso
que esse cuidado com os país deve ficar muito mais sob o interesse dos filhos
que se preocupam em prestar assistência a eles, sem querer dizer que os pais não
tenham interesse em se abrir com os filhos, porque não custa nada os pais
conversarem com eles sobre alguma situação que possa despertar cuidados de
tratamento ou acompanhamento médico, de modo que eles fiquem sabendo e possam acompanhar
o seu desenrolar ou ainda ajudando no que for necessário, quanto à evolução ou
o saneamento do problema.
Enfim,
via de regra, as pessoas do mundo moderno procuram seguir seus rumos tal qual a
própria evolução do dia a dia, em que o homem está muito mais preocupado com a
ocupação do seu espaço no seio da sociedade e dificilmente tem tempo para se
voltar para as questões relacionadas com a família, em especial.
Brasília, em 6 de abril de 2023
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