Como
é sabido, ainda existem pessoas presas por conta dos protestos ocorridos no dia
8 de janeiro último e uma das quais é nossa conhecida, que vem sendo visitada normalmente
por pessoa de grupo do WhatsApp ao qual integro.
Essa
pessoa relata a visita que acabara de fazer ao amigo, dizendo que “Ontem
estive com (omiti o nome da pessoa), ele continua firme na fé e desejoso
de sair logo. Saudade de todos e manda muitos abraços pelas orações e torcida
por sua soltura. Tem dias bons e outros nem tanto, o que é normal numa
prisão. Está cheio de esperanças e nós devemos ficar também e nos
prepararmos para recebê-lo com muito carinho no dia que for solto.”.
Diante disso, eu escrevi que, infelizmente,
essa é a realidade nua e crua da Justiça brasileira, que privilegia, de maneira
até injustificável, as causas de potenciais bandidos e criminosos e os libera
sem qualquer exigência nem burocracia, enquanto as pessoas de bem, sem
qualquer mácula na vida, por não ter nada provando contra elas, e que prestam e
sempre prestaram inestimáveis serviços benemerentes à causa do bem comum, ficam
apodrecendo nas infectas prisões, sem esperança de quando vão ser soltas e sem
ter o direito à ampla defesa e ao contraditório, em liberdade, sendo obrigadas
a cumprirem o sacrifício que era devido aos verdadeiros delinquentes.
Essa triste realidade precisa
mudar, com urgência, mas isso somente será possível com a conscientização dos
próprios brasileiros, no sentido de somente elegerem seus representantes
políticos que se dignem a se engajar na defesa das boas causas da sociedade,
como nesse caso.
Convém que a sociedade exija a
urgente mudança da legislação penal e criminal, de modo a ficar bastante claro
que as pessoas de bem, que nunca se envolveram em questões suspeitas de
criminalidade, não fiquem presas e ainda tenham o direito de responder o
processo em liberdade, desde que elas tenham endereços e trabalhos devidamente
indicados e confirmados por quem de direito.
No caso dos criminosos
contumazes, a legislação precisa ser apenas normal em severidade, estabelecendo
que eles precisam ficar presos também enquanto não forem julgados, uma vez que
eles são efetivos e potenciais riscos para a tranquilidade da sociedade.
Pelo menos, à luz dos fatos, a
impressão que se tem é a de que todo esse caos pode ser resolvido sim, mesmo
que demore, a depender da maturidade e da consciência política da sociedade, no
sentido de melhor eleger seus representantes políticos, evidentemente com a
precisa capacidade para corresponder aos seus anseios de aprimoramento das
políticas públicas de incumbência dos poderes da República.
Confesso que fico muito tocado
com o enorme desconforto não só do nosso querido irmão, mas de todas as pessoas
que estão passando por momentos dos mais desagradáveis nas suas vidas, com essa
prisão absurda e totalmente injustificável, uma vez que não há mínima prova que
seja contra elas.
Rezo para que Deus conceda a paz
espiritual para eles e luz na consciência de quem tem a incumbência de agilizar
as medidas necessárias à liberdade de todos, de modo que elas possam responder
aos processos na melhor forma da legalidade, com a serenidade condizente com os
princípios humanitários.
Brasília, em 10 de abril de 2023
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