sábado, 22 de abril de 2023

Ideologia

        Conforme vídeo que circula nas redes sociais, aparece a figura do principal político de oposição de então criticando o presidente do país, que teria ido ao Supremo Tribunal Federal e lá fez oração para o bem do Brasil.

O referido político entendeu de afirmar que o Brasil não precisa de reza, mas sim de trabalho em benefício da sociedade.

Ainda no vídeo consta a seguinte mensagem: “Nunca foi tão fácil escolher um lado. Enquanto um enaltece a oração universal e lidera o país sob a fé em Cristo, o outro zomba e debocha.”.

É evidente que a crítica é livre e faz parte do salutar direito democrático inerente à liberdade de expressão.

No caso em comento, havia o presidente do país que se dizia crente no seu Deus, que tinha o merecimento de saudáveis eflúvios para o proteger e lhe proporcionar os melhores benefícios, a exemplo das forças evidenciadas na sua vida e no alcance do seu poder, conforme a afirmação feita por ele.

De lado contrário, havia quem discordasse dos poderes celestiais e até da crença religiosa, para criticar, como se ele tivesse alguma dignidade moral para fazer juízo de valor sobre algum assunto sério, ante o seu histórico policial e judicial, inclusive de ter sido condenado à prisão, pela prática de atos irregulares com recursos públicos.

Sim, resta o poder crítico do bem ou do mal próprio do povo, para a avaliação de qual dos sentimentos ínsitos dos políticos está mais apropriado ao seu padrão comportamental de preferência, se favorável a quem defende as obras de Deus, com sentimentos construtivos que agradam, em princípio, ao espírito humano, ou daquele que sempre se posiciona contra os bons propósito, que tem sido a sua marca como princípio e conduta que lhe convém, em termos políticos, porque é exatamente assim que ele vem agradando na vida, diante da forma pela qual tem conquistado fanáticos seguidores tal qual com a mesma mentalidade dele.

Ou seja, parece razoável e normal que tanto há seguidores para as causas do bem como para as do mal, em que o que importa mesmo é que, em ambos os casos, todos pensam que estão satisfeitos com os seus pensamentos ideológicos, precisamente diante da falta de parâmetro justo para se definir, com a definitiva conclusão, quem acha que defender as coisas de Deus somente é certo.

Não obstante, há também quem entenda que defender as obras do demônio é igualmente correto, segundo o seu pensamento soberano, quando esta ala não encontra defeito algum em nada, porque a deformidade se encontra exatamente na mente de quem pensa assim, ou seja, no sentido de que as obras do diabo são contrárias à normalidade de quem pensa diferente delas.

Tanto essa dialética é verdadeira que existem seguidores convictos de ambas as alas, caso em que, se isso não fosse verdadeiro, somente existiam seguidores de uma das preferências, mas os fatos mostram que há pessoas que apoiam e incentivam as práticas do bem como os opositores que preferem a prática do mal, porque apoiam os políticos simpatizantes das ideologias diametralmente contrárias, conforme mostra a história viva e atual.

Infelizmente, essa é a realidade da humanidade, que tem o direito de pensar sob o livre-arbítrio, no sentido de achar que o bem e o mal são as mesmas coisas, segundo o seu juízo de valor, na certeza de que todos estão certos e ninguém tem razão sobre absolutamente nada, se não deixaria de haver divisão de pensamento ideológico.

          Brasília, em 22 de abril de 2023

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