sábado, 1 de abril de 2023

Símbolo de religiosidade?

Conforme vídeo que circula na internet, muitas pessoas se manifestam em apoio ao último ex-presidente brasileiro, sob a intenção de que ele teria sido exemplo de religiosidade, no exercício do cargo presidencial, tendo um simpatizante criado uma musiquinha misturando o político às coisas sagradas.  

Diante dessa liturgia de devoção, eu digo que, pessoalmente, vejo essa forma de manifestação meramente religiosa como apelação utópica e extremamente demagógica, em se misturar as coisas inerentes a Deus com a política, principalmente com relação a político inconsequente e irresponsável, que foi capaz de submergir aos caprichos pessoais, depois da proclamação do resultado das urnas, não importando se ele foi legítimo ou não, porque isso não tem o condão da mudança de comportamento perante o exercício do cargo presidencial.

 Diante disso, o ex-presidente decidiu se tornar o homem público mais egoísta da face da Terra, em sepulcral e obsequiosa reclusão, na sua confortável residência oficial, sem se manifestar em absolutamente nada, enquanto os seus fiéis seguidores se sacrificavam na frente dos quartéis do Exército, implorando por socorro das Forças Armadas, que somente poderiam efetivamente acontecer com a decretação da intervenção militar.

Ignorando os apelos de seus apoiadores, a ansiada intervenção foi negada injustamente pelo ídolo de pau oco, que tinha poderes constitucionais para satisfazer os anseios dos brasileiros honrados, a despeito das denúncias, em especial, das inúmeras irregularidades na operacionalização das urnas eletrônicas.

Além de ter propositadamente se emudecido, em contraste com o político extremamente falastrão de outrora, que reiterava o mantra mais mentiroso que alguém já inventou, no sentido de que “O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, certamente para potencializar o seu populismo, mas sem efeito prático algum, ante aos acontecimentos protagonizados por ele.

Essa assertiva tanto é verdade que, quando o Brasil mais precisava que ele colocasse em prática a sua surrada e proverbial modinha política, que não passou de enganação, ele simplesmente traiu o Brasil e os brasileiros, ao negar a intervenção militar e, de quebra, em clara demonstração de absoluto medo, fugiu para os Estados Unidos da América, para se asilar, com medo de ser preso, sem esperar o término do seu mandato.

Diante dos últimos acontecimentos do governo, em que ficou patente a absoluta falta de coerência política, o então presidente do país se transformou, em verdadeiro passe de mágica, de vinho para vinagre, ao desprezar, em especial, os interesses maiores do Brasil, quando permitiu que o poder fosse entregue, sem a mínima resistência, à banda podre da política brasileira, sabidamente com as suas estruturações de desonestidade e da aderência aos maquiavélicos esquemas de potencialidade criminosa.

Além disso, o ex-presidente deixou, em ato omissivo absolutamente injustificado e inaceitável, de ouvir os seus fiéis apoiadores, que mais tarde foram envolvidos nas armadilhas engendradas pela bandalheira dos protestos de 8 de janeiro, quando muitas pessoas inocentes foram presas e ainda estão pagando por nenhum pecado cometido, senão o de ter ido para as ruas para lutar pelo Brasil melhor, em defesa de quem somente pensava no umbigo dele, cujo desastre poderia ter sido evitado caso o então presidente do país tivesse a sensibilidade de decretar a intervenção militar, quando ele tinha o respaldo constitucional e o apoio de brasileiros honrados e dignos.

À vista dos acontecimentos nefastos que contribuíram para levar o Brasil às profundezas do abismo que se encontra agora, sob o domínio das trevas do poder político, precisamente por culpa de única pessoa, que traiu uma nação, com ato de omissão que vai ficar para os umbrais da história brasileira, quando ele poderia ter passado para o resto da vida como herói nacional, mas a sua imperdoável e injustificável omissão tem o condão de transformá-lo em autêntico traidor da pátria, porque é o título que ele merece, pelo crime de lesa-pátria, quando poderia ter salvo a nação do atual infortúnio.

Os brasileiros dignos e honrados precisam criar vergonha na cara, no sentido de realmente valorizar quem tem mérito e somente votarem em quem demonstrar dignidade, em especial nos piores momentos atravessados pelo país, quando é exatamente em situação difícil que se pode avaliar a importância de político de verdade, não importando quais sejam as consequências, porque o que importa mesmo são os fatos em benefício do Brasil e dos brasileiros.

No caso do último presidente do país, as consequências foram as piores possíveis e ainda há quem tenha o disparate e a bestialidade de tentar se promover fazendo musiquinha demagógica envolvendo as coisas de Deus em atividades política, quando a religiosidade precisa ser respeitada como princípio sagrado.

Tenham a santa paciência!

Brasília, em 1º de abril de 2023 

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