sábado, 9 de julho de 2022

Ativismo político?

Em vídeo que circula nas redes sociais, um parlamentar faz severas críticas à atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que eles integram parte de complô contra o governo federal, em sintonia com os interesses da oposição, que se mostra contrária a todos os atos do Executivo.

É extremamente preocupante o alerta, porque é possível sim que possa existir real fundo de verdade no conteúdo dele, ante o decidido comportamento uníssono contra o governo.

Nunca se viu tanta subserviência de políticos, magistrados, intelectuais e outros figurões à causa da tomada do poder, em clara defesa da banda podre que tenta destruir as ações do Executivo, até mesmo aquelas de maior qualidade de interesse da sociedade, como se essa ala fosse capaz de realizar algo em prol da salvação da pátria.

Também é da maior preocupação a falta de iniciativa e competência por parte do governo, de não captar os sinais de perigo que estão despontando triunfantes, em muitos casos, conquanto perde-se muito tempo com as imbecilidades de não haver nada de efetivo, em termos preventivos, em contraposição ao desastre que realmente se aproxima, se nada for feito, que é o que somente pode acontecer, diante da ingenuidade e da incompetência do governo, em ficar contrapondo às investidas contra ele apenas por meio de respostas agressivas, que não levam a lugar nenhum.

Diante dos fatos que estão acontecendo, na atualidade, chega-se à conclusão de que todos os esforços estão colocados na mesa, com vistas à retomada do poder pela oposição, só que para isso todos os meios, inclusive toda espécie de jogo sujo, com o emprego da influência de poderes da República, que, na forma constitucional, deveriam se distanciar das disputas de poder, que também tem contado com a participação da sociedade ingênua e desinformada.   

 A despeito das batalhas travadas visando à conquista do poder, pela oposição, é preciso se reconhecer a falta de experiência política do presidente do país, que foi incapaz de evitar que seu desempenho caísse em descrédito perante boa parte da opinião pública, em especial no que diz respeito ao combate à pandemia, quando ele fez questão de liderar declarada corrente negativista contra o vírus, ao agir e se manifestar contrariamente às orientações preventivas do próprio governo.

Ou seja, à toda evidência, no combate à pandemia do coronavírus, o mandatário brasileiro fez o possível para conspirar contra à saúde dos brasileiros, a ponto de ser cognominado de genocida, que ele não conseguiu afastar do seu histórico.

          Ao contrário disso, jamais o presidente do país estaria passando tantos perrengues para se reeleger se ele tivesse o mínimo de sensibilidades política e humanitária, com as vestes do figurino do verdadeiro estadista, quando ele se parecia muito mais como o autêntico presidente-elefante entrando em loja de cristal, em que se preveem  desastroso e inevitável resultado, em especial no período da pandemia.

A verdade é que, caso ele tivesse sido ao menos imitação de estadista normal, com as ponderações que lhe são peculiares, certamente que a reeleição dele seria tranquila, por contar com o apoio dos brasileiros, ao contrário do que acontece agora, com alto índice de rejeição ao seu nome, de difícil reversão.

As atitudes do presidente do país foram capazes de conspirar contra o seu projeto político, em que a falta de traquejos ganhou relevo, no exercício do cargo, cujo fato contribuiu significativamente para dificultar seu trânsito no seio da sociedade, de quem ele se distanciou justamente por querer se passar por entendido de medicina e tentar ditar normas pessoais.

Em razão disso, não resta a menor dúvida de que nada importaria o trabalho sujo e recriminável que vem sendo feito contra o seu governo, caso o presidente do país tivesse se cuidado, em trabalho de lapidação e ajustamento aos termos harmônicos com o viés voltado exclusivamente para os assuntos do Estado, porque isso o faria a pessoa ideal para conduzir os destinos dos brasileiros.

Diante dos fatos, fica a lição de que seria aconselhável que o presidente da República tivesse a hombridade de calçar as sandálias da humildade, como forma de autoavaliação, para o reconhecimento da sua falta de habilidade na condução de muitas questões que poderiam ter conclusões diferentes, se comprometendo a ser o verdadeiro estadista com a mentalidade direcionada para a exclusiva resolução dos problemas de interesse da sociedade.   

          Brasília, em 9 de julho de 2022 

Nenhum comentário:

Postar um comentário