sexta-feira, 8 de julho de 2022

Evento dos veteranos especialistas

Um dileto amigo de turma da Escola de Especialistas de Aeronáutica postou a seguinte mensagem na página de nosso grupo, versando sobre indagação que ele teria recebido no seu WhatsApp: “É verdade que o Encontro de Veteranos vai mudar de Guaratinguetá para Brasília? Eu achei interessantíssimo (risos). Têm alguns líderes de grupos que já estão pensando numa mudança de tirar o negócio de Guará. Eu tenho algumas divergências com o comando da Escola, com a Amiga. E pode-se pensar no caso. Se alguém quiser opinar aí, eu estou pronto para conversar.”.

Com o máximo de respeito que nutro ao amigo, eu acho essa ideia de transferir o encontro dos veteranos para Brasília totalmente inoportuna ou até mesmo sem noção, pela descaracterização da sua precípua finalidade de confraternização dos amigos no berço dos especialistas.

É como simplesmente se ferir de morte o principal objetivo desse importantíssimo evento, que tem por objetivo, em primeiro lugar, da oportunidade de se rever estimados e queridos amigos, para os abraços e as conversas que fazem parte natural do glorioso passado do ombreamento de lutas conjuntas e saudosas, e o principal motivo é que esse fantástico acontecimento possa se realizar precisamente no real campo de batalha, nas áreas das vitoriosas disputadas nos bancos escolares, onde cada aluno tinha armadas as suas estratégias de combate, onde, nas enormes trincheiras, se posicionavam os alunos, todos os santos dias, em cujo fronte só existia a palavra avançar ao horizonte desejado.

Dito isto, penso que não faz o menor sentido essa ideia de se transferir o referido encontro para nenhum outro lugar fora dali, por mais maravilhoso que ele seja, nem mesmo para a linda Brasília, a eterna capital da esperança dos brasileiros, que seria extremamente prestigiada, com a presença de tão nobres e seletos brasileiros, mas se perderia o charme todo especial de se revisitar o nosso cantinho sagrado do aconchego da amada Escola.  

Enfim, sei perfeitamente que o meu pensamento não tem a menor importância senão somente para mim, que não tem também qualquer influência em nada, mas entendo que essa ideia de mudança é totalmente descabida e sem noção, ante à real finalidade para a qual o evento foi instituído, que é a confraternização de velhos e amados companheiros de bancos escolares, exatamente no berço dos especialistas de Aeronáutica.

Peço a compreensão se as minhas colocações divergirem de tão ilustradas e respeitadas autoridades no assunto, a quem realmente têm peso para se manifestar sobre tão importante assunto.

Muito obrigado.   

Um amigo de turma se solidarizou com o meu texto, tendo escrito a seguinte mensagem: “Adalmir, estou de pleno acordo com você e com suas opiniões. O mais importante é o retorno ao berço e o reencontro com aqueles que durante dois anos, participaram juntos dos sonhos de muitos jovens. Para mim Brasília está descartada.”.

Não obstante, na tentativa de justificar o desejo de mudança, o primeiro amigo, reiterou seus argumentos, afirmando, in verbis: “Adalmir, respeito sua opinião, mas a FAB, não  só os ESPECIALISTAS, está se pensando em fazer uma coisa mais abrangente: VTE, MU, CORPO FEMININO, Of Especialistas, etc. Nós tivemos o prazer de participar de um ENCONTRO DE VETERANOS DA FAB, que aconteceu em dez de 2019, no RGN. Foi muito emocionante, envolvendo TODOS. Esse, que ocorreu no CASSAB, também foi GERAL. Vamos pensar numa abertura para todos. Eu já escutei muita sugestão para abrir para os NÃO ESPECIALISTAS.  Isso também não significa ignorar o EVE, poderia ser feito em outra data, para não concorrer com a escola.”.     

Caro amigo, você foi muito preciso no início, tratando exclusivamente da mudança do EVE para local diferente da EEAer, no caso, especificamente para Brasília.

Eu discorri, como não poderia ser diferente, fielmente sobre isso e acho que faz sentido o meu posicionamento, quanto à mudança do EVE.

Não obstante, depois, no texto acima, você divaga sobre casos diversos, que não têm nada a ver com o evento em si, incluindo citação sobre outros casos, pessoas e eventos.

É certo que nada impede que outros eventos sejam realizados fora do EVE, que podem e devem ser em qualquer tempo e em localidades diversas do mundo, em especial porque é sempre salutar se pensar em encontro da turma e até mesmo de outras turmas, embora estas, penso, nunca vão ter o charme do contato exclusivo com a turma da fantástica e inigualável tarjeta verde.

O EVE propriamente dito é sagrado e só é EVE de verdade, para mim, se for realizado na EEAer, o vale dizer que não me sentiria satisfeito se a Turma Verde se reunisse em Guaratinguetá somente no sítio mais charmoso de lá, do querido irmão Ferraz, sem a visita à amada Escola, porque seria o mesmo que ir a Roma e não ver o papa, mutatis mutandis.

Você também fala em divergências com autoridades da Escola e da Amiga, mas isso não interfere em nada com relação aos outros especialistas, porque, certamente, os interesses deles são diferentes dos seus.

Gostaria de trazer à colação outra manifestação minha perante o mesmo amigo, vazada nos termos a seguir.

A beleza de se comemorar os cinquenta anos da nossa turma acresce de importância se for realizada na Escola, mediante a visitação aos locais sagrados, como o alojamento, o rancho, a capela, o galpão, o cinema, o cassino, a praça das lavadeiras, a lagoa do brigadeiro, as praças dos esportes e tudo o mais que a gente vivenciou, em que todo dia é normal a rotina, a passagem obrigatória, até mesmo de se matar um leão e ainda deixar outro amarrado, pela juba, para morrer no dia seguinte.

Acredito que tudo isso que está acontecendo, na atualidade, de alguma incompreensão, é situação circunstancial, porquanto, em se tratando de evento especial, de cinquenta anos de formatura, não pode haver senão a existência de compreensão e boa vontade por parte das autoridades daquela amada Escola.

Aconselho cautela, evitando se fazerem conclusões precipitadas, desnecessárias e absolutamente despropositadas, porque e é exatamente nesse sentido que eu me pronuncio, consciente de que ainda há muito tempo e até lá muita água ainda vai rolar sob a ponte, inclusive com a mudança de comando e cabeças "pensantes".

Isto é o que acho, respeitando quem pensar diferente de mim, porque não é de muito bom alvitre se pensar negativamente, quando não se tem todos os elementos de convicção, como é o caso em comento, em alusão a possíveis divergências pessoais.

Enfim, reafirmo que o EVE, para mim, só faz sentido se realizado na Escola, por não encontrar argumentos plausíveis para eu pensar diferentemente disso.

Na verdade, é direito de quem quiser pensar diferente de mim, que até respeito, mas também tenho o direito de discordar, na forma do meu pensamento de amor e defesa à eterna Escola de Especialistas de Aeronáutica.

          Brasília, em 8 de julho de 2022 

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