Um
dileto amigo de turma da Escola de Especialistas de Aeronáutica postou a
seguinte mensagem na página de nosso grupo, versando sobre indagação que ele teria
recebido no seu WhatsApp: “É verdade que o Encontro de Veteranos vai mudar
de Guaratinguetá para Brasília? Eu achei interessantíssimo (risos). Têm
alguns líderes de grupos que já estão pensando numa mudança de tirar o negócio
de Guará. Eu tenho algumas divergências com o comando da Escola, com a Amiga. E
pode-se pensar no caso. Se alguém quiser opinar aí, eu estou pronto para
conversar.”.
Com
o máximo de respeito que nutro ao amigo, eu acho essa ideia de transferir o
encontro dos veteranos para Brasília totalmente inoportuna ou até mesmo sem noção,
pela descaracterização da sua precípua finalidade de confraternização dos
amigos no berço dos especialistas.
É
como simplesmente se ferir de morte o principal objetivo desse importantíssimo
evento, que tem por objetivo, em primeiro lugar, da oportunidade de se rever
estimados e queridos amigos, para os abraços e as conversas que fazem parte
natural do glorioso passado do ombreamento de lutas conjuntas e saudosas, e o
principal motivo é que esse fantástico acontecimento possa se realizar
precisamente no real campo de batalha, nas áreas das vitoriosas disputadas nos
bancos escolares, onde cada aluno tinha armadas as suas estratégias de combate,
onde, nas enormes trincheiras, se posicionavam os alunos, todos os santos dias,
em cujo fronte só existia a palavra avançar ao horizonte desejado.
Dito
isto, penso que não faz o menor sentido essa ideia de se transferir o referido
encontro para nenhum outro lugar fora dali, por mais maravilhoso que ele seja,
nem mesmo para a linda Brasília, a eterna capital da esperança dos brasileiros,
que seria extremamente prestigiada, com a presença de tão nobres e seletos
brasileiros, mas se perderia o charme todo especial de se revisitar o nosso cantinho
sagrado do aconchego da amada Escola.
Enfim,
sei perfeitamente que o meu pensamento não tem a menor importância senão
somente para mim, que não tem também qualquer influência em nada, mas entendo
que essa ideia de mudança é totalmente descabida e sem noção, ante à real
finalidade para a qual o evento foi instituído, que é a confraternização de
velhos e amados companheiros de bancos escolares, exatamente no berço dos
especialistas de Aeronáutica.
Peço
a compreensão se as minhas colocações divergirem de tão ilustradas e
respeitadas autoridades no assunto, a quem realmente têm peso para se
manifestar sobre tão importante assunto.
Muito
obrigado.
Um
amigo de turma se solidarizou com o meu texto, tendo escrito a seguinte
mensagem: “Adalmir,
estou de pleno acordo com você e com suas opiniões. O mais importante é o
retorno ao berço e o reencontro com aqueles que durante dois anos, participaram
juntos dos sonhos de muitos jovens. Para mim Brasília está descartada.”.
Não
obstante, na tentativa de justificar o desejo de mudança, o primeiro amigo, reiterou
seus argumentos, afirmando, in verbis: “Adalmir, respeito sua
opinião, mas a FAB, não só os ESPECIALISTAS, está se pensando em fazer
uma coisa mais abrangente: VTE, MU, CORPO FEMININO, Of Especialistas, etc. Nós
tivemos o prazer de participar de um ENCONTRO DE VETERANOS DA FAB, que
aconteceu em dez de 2019, no RGN. Foi muito emocionante, envolvendo TODOS.
Esse, que ocorreu no CASSAB, também foi GERAL. Vamos pensar numa abertura para
todos. Eu já escutei muita sugestão para abrir para os NÃO ESPECIALISTAS.
Isso também não significa ignorar o EVE, poderia ser feito em outra data, para
não concorrer com a escola.”.
Caro
amigo, você foi muito preciso no início, tratando exclusivamente da mudança do
EVE para local diferente da EEAer, no caso, especificamente para Brasília.
Eu
discorri, como não poderia ser diferente, fielmente sobre isso e acho que faz
sentido o meu posicionamento, quanto à mudança do EVE.
Não
obstante, depois, no texto acima, você divaga sobre casos diversos, que não têm
nada a ver com o evento em si, incluindo citação sobre outros casos, pessoas e eventos.
É
certo que nada impede que outros eventos sejam realizados fora do EVE, que podem
e devem ser em qualquer tempo e em localidades diversas do mundo, em especial
porque é sempre salutar se pensar em encontro da turma e até mesmo de outras
turmas, embora estas, penso, nunca vão ter o charme do contato exclusivo com a
turma da fantástica e inigualável tarjeta verde.
O
EVE propriamente dito é sagrado e só é EVE de verdade, para mim, se for realizado
na EEAer, o vale dizer que não me sentiria satisfeito se a Turma Verde se
reunisse em Guaratinguetá somente no sítio mais charmoso de lá, do querido irmão
Ferraz, sem a visita à amada Escola, porque seria o mesmo que ir a Roma e não
ver o papa, mutatis mutandis.
Você
também fala em divergências com autoridades da Escola e da Amiga, mas isso não
interfere em nada com relação aos outros especialistas, porque, certamente, os
interesses deles são diferentes dos seus.
Gostaria
de trazer à colação outra manifestação minha perante o mesmo amigo, vazada nos termos
a seguir.
A beleza
de se comemorar os cinquenta anos da nossa turma acresce de importância se for
realizada na Escola, mediante a visitação aos locais sagrados, como o
alojamento, o rancho, a capela, o galpão, o cinema, o cassino, a praça das
lavadeiras, a lagoa do brigadeiro, as praças dos esportes e tudo o mais que a
gente vivenciou, em que todo dia é normal a rotina, a passagem obrigatória, até
mesmo de se matar um leão e ainda deixar outro amarrado, pela juba, para morrer
no dia seguinte.
Acredito
que tudo isso que está acontecendo, na atualidade, de alguma incompreensão, é situação
circunstancial, porquanto, em se tratando de evento especial, de cinquenta anos
de formatura, não pode haver senão a existência de compreensão e boa vontade
por parte das autoridades daquela amada Escola.
Aconselho
cautela, evitando se fazerem conclusões precipitadas, desnecessárias e
absolutamente despropositadas, porque e é exatamente nesse sentido que eu me
pronuncio, consciente de que ainda há muito tempo e até lá muita água ainda vai
rolar sob a ponte, inclusive com a mudança de comando e cabeças
"pensantes".
Isto é o
que acho, respeitando quem pensar diferente de mim, porque não é de muito bom
alvitre se pensar negativamente, quando não se tem todos os elementos de
convicção, como é o caso em comento, em alusão a possíveis divergências
pessoais.
Enfim,
reafirmo que o EVE, para mim, só faz sentido se realizado na Escola, por não
encontrar argumentos plausíveis para eu pensar diferentemente disso.
Na
verdade, é direito de quem quiser pensar diferente de mim, que até respeito,
mas também tenho o direito de discordar, na forma do meu pensamento de amor e
defesa à eterna Escola de Especialistas de Aeronáutica.
Brasília, em 8 de julho de 2022
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