Um
parlamentar demonstra enorme insatisfação diante de posicionamento de ministros
do Supremo Tribunal Federal, que se manifestam sobre assuntos estranhos políticos, em conferência
criticando abertamente o governo brasileiro.
Essa
contestação parece risível, de certa forma, pelo fato de o deputado se revoltar,
agora, contra o ativismo político de membros daquela corte, à vista de
reportagem publicada pela mídia, quando isso já predomina há século e nada é
feito para estancar os desvios de desempenho de membros de poderes da República.
Realmente, é estarrecedor esse estado de
deplorabilidade, por se tratar de gravíssima deformação do sistema republicano
de poderes, em que o certo seria que cada qual cuidasse apenas das atividades
inerentes à sua competência institucional, na forma disposta na Carta Magna.
Diante
disso, chega a ser bastante espantoso e estarrecedor que tudo isso esteja
acontecendo dessa maneira, que mostra que essa esculhambação vem de longe e o
mencionado parlamentar, além de nada ter feito, na tentativa de se corrigir a inaceitável
anomalia, até agora, como é do seu dever como legislador, tem o disparate de
dizer que nós precisamos reagir, no sentido de fazer algo como antítese desse
câncer que corrói os pilares da República.
Seria
preferível que ele nem tivesse se indignado contra o status quo, porque
isso só evidencia as suas omissão e incompetência, quando tem conhecimento de
algo que está terrivelmente fora da curva e simplesmente se irrita e nada faz
para combatê-lo, porque assim estaria fazendo sentido em reclamar do que está
errado, deixando tudo como antes no quartel de Abrantes.
Aliás,
a gravíssima culpa não é só desse parlamentar, porque todos, inclusive o
governo, sabem perfeitamente o tanto do desvio funcional protagonizado pela
estrutura supremacial, que não esconde de ninguém o seu desempenho funcional
nada republicano de ser, e daí?
E
daí, sim, porque seus desafetos se mostram um túmulo de incompetência, com a
plena aceitação de tamanha deformação jamais permitida nem mesmo nas piores republiquetas,
quanto mais nos países desenvolvidos, em termos político-democráticos.
Ficaria
menos feio para o parlamentar se ele tivesse ficado em silêncio, porque somente
assim ele não denunciaria o seu aleijão funcional nem do próprio governo, quando
este apanha de maneira reiterada, por parte de membros do Supremo, mas fica por
isso mesmo, apenas retribuindo com agressões que não levam a nada, tanto que o
presidente do país prefere apenas reclamar do injustiçamento promovido por seus
algozes, como assim são chamados ministros do Supremo.
Viva
a democracia institucionalizada pelo governo dos brasileiros, que se satisfaz
com o ativismo político prevalente, onde jamais deveria existir, nem ser
permitido, mas isso faz parte do jogo político, precisamente como forma da sustentação
das queixas sobre vitimização e injustiçamento, muito importante para
justificarem a incompetência político-administrativa do governo.
Convém
que os parlamentares sejam criteriosos no exercício do mandato, de modo que todos os
desvios sejam não somente criticados, mas também saneados por meio de adequadas
medidas legislativas da sua autoria, como forma do desejável aperfeiçoamento dos
princípios democráticos.
Brasília,
em 18 de julho de 2022
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