O principal
candidato da esquerda brasileira à Presidência da República disse que os
membros das forças militares precisam ser nacionalistas, para saberem que não
existe soberania sem que a população tenha emprego, comida e cidadania.
Em discurso,
o mencionado político afirmou que, quando se elegeu presidente em 2002,
desejava que o país tivesse soberania e capacidade para cuidar de suas
fronteiras terrestres e marítimas, de seu espaço aéreo e de suas riquezas
minerais, tendo lembrado o papel das Forças Armadas.
Ele disse
que “A gente precisava de uma força militar para cuidar disso…, uma força
militar de brasileiros nacionalistas que sabem que não há soberania se o povo
não tiver emprego, se o povo não tiver comida, se o povo não tiver educação. Se
o povo não tiver cidadania, não é possível a gente ter soberania”.
O citado
político também aproveitou o ensejo para criticar o presidente da República,
tendo dito que, como ex-capitão do Exército, ele busca vincular sua imagem à
das Forças Armadas e durante seu governo indicou número sem precedência de militares
para postos-chaves da administração pública, que até então eram tradicionalmente
ocupados por civis.
Por fim, o
político disse que o presidente do país também tem tido apoio da cúpula das
Forças Armadas nos constantes e infundados questionamentos que vem fazendo
contra as urnas eletrônicas e ao sistema eletrônico de votação.
O discurso do político demonstra claramente o seu incômodo pela falta de
apoio dos militares à sua candidatura, uma vez que a sua situação de implicado
com graves denúncias à Justiça, envolvendo o recebimento de propinas por ele
não tem correspondente na história brasileira, fato que realmente merece
completo desprezo por parte dos militares, ante o seu sentimento nacionalista
de amor também à moralidade e à dignidade na vida pública, que é alto ignorado
pelo político.
Se o político
afirma que os militares precisam ser nacionalistas, é porque ele entende que
eles deixaram de ter esse importante atributo, que tem sido, ao contrário, a sua
marca registrada de amor à pátria, pressentimento este rigorosamente
inaceitável para a índole dos bravos guerreiros brasileiros.
Essa acusação
é da maior gravidade, porque ela tenciona menosprezar a dignidade dos militares,
logo e precisamente no ponto sensível e capital do nacionalismo, que diz com a
cultura ao orgulho de defesa dos princípios aprendidos e praticados
diuturnamente nas casernas.
Diante dessa
visível falta de respeito às Forças Armadas, fica muito feio se houver silêncio
delas perante tão contundente e desrespeitosa acusação, conquanto seja preciso
resposta à altura do desaforo da intromissão descabida sobre o comportamento
interno das corporações militares.
Ademais,
a petulância da acusação trata-se de opinião vinda de quem não tem a mínima moral
para opinar sobre questões que envolvam os interesses nacionais, uma vez que a
sua condição é de quem tem implicações perante a Justiça brasileira, envolvendo
processos criminais, à vista de suspeitas do seu envolvimento com ações penais,
absolutamente incompatíveis com as atividades de natureza pública.
O político nessas condições de plena decadência moral, que é o caso
dele, por ter sido julgado e condenado à prisão pela Justiça brasileira, mesmo
que as sentenças judiciais pertinentes tenham sido posteriormente anuladas, não
por exame de mérito, mas sim por manobra do Supremo Tribunal Federal, que arranjou
justificativa fajuta para habilitá-lo à eleição, não pode sequer gozar do
direito de se manifestar sobre incumbências das Forças Armadas, quanto mais
para se apresentar como candidato a cargo público, porque ele não consegue
preencher os requisitos mínimos de conduta ilibada e idoneidade moral na vida
pública.
A propósito disso, convém o que mencionado político se conscientize,
invocando o seu pensamento acima, de que ser nacionalista é ter vergonha em se
apresentar para os brasileiros, como candidato logo à Presidência da República
com a ficha suja perante a Justiça brasileira, com um punhado de processos
versando sobre a prática de malversação de recursos públicos, quando o seu
dever é primeiro limpar o nome e mostrar o atestado de nada consta perante os
eleitores, comprovando a inocência dele com relação a todas as ações que estão
pendentes de julgamento.
Por fim, a insinuação maldosa do político de que o atual governo aparelhou
a administração pública com a inserção de militares, como se isso fosse péssimo
exemplo de prática gerencial no serviço público, não tem o menor cabimento, uma
vez que a formação recebida por eles compreende exatamente a precisa observância
aos princípios da legalidade, da moralidade, da honradez e da dignidade na
gestão dos recursos públicos.
Ao contrário disso, o trágico exemplo que se tem do governo do mencionado
político é o pior possível, com relação ao gerenciamento do dinheiro dos
contribuintes, no qual teve somente a integral participação de civis, conforme
mostra a história recente.
Nessa gestão, se confirmou o desastre em termos de eficiência,
moralidade e honestidade, conquanto nele houve a prosperidade, conforme casos
investigados, do inchamento da máquina pública, com o seu aparelhamento por
sindicalistas despreparados, onde montanhas de dinheiro foi desviado de
empresas públicas, com destaque para a Petrobras, cujos recursos roubados foram
devolvidos somente parcialmente, segundo os fatos detalhados de forma minuciosa
nos autos dos processos referentes aos escândalos do mensalão e do petrolão,
que tiveram origem no governo povoado somente por civis, evidentemente sem a participação
de militares.
A verdade é que as Forças Armadas sabem perfeitamente o significado do
que seja o verbete nacionalista, porque elas vêm, há séculos, dando exemplo, na
prática, de autênticos brasileiros, honrando fielmente a missão de nacionalismo
por excelência, no rigoroso cumprimento do dever de proteger a pátria e os
brasileiros, na melhor maneira de amor ao Brasil.
Convém que o mencionado político, se envergonhando de exigir que as
Forças Armadas tenham espírito nacionalista, vista a real carapuça e somente se
candidate depois de limpar seu nome perante a Justiça brasileira, provando a
sua inocência nos casos pendentes na Justiça, por ser precisa demonstração de
nacionalismo, porquanto, nas suas condições atuais, não existe mínima autoridade
moral para a sua prática de atividades políticas e muito menos para citação do nome
das instituições militares honradas e dignas, exemplo de nacionalismo e brasilidade.
Brasília,
em 21 de julho de 2022
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