terça-feira, 17 de outubro de 2023

A difícil paz

 

A guerra na Palestina é verdadeiro cenário estúpido fruto da insanidade, que põe em risco vidas de seres humanos inocentes, sem causa alguma a justificar tamanha barbaridade, que poderia ser evitada caso houvesse a mínima sensibilidade sobre a importância da integridade do homem.

Em se falar em violência, convém salientar a lapidar frase atribuída a Erich Hartman, piloto nazista da Segunda Grande Guerra Mundial, que sentenciou, in verbis: “A Guerra é um lugar onde jovens, que não se conhecem e não se odeiam, se matam, por decisões de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam.”.

As barbáries da guerra travada entre Israel e Hamas é a degeneração humana que se arrasta na Terra Santa, em injustificáveis massacres de seres humanos, em defesa de pedaços de terras, em completo desprezo aos princípios de respeito, amor e religiosidade, conquanto, nesse caso, nada protagonizado de atrocidade da vida levará a resultado algum.

O certo é que nessa história sangrenta e desumana, não se pode somente se afirmar que Israel seja terra de santos e o toda a Palestina de terroristas, como se somente a violência se originasse do Hamas?

É evidente que não se justifica a violência contra civis inocentes sob o argumento da reivindicação de suas terras, que teriam sido dominadas por Israel, cujo domínio aconteceu pela força bélica, impedindo que os palestinos tenham seu próprio Estado e o direito de autodeterminação de seu povo, sob o arbítrio de assentar em suas terras, havendo nisso clara violação das leis.

Isso nega aos palestinos o direito à dignidade, à esperança, à existência de um país e ao futuro tranquilo do seu povo, fato este que contribui para aumentar a miserabilidade e o desespero na região, tornando-a vulnerável e impotente, por falta da autoridade de nação.

Não resta a menor dúvida de que essas mazelas certamente levaram à criação de grupos extremistas e terroristas como o Hamas, que entende que a solução para os conflitos exige ações armadas, com o extremo da violência, como a que acabou de acontecer, com a matança de muitas pessoas inocentes.

Na verdade, essa tática suicida é absolutamente injustificável, porque isso apenas resultou em imediata e enérgica reação igualmente desproporcional por parte de Israel, que se acha no direito de fazer justiçamento com as próprias mãos, em defesa do seu povo, cruelmente agredido.

O certo é que Israel não quer a paz e também não concorda com a existência do Estado palestino forte ao seu redor, que o impeça de se expandir por seu território.

Por seu turno, como se vê, o Hamas também não trabalha para a paz, porque ele vive alimentando a guerra, sempre que encontra uma brecha para praticar matança de civis inocentes, como fez por conta do descuido do Exército de Israel, que não tinha qualquer dispositivo de prevenção, para se evitar essa última matança de civis.

Também está provado que os países árabes, comandados por regimes ditatoriais, não toleram a Palestina forte e democrática, na redondeza deles.

Nesse terrível imbróglio de disputa internacional, somente haveria solução possível se a Organização das Nações Unidas, por meio do seu Conselho de Segurança, decidisse pela autonomia da Palestina, mas esse milagre jamais irá acontecer, uma vez que os Estados Unidos da América, que tem o poder de veto, são contrariamente à independência da Palestina.

A verdade é que as grandes nações não se dispõem a deixar de controlar o Oriente Médio, por mera questão de interesses nas riquezas do petróleo e mais ainda pela situação estratégica da geopolítica.

Enquanto isso, os países árabes entram no jogo, ficando uns contra os outros, nessa maluca disputa de interesses entre facções xiitas e sunitas, e as minorias, como, nesse caso, os palestinos, que se encontram em processo de extermínio, ante à falta de alternativa salvadora do abismo, que se aprofunda com as insanas e suicidas ações arquitetadas pelo Hamas, que alimenta guerra monstruosa, que resulta em apenas injustificável e irreparável custo humano, infelizmente.

Por fim, resta apenas a enorme dor universal, diante da inexistência de solução para a dificílima situação, quando medida alguma, nem de natureza política, diplomática, militar ou religiosa, aparece como luz e solução definitiva para a paz na região da Palestina, de modo a propiciar a pacificação e a tranquilidade para a humanidade, que merece o conforto do amor entre os povos.     

Brasília, em 17 de outubro de 2023

Nenhum comentário:

Postar um comentário