segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Deformidade humana?

 

Em vídeo postado na internet, é mostrada a imagem do presidente do país, a propósito de cirurgia submetida por ele, sob a esfinge de meio-homem e meio-animal, com a expressão de que a referida operação teria sido bem-sucedida.

Embora se trate de pessoa controversa, por ser considerada insignificante e desprezível, sob o prisma de muitos brasileiros, por conta de seus atos de desonestidade contra o patrimônio dos brasileiros, conforme mostraram os fatos investigados e julgados sobre a vida pública dele, tornando-se, por isso, persona non grata e merecedora do desprezo das pessoas honradas e dignas, essa forma de tratamento, no âmbito do sentimento cristão, demonstra visível aversão aos princípios humanitários.

É bastante deplorável que alguém tenha tido iniciativa como essa de comparar, em equiparação grotesca e instinto odioso, o ser humano com animal irracional, em que pese o jumento, no caso, possa até ter muito maior importância do que a pessoa indicada, na visão de muitos brasileiros, mas a imagem evidencia visível propósito de ridicularização ao ser humano, própria de quem tem ódio no coração, ato esse que clama por desaprovação e repúdio das pessoas de bem, que têm bons sentimentos no coração.

Pensando racionalmente, essa atitude mesquinha e desumana somente mostra a pobreza intelectual de quem não teve capacidade para idealizar forma inteligente e salutar de satirização no âmbito da civilidade, até mesmo com a possibilidade de mostrar o inconformismo com a situação esdrúxula de ter na Presidência da República pessoa que representa o extremo da decadência de tudo que se possa imaginar sobre a normalidade da vida pública, ante a ausência nela dos atributos inerentes à conduta ilibada e à idoneidade, exigidas na administração pública.

Sim, essa é a realidade nua e crua do Brasil da atualidade, que não se tem mínima explicação plausível para tamanho infortúnio e desgraça, mas, nem por isso, seja crível que alguém ache no direito de classificar o ser humano em animal irracional, não importando que ele seja considerado insignificante, por muitas pessoas, repita-se, mas ele não deixa de ser humano, condição essa que precisa ser respeitada.

As pessoas de bem precisam se conscientizar de que a ridicularização exagerada, como na maneira mostrada no vídeo, tende a revelar a falta de personalidade do seu autor, que é capaz de se autodeformar, por propósitos indignos, quando melhor seria a valorização do seu talento, em nome da dignidade humana, não importando as circunstâncias dos fatos da vida que precisam ser cuidadas sob os princípios do devido respeito aos conceitos de civilidade e humanismo.

É preciso que os brasileiros percebam a urgente conveniência de se acompanhar a evolução da modernidade dos conhecimentos, no sentido de se aprimorar para as práticas somente do bem, como forma de ganho de qualidade de vida, desprezando as ideias de ódio e desamor, porque estas se harmonizam a desprezibilidade dos bons princípios e condutas humanos.

Convém que os brasileiros honrados sejam capazes de tratar o ser humano com a mesma dignidade que entendem que assim também devam ser tratados, não importando que as pessoas sejam consideradas desonestas, insignificantes ou desprezíveis, porque, do contrário, não há de prevalecer qualquer direito ao usufruto dos salutares princípios de civilidade e humanitários, tão necessários na atualidade.

Brasília, em 2 de outubro de 2023

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