segunda-feira, 30 de outubro de 2023

A força da criminalidade

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, é mostrado animado desfile de bandidos certamente integrantes de organização criminosa, devidamente armados com fuzis e outras tantas armas de uso exclusivo das Forças Armadas, em evidente arrogância e atrevimento às autoridades incumbidas da segurança pública, que nada fizeram como forma de combate às facções do crime organizado, que se alastra nos grandes centros urbanos.

As imagens mostradas no vídeo cuidam de patentear a degradação da civilidade, ao pior nível imaginável, à vista do império cada vez mais acentuado da criminalidade, que vem atuando sem nenhuma resistência por parte do governo.

Na verdade, essa deplorabilidade da civilização não se conquista em forma de direito, porque isso é apenas a perda natural dos princípios e dos valores humanitários, em forma tácita de consentimento, exatamente pela total ausência do Estado.

A forma inusitada de comportamento social, no estilo de pura selvageria, sob a orientação das organizações criminosas cariocas, evidencia a total perda da autoridade, em completa inversão da ordem natural do poder inerente ao Estado, que teria como escopo a normal garantia da ordem e da segurança pública.

Ao contrário disso, vê-se o império e o domínio de bandidos armados até os “dentes”, em acintosa exposição da prepotência, em pomposo desfile em principais avenidas públicas, certamente em escrachado gesto de intimidação às autoridades do Estado, que a tudo vêm, mas apenas se fingem de mortos, como se nada estivesse acontecendo, às suas barbas, de extremamente desmoralizante e deplorável.

Essa demonstração de força da criminalidade é precedente extremamente perigoso, uma vez que a aceitação do acintoso abuso da bandidagem contribui para o vertiginoso enfraquecimento da autoridade pública, permitindo, de consequência, o fortalecimento da criminalidade, em evidente detrimento da proteção à sociedade, que cada vez mais fica refém das poderosas organizações criminosas.

Triste fim da sociedade, que é obrigada a se submeter ao regime da violência, sob o império das organizações criminosas, justamente pela ausência de autoridade e isso é apenas a comprovação da plena falência do Estado e da própria sociedade.

Os brasileiros de verdade precisam reagir, enquanto tem condições, não permitindo a generalização da desmoralização dos princípios humanitários, porque isso nada mais é do que a natural perda total da dignidade social, tragada pela poderosa força do crime organizado.

 

Brasília, em 30 de outubro de 2023

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