segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Insensibilidade

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, o último ex-presidente do país aparece junto com uma senhora que foi condenada à prisão, por 17 anos, sem que ela tivesse participado de absolutamente nada quanto ao quebra-quebra do dia 8 de janeiro.

Ele se encontrava ali para apoiá-la, tendo afirmado, in verbis: “Olha só! Quem considera essa senhora terrorista, golpista não tem objetivo para ser qualificado. Não tem. O que aconteceu no dia 8 de janeiro? Os acampamentos foram invadidos (...) Pessoa condenada a 17 anos de cadeia, como essa aqui, presa também. Dói no coração da gente ver pessoa como essa sendo presa (...)”.  

Não somente sob a ótica do bom senso, da sensatez e especialmente da racionalidade, trata-se de enorme injustiça a condenação à prisão de pessoas que estavam apenas implorando pela adoção de medidas imprescindíveis para se evitar a entrega do poder à parte decomposta da política brasileira.

Não obstante, os gritos estridentes e insuportáveis de pedido de socorro de patriotas foram banalizados e cruelmente ignorados tanto pelo Exército brasileiro como pelo então presidente da República, cujo desprezo deu azo a toda espécie das desgraças que estão sendo disseminadas livremente no Brasil, justamente por conta da incompetência, da insensatez e da irresponsabilidade de quem poderia ter evitado toda sorte de infortúnio que grassa no país, na atualidade.

Vejam-se que pessoas inocentes e sem terem praticado qualquer deslize de conduta cívica, como no caso dessa senhora, uma velhinha, ter que pagar muito caro, bem além das suas condições físicas, pelas incompetência e insensibilidade de quem poderia ter evitado situação dramática relatada, pasmem, por quem poderia ter adotado medidas para garantir a lei e a ordem, na forma do disposto no artigo 142 da Constituição, à vista dos abusos de autoridade e das decisões arbitrárias e inconstitucionais, inclusive a despeito de inúmeras denúncias sobre eventual manipulação das urnas eletrônicas, com possibilidade de fraudes nas últimas eleições.

Em que pesem as fortes suspeitas sobre possível prática de deformidades dos princípios democráticos e constitucionais, o então presidente do país, na ocasião, houve por bem cumprir voto de tumular silêncio, depois da proclamação dos resultados das últimas eleições, se recolhendo aos confortáveis aposentos presidenciais, dando as costas para os seus apoiadores, que se expuseram inutilmente nas portas dos quartéis do Exército, em sacrifício desprezado por quem tinha o dever cívico e humano de, pelo menos, ter a hombridade de avisar que não iria fazer absolutamente nada, como de fato assim aconteceu.

Esse ato revestiu-se de enorme frustração por parte dos brasileiros honrados e dignos, que foram iludidos por promessas absurdas do tipo: “Eu faço o que o povo quiser”, dito por várias ocasiões pelo mandatário do país, antes do desfile de 7 de setembro.

Chega a ser insensato e até inacreditável que essa mesma autoridade apareça, agora, junto com uma vítima da omissão de atos da sua competência, na forma constitucional, para, com a cara mais deslavada, lamentar o que de tão grave aconteceu com essa cidadã, quando, certamente, nada teria acontecido com ela nem com ninguém dos mais de mil casos iguais, se ele tivesse tido a sensatez e a diligência de editar as medidas necessárias e prudenciais para se evitar a entrega do poder à nefasta esquerda, que jamais poderia ele ter entregue exclusivamente por conta da omissão e da incompetência presidenciais.

É lamentável que esse político não consiga sequer ter a dignidade para justificar perante seus seguidores os motivos que ampararam o seu desprezo ao Brasil e aos brasileiros, em momento da maior gravidade político-institucional, quando o país estava sob o domínio de comando paralelo, que efetivamente decidiu o futuro da nação, por meio de decisões absurdas, arbitrárias e inconstitucionais, a exemplo da falta de transparência sobre o resultado das últimas eleições, em total afronta ao princípio insculpido no artigo 37 da Constituição, que determina a total publicidade dos atos da administração pública.

É muito triste que esse político não consiga cair na real e perceber a gravidade da sua omissão presidencial, conquanto, do contrário, nada dos absurdos que aconteceram, inclusive da injusta penalidade aplicada a essa pobre cidadã, que é ridiculamente confortada por quem poderia ter evitado toda sorte de desgraças que estão acontecendo agora no Brasil, inclusive contra o próprio político, que vem sendo severamente perseguido, talvez por conta do que deveria ter feito, mas não fez de aconselhável para a mudança dos rumos da história brasileira.

A verdade é que os fatos mostram, com todas as letras, que esse cidadão não tem condições, em forma de dignidade, para consolar nem amparar absolutamente ninguém, por conta de atos arbitrários que estão sendo aplicados contra pessoas inocentes, quando tudo poderia ter sido diferente se ele tivesse tido a sensibilidade e a competência para determinar a verificação sobre a regularidade de atos suspeitos de irregularidades, em especial no que se refere à operacionalização das urnas eletrônicas, à vista de várias denúncias de possíveis fraudes.

Tem-se como terrivelmente intrigante haver essa importante oportunidade, em absoluta harmonia com o Estado Democrático de Direito, eis que a garantia da lei e da ordem encontra-se prevista na Carta Magna, ex-vi do disposto no artigo 142, com vistas à verificação da regularidade dos atos sob fortes suspeitas, em especial quanto ao resultado das últimas eleições, quando fora negada a sua transparência, em evidente afronta ao princípio da publicidade de que trata o artigo 37 da Lei Maior do país, que estabelece como princípio a publicidade dos atos da administração pública.

Isso seria motivo mais do suficiente para que o presidente do país decretasse intervenção militar, com a finalidade de verificar a regularidade de matérias que suscitavam questionamentos perante os princípios da administração pública.   

Convém que os brasileiros de verdade se conscientizem sobre a realidade dos fatos e tenham a dignidade de condená-los, como eles merecem, de modo a se assegurar a grandeza dos valores do Brasil e do seu povo, a fim de que seja possível afastar da vida pública os políticos incompetentes, insensatos, oportunistas e aproveitadores da ingenuidade dos eleitores.

Brasília, em 30 de outubro de 2023

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