sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Decadência humana?

 

Conforme vídeo que circula na internet, vereadores de cidade do Ceará teria aprovado projeto de lei autorizando o abate de animais de rua, para consumo em creches e escolas, cuja notícia não foi confirmada, na origem, havendo suspeita de que isso sequer tenha acontecido.

Não obstante, essa notícia, se verdadeira, tem a exata dimensão da decadência da dignidade do ser humano, que não tem vergonha de ser qualificado como tal quando deixa transparecer a sua completa falta de caráter e racionalidade própria do Homo sapiens, ao se rebaixar à espécie irracional dos animais selvagens, sem o menor pudor de fazer o papel monstruoso de decidir pela normalidade de ato somente permitindo nos submundos das republiquetas comunistas, onde é normal o abate de animais domésticos para saciar a fome do povo.

É muito triste que o poder público comece a vislumbrar a saída de crises por meio de medida de baixíssima qualidade e ainda envolvendo solução que somente contribui para a reafirmação da inferioridade do próprio homem, que tem o dever, ao contrário, de se aprimorar e primar pelas decência e dignidade como ser humano.

Diante dessa aviltante decisão que desonra a raça humana, pondo sob suspeita a dignidade do próprio homem, os brasileiros de bem precisam se conscientizar, com urgência, de que já se atingiu o limite da tolerância com os abusos de autoridade, no entendimento segundo o qual não se pode mais permitir a extrapolação das linhas de conduta aceitável no seio da sociedade, principalmente quando há regras constitucionais e legais normatizando procedimentos obrigatórios para serem seguidos também para os abusadores dos princípios de civilidade.

É chegado o momento em que a sociedade precisa dizer aos tiranos e usurpadores da democracia e dos direitos humanos que é absolutamente inadmissível a continuidade dessa volúpia ultrajante da dignidade do homem, quando os direitos humanos são ignorados, em nome da tirania, que vem se materializando no dia a dia.

A verdade é que não se elege governantes, sob a égide do Estado Democrático de Direito, com o propósito da prática de abusos à revelia da sociedade, com graves danos civilizatórios para ela própria, porque ela sempre aspira o melhor para o bem comum da população.

Enfim, concitam-se no sentido de que os brasileiros honrados se mobilizem, com a máxima urgência, contra o poderio do sistema que cada vez mais aparece e se engrandece na sombra da inferioridade da sociedade, que se mostra apática diante dos arroubos, desmandos e abusos de autoridade, quando o seu dever é completamente a contrário, em defesa das estruturas dos princípios democráticos e dos direitos de todas as liberdades humanas.

              Brasília, em 6 de outubro de 2023

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