terça-feira, 3 de outubro de 2023

Lição de civilidade

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, há a imagem de violenta surra que foi dada em dois professores, pelo pai de aluna, cuja filha disse o seguinte para ele: “Na escola, meu professor está ensinando como as pessoas fazem sexo. Ela falou para o professor que essa não era a área de ensino dele e ele respondeu que se não fosse casado, ele ia ensinar umas coisas para ela... Ela falou para o pai e ele foi lá tirar satisfação...”.   

É evidente que essa forma de lição aos professores que abusam da dignidade dos alunos, tentando ministrar orientação sobre sexualidade, não seja a mais correta, uma vez que há outros meios passíveis de correção, embora não se sabendo com tamanhas efetividade e eficácia como boas lições de boas condutas, mas sim no âmbito dos parâmetros de civilidade pretendidos, em termos da evolução exigida para a melhor educação dos brasileiros.

 Não obstante, é preciso se reconhecer que orientação desnecessária sobre educação sexual para menores, em sala de aulas, chega a ser tanto ou muito mais violenta do que a própria surra dada pelo pai da aluna, que foi violentamente ofendida na sua dignidade, em razão da extrapolação de lição imprópria para o ensino regular, que precisa ser respeitado, em harmonia com a imperiosa necessidade do respeito aos direitos humanos, em especial envolvendo crianças, para quem se exige a pureza da sublime dignidade.

Sem dúvida, o ato de violência em si é absolutamente desnecessário, como também é indiscutivelmente fora de lógica a atitude de professor que abusa da sua cátedra para se incursionar por lições inadequadas e desnecessárias, o que até se poder intuir que a última lição pode ter cunho pedagógico à altura de se mostrar que a importante missão de lecionar exige respeito aos princípios fundamentais do educador, que tem a primordial responsabilidade de ser fiel aos verdadeiros compromissos de educador em todos os sentidos, caso em que, diferentemente disso, há evidente extrapolação do regular dever professoral.

As imagens mostradas no vídeo em apreço são chocantes e impróprias para exibição no seio da sociedade civilizada, mas a sua disseminação nas redes sociais cresce de importância como instrumento pedagógico, para mostrar aos atrevidos aliciadores de alunos e indignos professores a importância de se ater estrita e atentamente aos planos de aula pertinentes à sua disciplina, sob pena de alguém não gostar dos desvios de conduta dele, quando o resultado disso pode ser simplesmente desagradável, como visto nesse pedagógico vídeo.

O certo é que o educador não precisa senão seguir na linha regular do cumprimento da nobre missão de ensinar somente a matéria da incumbência professoral dele, em sintonia com a grandeza de bem educar e pronto, quando, do contrário, boas lições de incivilidades são necessárias, como nesse caso do vídeo, exatamente para o despertar da consciência de professores que se julgam donos da verdade.

              Brasília, em 3 de outubro de 2023

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