segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Indignidade?


Conforme vídeo que circula nas redes sociais, um ministro da corte maior do país, quando ainda estava completamente consciente sobre o verdadeiro sentido dos princípios da moralidade, da dignidade e da honestidade, na vida pública, se manifestou sobre o político mais desprezível do Brasil, inclusive se dirigindo diretamente a ele, tendo declamado a mensagem a seguir.

Não estamos falando de bandido assumidos, transgressores vulgares. Estamos falando de gente de bem e que se considerava de bem e que, no entanto, fraudava, corrompia, achacava e lavava dinheiro, como se fosse natural. E como achavam que a corrupção era a maneira natural de governar e de fazer negócio, não sentiam culpa. Não tinham autocrítica. Além de estrutural, era uma corrupção sistêmica, porque uma engrenagem alimentava a outra. Não foram falhas individuais ou pequenas fraquezas humanas. Eram esquemas profissionais de arrecadação e de distribuição de dinheiros desviados. A política, em sentido verdadeiro, a busca pela realização do bem público, com idealismo e dedicação, esta sim é uma das atividades mais nobres a que alguém pode se dedicar. Considerando  a extensão e a profundidade da corrupção, no Brasil, o monturo que havia se acumulado ao longo dos anos, o saldo é extremamente positivo. O Brasil mudou, não que a corrupção tenha acabado, mas será difícil acontecer de novo.”.

A clareza das declarações, ditas por autoridade integrante da suprema corte brasileira, parecia não deixar a menor dúvida sobre a predominância da desmoralização na administração pública, completamente dominada pelo império da criminalidade, da corrupção e dos esquemas organizados, em patamar mais degenerativo possível e imaginável, acreditando-se que isso pudesse servir de parâmetro para, pelo menos, a sensata ponderação no sentido de se haver expurgo, em definitivo, dos agentes causadores de tamanha atrocidade contra os cofres públicos.

A verdade é que nunca se viu, na história universal, a materialização tão cristalina da perda das dignidades moral e humana como a que aconteceu com esse ministro, quando, em momento de serena lucidez, racionalidade, ponderação e, sobretudo, juridicidade, ele mostra a dura realidade sobre a esculhambação materializada com o desprezo aos princípios republicanos e democráticos, havida no governo da esquerda.

Essa mesma autoridade, logo depois se compôs com os integrantes do deplorável sistema dominante, que é tido por garantidor da volta da funesta esquerda ao poder, como se tudo de depravação, criminalidades e deformidades apontadas por ele jamais tivessem acontecido, no maravilhoso país tupiniquim.

À toda evidência, ele reconhece a autenticidade da podridão retratada, com todos os caracteres jurídicos abonadores da pior imundície jamais havida na história republicana, em que a violação aos sagrados princípios da honestidade, da moralidade e principalmente da dignidade, na administração pública, foram completamente atropelados por quadrilha organizada e muito bem estruturada para desviar recursos públicos, praticando a pior forma de roubalheira aos cofres públicos.

No alto dos seus notórios conhecimentos jurídicos, ele teve a hombridade de se dirigir ao principal envolvido nesse imbróglio, para narrar para ele, em absoluta minúcia, a deplorabilidade inerente aos horrorosos esquemas criminosos, como que dizendo sobre a monstruosidade também perpetrada por ele, evidentemente acreditando que toda tragédia era realmente verdadeira e motivadora de indignação, ante aos princípios republicanos e democráticos.

É simplesmente inacreditável como pessoa sem caráter e de dupla personalidade tem importante influência nos destinos do Brasil, sendo, na atualidade, o principal líder de um dos principais poderes da República, fato este que demonstra a extrema fragilidade das instituições brasileiras e, principalmente, de brasileiros, que se conformam passivamente com tão deplorável momento da vida administrativa do Brasil, que tem seus principais poderes dirigidos por pessoas indignas, completamente incapazes de comprovarem conduta ilibada e idoneidade, na vida pública.

Diante do exposto, resta aos brasileiros, no âmbito do seu dever cívico e patriótico, se indignarem contra a deplorabilidade impingida às instituições públicas, ao tempo em que seja imprescindível a mobilização da sociedade para reagir contra a banalização da imoralidade e da desonestidade, como forma de se buscar a moralização do Brasil, o mais rapidamente possível.

Brasília, em 16 de outubro de 2023

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