Sistema bruto?

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, uma pessoa elenca uma série de atos e decisões arbitrárias e inconstitucionais, adotadas pelo sistema dominante, concluindo, em cada menção, que o sistema é “bruto”.

É preciso, sim, ter a conscientização de que realmente o sistema é bruto, que consegue fazer e praticar todas as formas de arbitrariedades, violências e inconstitucionalidades, para o atingimento de seus desideratos, não importando os fins empregados para a obtenção se seus objetivos e muito menos o que possam pensar os seus opositores.

A verdade é que esses fatos de extrema depravação dos sagrados princípios da administração pública são ricamente debulhados na narração constante do vídeo, como a materialização da completa desonestidade empregada nos seus atos, que visavam a volta ao poder, como de fato voltou, exatamente com a aplicação de métodos nada republicanos, porém extremamente exitosos para a satisfação dos seus projetos políticos.

Em contrapartida, é preciso ter dignidade para se reconhecer as gigantescas incompetência e incapacidade da parte derrotada, que vem sendo chicoteada, surrada, maltratada, enfim, escorraçada mesmo, exatamente com o uso de todas as formas de brutalidade e desprezo aos princípios republicanos e democráticos, assim reconhecidas pelos derrotados fragilizados.

Os perdedores poderiam pelo menos ter a hombridade para o reconhecimento que seu único consolo é apenas o direito à crítica inútil e infrutífera, como é feito e visto no vídeo em causa, diante da competência enviesada do sistema bruto, que apenas executou o melhor de si, que tem o reconhecimento dos derrotados incompetentes, que poderiam ter reagidos aos maus-tratos em sentido contrário, por meio de recursos jurídicos e todas as formas válidas de não aceitação das maldades e arbitrariedades.

O certo mesmo é que os derrotados não conseguiram reagir, em momento algum, em termos de contraposicionamento às medidas erráticas empregadas pelo sistema “bruto”, que de bruto mesmo só tem a capacidade de adotar as medidas que foram necessárias à retomada do poder, pouco importando se elas foram realmente brutas para apenas para quem o sistema conseguiu expulsar do poder, que se mostrou absolutamente presa fácil, por não ter demonstrado qualquer reação, que precisava ter acontecido, salvo à facilidade da choradeira, da vitimização e de tudo o mais que somente comprova a sua firme condição de incompetência e fragilidade, diante das tormentas.

Certamente que nada de choradeira estaria havendo se o último ex-presidente tivesse tido a sensibilidade para perceber o tanto de maldade que ele fez ao Brasil, quando deixou de decretar a garantia da lei e da ordem, com base no disposto no artigo 142 da Constituição, a despeito de inúmeras denúncias sobre possíveis irregularidades na operacionalização das urnas eletrônicas.

Isso poderia resultar no saneamento de muitas brutalidades, perseguições e arbitrariedades, conforme as reclamadas constantes do vídeo, com enorme possibilidade de sequer o sistema ter assumido o poder, razão de todas as desgraças impingidas aos brasileiros.

Como se vê, não existiria sistema bruto se a parte derrotada tivesse o mínimo de competência, o que vale dizer que a tragédia e o coas que grassam no Brasil têm sim culpado, somente não o enxergando quem colocou a venda na visão, por mera conveniência ideológica.

Brasília, em 13 de outubro de 2023