domingo, 15 de outubro de 2023

Melhoria da educação

 

Quando se pensa em homenagear o professor, impõe a imperiosa lembrança, em forma de alerta, sobre a necessidade, diga-se até mais do que isso, mas sobre a urgência da melhora da educação brasileira.

Trata-se de prioridade que se impõe caso o Brasil tenha alguma pretensão de atingir algum patamar de desenvolvimento socioeconômico, porque esse é o melhor investimento visando à qualidade do ensino que certamente levará a nação para futuro promissor.

Sem a menor dúvida, os pilares da educação têm efeito direto no mercado de trabalho e contribui para combater as mazelas do país, como a violência e tantas outras precariedades, além de ajudar à instauração da civilidade e da cidadania, na formação de cidadãos capazes e cônscios sobre a verdadeira função do Estado, os quais terão melhores condições para fazerem as escolhas na política, na economia e nos demais setores da sociedade. 

Esses efeitos positivos e benéficos logo se revestirão em benefícios geracionais proporcionados pelos cuidados com a educação, que exige o aprimoramento da sua qualidade, em forma da estruturação do ensino, como política essencial do Estado, e não de governo.

Infelizmente, gestões irresponsáveis e vieses ideológicos, tanto da esquerda quanto da direita, prejudicam a formação educacional de brasileiros, exatamente pela falta de p

A verdade é que se perpetuam situações inadmissíveis, lastimáveis mesmo, como crianças em idade escolar que não compreendem os rudimentos do português ou da matemática; jovens que abandonam o ensino em todas as fases; professores mal remunerados, despreparados e desvalorizados; escolas em condições deploráveis – quando há escolas, entre tantas mazelas somente admissíveis em países subdesenvolvidos.

É extensa a quantidade de estudos e trabalhos disponíveis que detalham os desafios e os problemas educacionais no Brasil, como recente levantamento esclarecedor divulgado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), na forma do relatório intitulado Education at a Glance (Um olhar para a educação, em tradução livre).

Os dados informam que o Brasil investe US$ 3,5 mil por aluno/ano na educação pública básica, que é menos de um terço da média dos países da OCDE, na faixa de US$ 10,9 mil, cujo baixo investimento é apenas uma parte do problema, mas especialistas alertam para a necessidade de se observar a qualidade desses investimentos, a partir da verificação de seus resultados.

Também evidencia inquietante uma amostra que veio a público na semana passada, em que o Censo da Educação Superior, divulgado pelo Ministério da Educação, identificou sinais preocupantes na formação de professores, porque, em cujo levantamento, foi apontado crescimento vertiginoso dos cursos a distância, realizado na formação em licenciatura, em que 80% dos alunos optaram por essa modalidade.

O próprio ministro da Educação ponderou que não se trata de “demonizar” os cursos a distância, mas existe claro déficit de qualidade na preparação desses futuros profissionais do ensino.

Segundo o resultado mais recente do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), a situação é grave, porque os cursandos de licenciatura tiveram nota abaixo de 5, numa escala de 0 a 10.

A verdade é que tudo que se refere à educação e ao ensino, no Brasil, as notas são precárias, indicando precisa harmonização com o pleno desinteresse do poder público de priorizar as políticas necessárias à reformulação, ao aperfeiçoamento e à modernização do sistema educacional, que precisa funcionar exatamente nessas condições precárias e obsoletas, para a satisfação egoístas das autoridades públicas extremamente medíocres, desprezíveis e insignificantes.

Urge que os brasileiros se conscientizem sobre a necessidade de revolução na educação brasileira, posto que o Brasil precisa unir esforços para empreender uma educação sólida, moderna e compatível com os monumentais desafios do presente e do futuro, em termos de desenvolvimento, em todo os seus matizes.

            Brasília, em 15 de outubro de 2023

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