Em resposta, em disse que, em primeiro lugar, deixo claro que não
faça propagando de candidato algum, mesmo porque há a polarização entre direita
e esquerda, em que é preciso se decidir entre dois candidatos extremamente
carentes de qualidades, cada qual com as suas peculiaridade.
Concordo plenamente com as
deficiências demonstradas pelo presidente do país no combate à pandemia do
coronavírus, porque ele poderia ter se empenhado por meio de medidas muito mais
eficientes.
Ao se falar das deficiências
do candidato da direita, é como se o candidato da esquerda fosse só bondade,
mas a consciência crítica da mensagem acima não enxerga o mar de lama
protagonizado por ele, na forma dos desonrosos e criminosos esquemas de que
tratam os escândalos do mensalão e do petrolão, onde ele foi beneficiado com
propinas, à vista das investigações policiais e dos julgamentos judiciais,
devidamente confirmados em instâncias superiores da Justiça, quanto à
materialidade dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O que justifica as pessoas
serem cúmplices com a desonestidade, quando seriam mais razoáveis que elas
exigissem que o candidato primeiro provasse junto à Justiça a sua inocência, porque
não tem nenhuma validade que ele se declare inocente, uma vez que nenhum
criminoso vai dizer que é culpado?
Quem diz se a pessoa é
inocente é a Justiça, diante dos processos penais que, no caso dele, correm lá,
aguardando julgamento pelos atos suspeitos de irregularidades, que continuam
sob essa chancela enquanto ele não se tiver condições da prova em contrário,
com base em documentos juridicamente válidos, a inculpabilidade dele, nos casos
das denúncias à Justiça.
É preciso ficar muito claro
que o fato de alguém ter sido considerado o melhor presidente não justifica a
prática de atos irregulares, como se isso tivesse o condão de abonar os
gravíssimos crimes praticados contra a administração pública, porque uma coisa
não tem nada com a outra, nem serve de justificativa para o dito popular:
rouba, mas faz, como tem sido comum se ouvir muito a respeito disso.
Vê-se com bastante desalento
pessoas inteligentes brigarem em defesa de político que sequer se esforça em
limpar seu nome junto à Justiça, uma vez que ele, à luz dos princípios da
moralidade e da dignidade política, não resiste à comprovação de conduta
ilibada e idoneidade, na vida pública, justamente diante do envolvimento dele
em casos penais correndo na Justiça e isso, à toda evidência, é forma clássica
de incompatibilidade com o exercício de cargo público eletivo, ante a
demonstração de maculabilidade comprovada na gestão pública, atestada,
frise-se, nos esquemas degradantes do mensalão e do petrolão.
O certo é que esses casos gravíssimos
são inescrupulosamente ignorados por seguidores do político, por pura
conveniência, por preferirem ressaltar as possíveis qualidades dele, como se a
desonestidade na aplicação de recursos públicos fosse caso de somenos
importância, quando é exatamente o contrário, diante da necessidade da avaliação
do desempenho administrativo quanto ao zelo pelo patrimônio dos brasileiros.
É muito triste que pessoa que
aparenta professar a fé cristã declare publicamente que tem nojo, que é a mesma
forma de odeia, ao seu semelhante, não importando que ele não tenha qualidade
alguma, porque o ensinamento bíblico é bastante claro, ao afirmar que os filhos
de Deus devem amar o seu próximo.
Ninguém está obrigado a amar
ninguém, mas o pecado do ódio não condiz com as obras de Deus, porque isso é
clara evidência de intolerância ao ser humano.
Além dessa questão de
repugnância ao semelhante, ainda causa estranheza que cristãos possam apoiar
candidato declaradamente da esquerda, que tem como filosofia o regime
socialista, cuja sagrada ideologia é análoga aos saudáveis ensinamentos do
cristianismo, exatamente por defenderem ideias antagônicas, uma vez que a
primeira tem sintonia com práticas contrárias aos princípios humanos, a exemplo
da liberação do aborto, do uso de drogas, da ideologia de gênero, da
vulgarização da criminalidade e da impunidade, das invasões em propriedades
particulares, em especial no campo, além da intolerância religiosa, com
destruição de imagens sagradas, entre muitas outras malignidades que estão na
contramão da evolução da humanidade.
Já as práticas do cristianismo
estão voltadas para as causas do bem e do amor ao próximo, conforme o Evangelho
de Jesus Cristo e sobre isso não resta a menor dúvida.
Enfim, causa perplexidade que
pessoas inteligentes, experientes não se preocupem pessoalmente com a sua
dignidade em declarar defesa e apoio a político em plena decadência moral e
administrativa, porque ele foi incapaz de provar a sua inocência na Justiça,
além de não ter planos nem projetos de governo, senão para promessas vazias,
como mais democracia para o povo, como se o regime socialismo servisse de
exemplo para algo sério, ante à perda dos direitos humanos e das liberdades
individuais e democráticas nos países dominados por ditaduras ultrapassadas e
escravagistas, sob a égide do socialismo/comunismo.
Convém que as pessoas de bem
reavaliem o seu voto, pensando exclusivamente no melhor para o Brasil, uma vez
que os dois candidatos estão distantes de satisfazerem aos requisitos de
qualidades que o país bem merece, mas não há alternativa.
Brasília, em 15 de outubro de
2022
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