Em resposta aos comentários que foram feitos em relação à crônica que analisei a monstruosidade de se prometer picanha para os eleitores do candidato da esquerda, em especial, o povo pobre, um internauta teceu vários comentários acerca dos desvios de conduta do candidato à reeleição, tendo concluído que não tem como se votar em candidato nessas condições.
Em
primeiro lugar, percebe-se o internauta não faz qualquer comentário acerca do
tema enfocado na minha crônica, que diz com a promessa de distribuição de
picanha, mas foi pródigo em debulhar um rosário de maldades protagonizadas pelo
candidato à reeleição.
Por
seu turno, aproveito o ensejo para deixar muito claro que não defendo o governo
nem tenho procuração dele para ouvir as queixar sobre assuntos relacionados a ele,
como assim é a ilação que se pode tirar das queixas postas em cinco mensagens
colocadas pelo internauta.
A
prova de que não tenho nada a ver com os assuntos do governo, em hipótese
alguma, são os meus textos, onde em nenhum deles há qualquer defesa dele.
Tudo
aquilo que foi elencado pelo internauta como atos falhos do governo pode ser a verdade
dele sobre o governo e eu não tenho motivo algum para contestá-lo, porque é a verdade
desse cidadão sobre o candidato à reeleição.
Por
sua vez, não quero nem tenho condições alguma para induzir ninguém a votar
diferentemente da sua consciência política, mesmo porque cada cidadão precisa
se conscientizar sobre o que seja realmente o melhor para o Brasil.
Quem
achar que o presidente não serve para governar o país, é o seu direito democrático
de não votar nele.
Dessa
forma e assim entendendo, acho que tenho todo direito, em forma de
reciprocidade, porque isso faz parte da legado democrático, de se puder dizer
que o político que teve, no seu governo, dois dos maiores esquemas criminosos
de corrupção já conhecidos na história brasileira, na forma dos escândalos do
mensalão e do petrolão, não reúne, sob a minha avaliação, condições morais
mínimas para presidir o país da grandeza do Brasil e do seu povo.
Ressalvado,
por óbvio, o entendimento de pessoas que ignoram o verdadeiro sentido da
importância dos princípios republicanos da moralidade, da honestidade e da
dignidade, na gestão pública, uma vez que o político da esquerda foi condenado
à prisão, por força do envolvimento dele no recebimento de propinas, à vista da
caracterização da prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro,
que têm como implicação a incompatibilidade dele com o exercício de cargo
público eletivo, ante a impossibilidade da preenchimento dos requisitos de
conduta ilibada e idoneidade, quanto aos seus atos na vida pública.
Causa
estranheza que as pessoas sejam capazes de reconhecer os mínimos detalhes de
desvios de conduta do adversário, mas se mostram absolutamente complacentes e indiferentes,
evidentemente por conveniência política, quando há acusação ao seu candidato,
inclusive considerando-o inocente, quando há vários processos sobre denúncias
sob suspeitas da prática de atos irregulares, cuja autoria é atribuída à pessoa
dele, os quais ainda pendem de julgamento.
Esses
processos têm origem justamente nos nefastos escândalos supracitados, que, na forma
legal, exigem prestação de contas e justificativas por parte dele à Justiça e à
sociedade, mas ele não se dispõe a tanto e só alega que é inocente, quando não
é enquanto não provar isso junto à Justiça.
A
propósito, impende lembrar que, em nenhum país do mundo, nem mesmo nas piores
republiquetas, o povo chega a ser tão serviu e demente à desmoralização da gestão
pública, quanto à permissividade de aceitar que homem público condenado à
prisão por desvio de dinheiro público, devidamente comprovado, uma vez que os
processos pertinentes tramitaram sob o crivo de um juiz, três desembargadores e
cinco ministros, integrantes, respectivamente, das primeira, segunda e terceira
instâncias da Justiça, e todos os nove magistrados foram unânimes nos seus
veredictos, pela materialidade da autoria dos crimes atribuídos ao réu, que não
teve condições para provar a inocência dele, razão das sentenças condenatórias.
É
bem de se vê que as citadas penas foram anuladas, exclusivamente por questões
técnicas, quanto à incompetência de jurisdição, quando um ministro do Supremo
Tribunal Federal entendeu, sem fundamento jurídico algum, que o político
deveria ser julgado em Brasília e não em Curitiba.
Ou
seja, como não houve exame sobre o mérito das ações penais, os atos
infracionais propriamente ditos permanecem intactos, em comprovação do
recebimento das propinas objeto das condenações anuladas, mas passíveis de novo
julgamento, o que vale dizer que inocente ele não é, posto que, se assim fosse,
ele não precisaria ser novamente julgado por atos irregulares supostamente
atribuídos à autoria dele.
O
certo é que o Brasil não merece nenhum dos candidatos que restam no páreo das
urnas, mas as circunstâncias obrigam que seja eleito um dos dois e é normal que
os eleitores escolham o menos pior para o Brasil, sabendo que o candidato da
esquerda se encontra implicado até a raiz com casos penais na Justiça, não
tendo a mínima condição moral para exercer cargo público da relevância da
República, em especial pela necessidade de autorizar a realização de recursos
do Orçamento da União, por ele ser potencial suspeito de se beneficiar indevidamente
de dinheiro público.
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