Em
mensagem que circula na internet, a Organização Mundial da Saúde reconheceu que
o presidente do Brasil foi responsável por ter desempenhado o melhor programa
de combate à pandemia do coronavírus, em relação aos países da América do Sul.
Convenhamos
que é preciso dar crédito àquele órgão, que é entidade que demonstra absoluto
desconhecimento sobre a monstruosidade acerca da quantidade de mortes por causa
da Covid-19, que se aproxima dos 700 mil óbitos, no Brasil.
Agora,
imaginem se o Brasil não tivesse demorado à vacinação em quase um mês depois
que os países governados por quem tiveram a sensibilidade com os princípios
humanitários, cuidando, da melhor forma da saúde pública.
Imaginem
se o governante brasileiro tivesse se empenhado diretamente no envolvimento das
causas em forma de combate à pandemia, tendo o cuidado de mobilizar os melhores
quadros especializados em saúde pública, para a formação da linha de frente
contra o mal do século?
Imaginem
se não tivesse prevalecido o negacionismo quanto às causas da pandemia, objeto
da gigantesca rejeição de brasileiros ao presidente da República, que ostenta o
deprimente título de genocida, que ganhou de seus opositores, justo ou não, mas
tudo isso jamais teria acontecido se não tivesse nenhum fato a justificar o
posicionamento vacilante do mandatário, que abdicou à cartilha de estadista
para fazer campanha contrária ao combate à pandemia.
A
declaração da OMS, de eleger a eficiência do Brasil no combate à Covid-19,
mostra, literalmente, a extrema precariedade do combate empreendido pelos
países da América do Sul, que até conseguiram ser mais medíocres do que o
Brasil, que não fez senão o mínimo necessário para a instrumentação do combate
à Covid-19, sem ter adotado qualquer medida especial e revolucionária nesse
sentido.
Isso
é tanto verdade que a alarmante e inadmissível quantidade de mortes só confirma
a extraordinária incompetência na administração da saúde pública no Brasil, a
começar pela acefalia do principal órgão incumbido das políticas da saúde
pública e do combate à pandemia e da confusão na discussão necessária à compra
das vacinas, que teve como reflexo a demora na aquisição dos imunizantes e no
início da aplicação delas.
É
deplorável que a OMS se pronuncie sem profundo conhecimento de causa, porque
isso termina dando a nítida impressão de que o Brasil teria sido modelo de
combate à pandemia, quando quase 700 mil mortes desmentem, de pronto e
cabalmente, a manifestação extremamente contestável desse órgão, que demonstra
desconhecer os fatos relevantes, que são responsáveis pela tragédia e
irresponsabilidade na condução das medidas imprescindíveis ao combate à pandemia
do coronavírus, no Brasil.
Brasília, em 12 de outubro de 2022
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