Um importante
jornalista e político fez análise triunfante sobre o resultado de pesquisa acerca da preferência de votos para a Presidência da República, acreditando na experiência
e na confiabilidade da empresa responsável pela consulta popular, afirmando que
ela é imune a influência de qualquer natureza.
No caso, o
resultado da pesquisa é favorável ao candidato apoiado por ele, que teria, na
consulta, a preferência dos números levantados, foto este que sinalizaria para
a vitória, já no primeiro turno, do candidato dele.
Ocorre
que a pesquisa a que o jornalista se refere e se baseia consultou apenas e tão
somente 1.300 pessoas, o suficiente para a eleição de síndico de condomínio, sem
a remotíssima condição para a projeção de eleição para presidente do país,
mesmo se considerando os recursos próprios da amostragem para fins estatísticos,
que, no caso, se mostra a mais diminuta possível, não importando a melhor e
mais agressiva boa vontade para interpretação tão magnânima.
Não se
encontram nem palavras para expressar o completo descrédito sobre as
insignificantes e fajutas pesquisas dessa ordem, porque elas não têm a mínima
representatividade, em termos estatísticos, diante do universo, pasmem, de mais
de 156 milhões de eleitores habilitados às urnas brasileiras.
Essa
forma de avaliação, com base em pouco mais de mil pessoas, se caracteriza por
precipitada e não passa de mero sensacionalismo de ocasião, com o propósito de
causar alguma forma de falsa expectativa eleitoral acerca de algum candidato, exatamente
por notória falta de elementos suficientes e capazes para a sustentação de
plausibilidade.
Ou seja,
não tem a mínima condição para se projetar possíveis resultados eleitorais com
base em apenas mil e trezentas pessoas, se muito, nas circunstâncias, fato este
que se recomendaria mais cautela por parte dos analistas sobre essas pesquisas
meia-sola, porque os números são indiscutivelmente insuficientes para
conclusões sérias e confiáveis, em especial em se tratando de tema de suma
importância socioeleitoral, que não se sustenta tendo por base tão inexpressiva
quantidade de ouvintes, incapazes para a formação de juízo sobre o resultado
eleitoral brasileiro.
Acredita-se
que seja conveniente e aconselhável se evitar a divulgação de pesquisa sem a
menor valia eleitoral como essa, mesmo que o resultado dela seja favorável a
determinado candidato, não interessa, porque ela não passa de verdadeira
enganação, à vista da sua insignificância, em termos estatísticos para fins políticos.
Brasília, em 1º de setembro de 2022
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