sábado, 1 de outubro de 2022

A fragilidade da pesquisa?

 

Um importante jornalista e político fez análise triunfante sobre o resultado de pesquisa acerca da preferência de votos para a Presidência da República, acreditando na experiência e na confiabilidade da empresa responsável pela consulta popular, afirmando que ela é imune a influência de qualquer natureza.

No caso, o resultado da pesquisa é favorável ao candidato apoiado por ele, que teria, na consulta, a preferência dos números levantados, foto este que sinalizaria para a vitória, já no primeiro turno, do candidato dele.

Ocorre que a pesquisa a que o jornalista se refere e se baseia consultou apenas e tão somente 1.300 pessoas, o suficiente para a eleição de síndico de condomínio, sem a remotíssima condição para a projeção de eleição para presidente do país, mesmo se considerando os recursos próprios da amostragem para fins estatísticos, que, no caso, se mostra a mais diminuta possível, não importando a melhor e mais agressiva boa vontade para interpretação tão magnânima.

Não se encontram nem palavras para expressar o completo descrédito sobre as insignificantes e fajutas pesquisas dessa ordem, porque elas não têm a mínima representatividade, em termos estatísticos, diante do universo, pasmem, de mais de 156 milhões de eleitores habilitados às urnas brasileiras.

Essa forma de avaliação, com base em pouco mais de mil pessoas, se caracteriza por precipitada e não passa de mero sensacionalismo de ocasião, com o propósito de causar alguma forma de falsa expectativa eleitoral acerca de algum candidato, exatamente por notória falta de elementos suficientes e capazes para a sustentação de plausibilidade.

Ou seja, não tem a mínima condição para se projetar possíveis resultados eleitorais com base em apenas mil e trezentas pessoas, se muito, nas circunstâncias, fato este que se recomendaria mais cautela por parte dos analistas sobre essas pesquisas meia-sola, porque os números são indiscutivelmente insuficientes para conclusões sérias e confiáveis, em especial em se tratando de tema de suma importância socioeleitoral, que não se sustenta tendo por base tão inexpressiva quantidade de ouvintes, incapazes para a formação de juízo sobre o resultado eleitoral brasileiro.

Acredita-se que seja conveniente e aconselhável se evitar a divulgação de pesquisa sem a menor valia eleitoral como essa, mesmo que o resultado dela seja favorável  a determinado candidato, não interessa, porque ela não passa de verdadeira enganação, à vista da sua insignificância, em termos estatísticos para fins políticos.       

          Brasília, em 1º de setembro de 2022

Nenhum comentário:

Postar um comentário