Em crônica que expus casos de corrupção que
envolve o candidato da esquerda, um internauta escreveu
o seguinte texto, entendendo que o político teria sido inocentado pelo Supremo
Tribunal Federal, in verbis: "Casos estes, que até onde eu sei,
o mesmo foi absolvido pelo supremo e consequentemente não deve nada a justiça,
sentença esta reconhecida pela ONU e o próprio papa.".
Em
resposta, eu disse que isso não tem nada de verdade, porquanto o que houve mesmo
foi a anulação das sentenças condenatórias à prisão e outras determinações judiciais.
Aliás,
o próprio candidato vem dizendo exatamente isso, para se beneficiar de mais uma
mentira, que tem sido a marca registrada dele.
Todas
as pessoas, que acham que o candidato da esquerda foi absolvido pelo Supremo,
convêm se inteirar melhor sobre a verdadeira situação dele perante a Justiça.
Dessa
forma, não custa nada a explicação, de forma didática, sobre o que realmente
aconteceu nos casos dele, porque se trata de importante serviço à opinião
pública, mostrando a verdade que existe, de fato, para quem quiser deixar de ser
enganado por meio de mentiras, uma vez que isso é horrível para quem se
interessar pela verdade sobre os fatos.
Pois
bem, o que aconteceu, na verdade, foi que o Supremo entendeu que o juízo da
vara da jurisdição de Curitiba, mais precisamente a Operação Lava-Jato, não
tinha competência jurisdicional para julgá-lo, o que vale dizer que os
processos julgados naquela instância judicial deveriam ser julgados pela
Justiça de Brasília.
Diante
disso, o Supremo decidiu anular, repito, anular e não absolver, repito, não
absolver, as sentenças referentes às condenações à prisão do político, em
especial, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e
determinou que os respectivos processos fossem encaminhados para Justiça de
Brasília, para novo julgamento, que poderá nunca acontecer, diante das prescrições
penais que já ocorrendo, sem que isso diga respeito aos atos de apropriações indébitas
envolvendo o recebimento de propinas pelo político, que continuam intocáveis
nos autos das denúncias.
Ou
seja, tudo deveria começar da origem, na forma das investigações e dos julgamentos,
tal qual já aconteceram no juízo de Curitiba, perdendo a validade as sentenças até
então proferidas naquele juízo, sem nenhum prejuízo quanto ao conteúdo das
denúncias constantes dos autos, porque nelas são mostradas as práticas
delituosas adotadas pelo político.
Nessas
condições, fica claro que os atos irregulares praticados pelo agora candidato da
esquerda permaneceram intactos, integrais, porquanto não houve exame de mérito
sobre as ações penais propriamente ditas.
Isso
vale dizer que os atos referentes aos recebimentos de propinas pelo político
continuam normalmente, com plena validade, nos respectivos processos,
evidenciando, com isso, que ele ainda deve e precisa prestar contas à Justiça e
à sociedade pela prática de atos sob fortes suspeitas de improbidade
administrativa.
Por
via de consequência, o político continua devendo explicações e justificativas
não somente à Justiça, mas, em especial, à sociedade, por seus atos pertinentes
ao desvio de conduta moral e administrativa, que são incompatíveis com os
comezinhos princípios da ética, da moralidade, da honestidade e da dignidade,
na administração pública.
Convém que se transcreva
a síntese da nota distribuída, na ocasião da medida em discussão, pelo gabinete
do ministro do Supremo, nestes termos: "Foram declaradas nulas todas as
decisões proferidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba e determinada a remessa
dos respectivos autos para à Seção Judiciária do Distrito Federal", o
que fale se afirmar que as sentenças foram anuladas, que em nada diz com a absolvição
do político, porque são fatos distintos e bem significativos.
A
propósito, quem ainda tiver qualquer dúvida sobre essa matéria, é só pesquisar
no Google, que vai ficar conhecendo a verdade sobre a decisão pertinente.
Por
seu turno, é preciso ser frisado, também, que a ONU, por seu órgão de direitos
humanos, nem o papa têm qualquer competência para reconhecer nem adotar nada
sobre o que a Justiça brasileira decide, ou seja, o pronunciamento desses órgão
e autoridade não tem a menor validade aqui no Brasil, para fins jurídicos, ante
a autonomia e a independência que existem entre as nações, asseguradas pelo
Direito Internacional.
É
pena que o candidato não tenha interesse em informar a verdade aos brasileiros,
preferindo mentir de forma descarada, para se beneficiar em termos políticos,
na certeza de que os incautos seguidores acreditam piamente em quem é mentiroso
inato, porque isso convém aos propósitos políticos dele.
Finalizando,
digo, por oportuno, que já escrevi mais de 5.400 crônicas e em nenhuma delas há
defesa do governo, porque também reconheço as deficiências administrativas dele,
mas é do meu dever, como verdadeiro brasileiro, esclarecer aos desinformados
que o governo da esquerda, caso o povo queira isso, poderá ser a pior desgraça impingida
ao Brasil e aos brasileiros, porque ele virá com a maior sede no pote para
fazer vinganças, em especial, envolvendo a imprensa, os meios de comunicação e
pessoas, porque ele já prometeu regulamentação nessa área, o que poderá haver alguma
forma de censura, inclusive também abrangendo as pessoas.
Outro
dia, o político ameaçou o governador de Minas Gerais, dizendo que ele, por
enquanto, está livre, o que, para o bom entendedor, o político pretende, se
eleito, prender quem tenha se oposto a ele e tudo isso é muito preocupante.
Por
fim, devo esclarecer que voto no presidente, não por ser bolsonarista nem coisa
alguma, mas sim porque, com todas as ruindades dele, o Brasil não merece ser
presidido por político ainda bastante pior do que ele, porque o presidente não
responde a processos penais em tramitação na Justiça e diz que defende a
família e as liberdades individuais e democráticas, que são princípios sagrados
e universais não garantidos pelo adversário dele, que tem como índole pessoal a
fonte da mentira e da insegurança jurídica.
É
preciso sim se avaliar os riscos que os brasileiros estão prestes a correr, com
possível governo da esquerda, porque, o momento político acena exatamente no
sentido de que, se ficar, o bicho come e se correr, o bicho pega, tendo em
vista que os candidatos que restam não merecem a menor credibilidade, uma vez
que ambos têm realmente gravíssimos defeitos.
Sob
a minha modéstia ótica de avaliação, o candidato da direita é bem menos
prejudicial aos interesses do Brasil e dos brasileiros, pelo menos não há
notícia sobre alarmantes desvios de conduta moral e administrativa, nos termos,
em especial, da gigantesca dimensão dos criminosos esquemas do mensalão e do
petrolão, de triste memória para a população honrada e digna, cuja reincidência
desses fatos cancerosos não tem como se evitar, porque há o ditado que diz que,
quem faz um sexto, pode muito bem fazer um cento, principalmente quanto ao fato
de que, praticamente, houve a predominância da impunidade nos referidos
escândalos, que é o pior cancro na administração pública brasileira.
Apelam-se
por que os brasileiros que amam o Brasil se conscientizem de que a volta da
esquerda brasileira ao poder certamente poderá ser a mais perversa e maldosa decisão
das próprias potenciais vítimas, diante das nebulosos incertezas quanto ao
futuro do país e do seu povo.
Brasília,
em 16 de outubro de 2022
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