segunda-feira, 17 de outubro de 2022

A negação de princípios?

 

Mensagem atribuída ao jurista Ives Gandra Martins, postada nas redes sociais, afirma que, verbis: “Votar em Lula não significa ser de esquerda, de direita, de baixo, de trás ou de cima. Significa uma tolerância moralmente insustentável com o crime e o criminoso.”.

O homem público que respeita não só o valor do voto, mas em especial a honra e a dignidade do eleitor, somente poderia se candidatar quando tiver a sua ficha limpa, como tal passada pela Justiça, porque, do contrário disso, fica muito insustentável para o povo que apoia e vota em candidato suspeito da prática de improbidade administrativa, que é motivo notoriamente incompatível com o regular exercício de cargo público eletivo.

Cabe notar, aliás, que esse brutal deslize de conduta apoiado pelo sistema eleitoral, que acontece nesta campanha no Brasil é inadmissível até mesmo nas piores republiquetas, ante a predominância da importância e da grandeza que se atribuem à nação, na forma da obrigatoriedade do respeito aos princípios da moralidade, da legalidade e da transparência dos atos administrativos, uma vez que eles foram aprovados ou instituídos precisamente para serem fielmente observados, na tentativa do aperfeiçoamento e da consolidação da decência da gestão pública.

A aceitação de candidato que não preenche os requisitos exigidos legalmente, quanto à confirmação da conduta ilibada e da idoneidade, na vida pública, somente se confirma, por parte da sociedade, desprezo à pátria amada, por meio da implícita declaração da inutilidade dos referidos princípios republicanos.

Apelam-se por que os brasileiros, que amam o Brasil e reconhecem o império da decência na administração pública, que revejam o seu voto, não apoiando candidato que demonstrem apatia aos valores e à grandeza do Brasil e do seu povo.

Brasília, em 17 de outubro de 2022

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