sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Não à idolatria!

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, uma atriz global discurso, fazendo projeção para o Brasil daqui a 30 anos, para contar o que aconteceu nestas eleições, em especial para dizer que a votação foi para salvar o país da catástrofe do “bolsonalismo”, decidindo sobre a ditadura e a democracia, em que o candidato da esquerda conseguiu reunir em torno dele o melhor quadro do país, para permitir todas as crenças e as liberdades.

A verdade é que ninguém sabe exatamente o que se passa na cabeça de alguns brasileiros, à vista da existência de algo estranho e inacreditável, quando muitas pessoas se juntam em torno de político envernizado com a desonra da corrupção no governo dele, quando foram implantados dois poderosos esquemas criminosos de corrupção, consistentes nos escândalos do mensalão e do petrolão, que são verdadeiras desgraças que macularam a dignidade da administração pública.

Por conta das investigações levadas a efeito no petrolão, resultou a condenação do político considerado, na atualidade, o líder da democracia brasileira, mesmo ele tendo sido enxovalhado com a lama pútrida da corrupção, eis que as sentenças condenatórias à prisão dele foram fruto da constatação do recebimento de propinas, por ele, que não conseguiu provar a sua inocência nos autos das respectivas sentenças.

Como fazer sentido em se falar em democracia que é capaz de avançar, sem o menor escrúpulo, no dinheiro dos contribuintes, conforme ficou comprovado por sentenças judiciais condenatórias à prisão?

Não obstante, acusa-se o adversário dele de ditador, vale dizer, de antidemocrático, sem que exista um único ato praticado por ele contra os princípios democráticos, salvo os arroubos dele contra alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, que têm sido resultado de disputas sobre questiúnculas, que até agora nada tenha vindo do Palácio do Planalto em afronta à democracia, salvo a imputação de levianas possibilidades que isso possa vir a acontecer.

Essas afirmações infundadas são o mesmo que, mutatis mutandis, se afirmar que o governo da esquerda poderá implantar o regime comunismo no Brasil, liberar o uso das drogas, fechar os templos e igrejas religiosas, mandar soltar os presos, legalizar a prática do aborto, perseguir os religiosos e os cristãos, incentivar as invasões de propriedades privadas produtivas e outras barbaridades do gênero, apenas porque o regime socialista do qual ele professa e defende, na forma estatutária do seu partido.

Tudo isso, sim, pode acontecer, como também nada disso se viabilize, uma vez que todas essas ideias estão na cabeça oca das pessoas, que ficam conjecturando em consonância com a sua imaginação criativa.

Agora, causa perplexidade a exaltação de político para salvar o Brasil do alardeado perigo absolutamente inexistente e fantasioso, que só teria um único objetivo, que é tirar do foco a falta de qualidades do candidato da esquerda para o exercício do principal cargo da República, quando seria a primeira vez, na história da humanidade que ex-condenado, por prática do crime de improbidade administrativa, seja favorecido com a anulação das penas, por força exclusivamente de interpretação jurídica, sem fundamento, e não em razão do exame do mérito sobre as ações penais propriamente ditas.

A verdade é que, com isso, ele ganhou o direito de participar do processo eleitoral, sem precisar preencher, que seria necessário, os requisitos da conduta ilibada e da idoneidade, na vida pública, exatamente porque ele, como ficha suja, não consegue satisfazer à exigência dos quesitos de imaculabilidade.

No discurso em tela, é exaltada a composição de homens, em reunião em torno do político da esquerda, considerados a nata dos políticos, homens públicos, banqueiros, empresários, enfim, intelectuais em geral, em demonstração de força política, o que até possa ser verdade, mas não foi mencionado, que deveria, que todos esses atuais nobres correligionários, sem exceção, algum dia, já o chamou de desonesto e aproveitador do dinheiro público, em razão do envolvimento dele nos deploráveis esquemas criminosos ocorridos no seu governo.

Sem dúvida alguma, isso só demonstra a falta de caráter e de escrúpulo desses importantes brasileiros, que não se envergonham de se associar a pessoa em plena decadência moral, por ser ex-condenado, assim reconhecido por eles, eis que os fatos pelos quais eles se basearam para as suas afirmações sobre o reconhecimento da desonestidade e da indignidade continuam vivos, ativos e intocáveis.

Não obstante, a dignidade e a honra de todos esses brasileiros e de quem mais defendem político sem qualidade moral foram todas para o espaço sideral, porque é impossível, de sã consciência, que esses brasileiros não se toquem e não compreendam que se associarem a quem pratica atos de corrupção, ainda mais contra o Brasil, não seja considerado como cúmplice.

A verdade é que as ações penais contra o político ainda pendem de julgamento e existe sim o envolvimento dele nos casos denunciados, que precisam da prestação de contas, por parte dele, à Justiça e à sociedade.

Enfim, fazer discurso é muito fácil e bonito, principalmente quando se pretende encaixar no seu conteúdo somente as palavras da conveniência e que agradam aos idólatras, que somente querem enxergar os defeitos do adversário, mas tendo o cuidado de se sentarem nos próprios pecados.

O discurso tenta mostrar que a solução para as crises moral, econômica, social, entre outras, geradas no passado, fatores de grandes tragédias, seria possível pelo mesmo político que as causou, como se ele tivesse a lâmpada mágica capaz de fazer milagres?

O péssimo exemplo da corrupção, que foi prática corrente no governo do candidato da esquerda, precisa servir exatamente como antítese da continuidade da administração pública, sob pena de se premiar os corruptos aproveitadores do dinheiro público, que se sentem valorizados por seus atos afrontosos aos princípios republicano e democrático.

Compete ao povo honrado e digno zelar pela moralidade na administração pública, não permitindo a idolatria de corruptos, como se eles tivessem praticado atos honrosos e benéficos ao interesse da sociedade.

À vista do exposto, apelam-se porque os verdadeiros brasileiros se conscientizem sobre a preciosidade do seu voto, não permitindo que a esquerda aproveitadora e mentirosa volte ao poder, sob a possibilidade de o Brasil mergulhar, em definitivo, na pior crise política, econômica e social da sua história.

Brasília, em 28 de outubro de 2022

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