domingo, 23 de outubro de 2022

Péssima lição?

 

Diante de crônica que analisei fatos que teriam sido protagonizados pelo candidato da esquerda ao Palácio do Planalto, uma internauta houve por bem escrever a seguinte mensagem, a par de figuras enaltecendo o 13: “Já que o senhor veio quer dar aula de História para uma historiadora no meu perfil, posso vir aqui no seu perfil falar do genocida dizer que ‘pintou um clima’, um clima de pedofilia, um clima de xadrez para o seu ‘deus’ (sic)".

Em resposta, eu disse à prezada historiadora que sou incapaz para dar aula de história, porque apenas postei e descrevi alguns fatos deprimentes protagonizados por político que quer voltar ao poder, sem ter conseguido provar a inocência dele sobre fatos investigados pela polícia e julgados pela Justiça, em que pese ter muita gente que não consegue se conscientizar de que os atos indignos praticados no governo dele desmerecem a dignidade e a honradez, na vida pública.

Essas pessoas preferem, ao contrário, acusar os erros do outro candidato, que não o defendo de forma alguma, posto que reconheço que ele também pratica atos suspeitos ou de errados, porque acho que os deslizes de ninguém servem de justificativa para as falhas de outrem, como nesse sentido parece ter sido o propósito dessa historiadora, como se querendo dizer que a roubalheira de cofres públicos podem ser abonadas por erros de quem também teve desvio de conduta na vida pública, ao citar erro do atual mandatário.

É preciso que as pessoas sejam justas, para o fim de se conscientizar de que cada fato precisa ser analisado de per si, de modo que se possa avaliá-lo segundo o tamanho da sua gravidade, em termos de prejuízo, se for o caso, para o interesse público, sem necessidade de se pôr panos quentes para tentar em vão acobertar desvios de conduta, em especial, na vida pública, que precisa ser a mais transparente possível.

É evidente o seu entusiasmo, prezada historiadora, pelo candidato que é símbolo de governo dominado pela corrupção, a exemplo dos esquemas criminosos representados pelos escândalos do mensalão e do petrolão, sem que ele tenha conseguido contestá-los na Justiça nem provar a inocência dele, perante os processos penais e a sociedade, e isso só demonstra as suas passividade e complacência com a esculhambação na administração pública, de tal modo que fica muito claro, para a senhora, à vista da sua lúcida manifestação, de que a desonestidade na gestão pública é normal, tendo o seu apoio ao principal alvo das citadas investigações.

Essa situação fica ainda mais feia em se tratando de respeitável historiadora, como ressaltado na mensagem vestibular deste texto, que tem obrigação não só de conhecer perfeitamente a história do Brasil, inclusive os desvios de conduta dos governantes, e contestá-los, no alto da sua autoridade professoral.

Deixo muito claro que reprovo todas as condutas erráticas do atual presidente do país, por entender que ele não se encaixa no perfil de estadista que merece o Brasil, mas digo que o prefiro no governo do que a volta da esquerda ao poder, diante de todos os malefícios e as desgraças já protagonizados contra os interesses da nação e dos brasileiros, com destaque para os desvios de dinheiros de cofres públicos, à vista, repita-se, das investigações havidas, que muitas pessoas insensatas preferem fechar os olhos para atos da maior indignidade, na vida pública, de vez que se trata de desvio de recursos de programas sociais ou de outras atividades públicas para finalidades espúrias, muitas delas para a manutenção no poder.

Diante dessa situação horripilante de consentimento com atos irregulares, o homem se envergonha de ser honesto, por saber exatamente que pessoas conhecedoras da história do país acham normal que a desmoralização campeie normalmente com o seu apoio, quando a grandeza dos seus conhecimentos deveria se posicionar, não somente em amor à pátria, mas especialmente às próprias dignidade e honradez, contrariamente aos instintos devassos da integridade patrimonial dos brasileiros.

Trata-se de péssimo exemplo vindo de pessoa que tem a obrigação de dar bons exemplos à sociedade, quanto à higidez dos princípios da moralidade, da dignidade e da honestidade, fato este que somente mostra a enorme dificuldade de se passar o Brasil a limpo, quando as principais mentes da intelectualidade não se envergonham de aplaudir quem realmente foi incapaz de mostrar a regularidade de atos praticados no seu governo.

Enfim, a presente lição de história jamais deveria ter sido dada aos brasileiros, que precisam tanto de bons exemplos e de ensinamentos de princípios e condutas de ética e civilidade, para que as pessoas possam votar corretamente, em especial, em político que atenda, ao menos, aos essenciais requisitos de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública.

À toda evidência, isso é algo impossível para o candidato da esquerda, diante dos processos penais em tramitação na Justiça, aguardando julgamento, o envolvendo como acusado de suspeita da prática de atos irregulares, fato este que, à luz dos princípios da seriedade e da civilidade, o incompatibiliza, a rigor, com a prática de atividades políticas.

Apelam-se aos brasileiros que amam o Brasil que avaliem o real valor do seu voto, somente votando em candidato que possa, sobretudo, dignificar a grandeza nacional e do povo, de modo a se evitar que a esquerda volte ao poder, à vista da sua já demonstrada falta de pudor na aplicação dos recursos públicos, notadamente diante da falta da comprovação da regularidade quanto aos atos suspeitos de irregularidades de que tratam os casos ainda pendentes de julgamento pela Justiça.

Brasília, em 23 de outubro de 2022

Nenhum comentário:

Postar um comentário