Diante de crônica que
analisei fatos que teriam sido protagonizados pelo candidato da esquerda ao Palácio
do Planalto, uma internauta houve por bem escrever a seguinte mensagem, a par
de figuras enaltecendo o 13: “Já que o senhor veio quer dar aula de História
para uma historiadora no meu perfil, posso vir aqui no seu perfil falar do
genocida dizer que ‘pintou um clima’, um clima de pedofilia, um clima de xadrez
para o seu ‘deus’ (sic)".
Em resposta, eu disse
à prezada historiadora que sou incapaz para dar aula de
história, porque apenas postei e descrevi alguns fatos deprimentes
protagonizados por político que quer voltar ao poder, sem ter conseguido provar
a inocência dele sobre fatos investigados pela polícia e julgados pela Justiça,
em que pese ter muita gente que não consegue se conscientizar de que os atos
indignos praticados no governo dele desmerecem a dignidade e a honradez, na
vida pública.
Essas
pessoas preferem, ao contrário, acusar os erros do outro candidato, que não o
defendo de forma alguma, posto que reconheço que ele também pratica atos suspeitos
ou de errados, porque acho que os deslizes de ninguém servem de justificativa
para as falhas de outrem, como nesse sentido parece ter sido o propósito dessa
historiadora, como se querendo dizer que a roubalheira de cofres públicos podem
ser abonadas por erros de quem também teve desvio de conduta na vida pública,
ao citar erro do atual mandatário.
É
preciso que as pessoas sejam justas, para o fim de se conscientizar de que cada
fato precisa ser analisado de per si, de modo que se possa avaliá-lo segundo o
tamanho da sua gravidade, em termos de prejuízo, se for o caso, para o
interesse público, sem necessidade de se pôr panos quentes para tentar em vão acobertar
desvios de conduta, em especial, na vida pública, que precisa ser a mais
transparente possível.
É
evidente o seu entusiasmo, prezada historiadora, pelo candidato que é símbolo
de governo dominado pela corrupção, a exemplo dos esquemas criminosos
representados pelos escândalos do mensalão e do petrolão, sem que ele tenha
conseguido contestá-los na Justiça nem provar a inocência dele, perante os
processos penais e a sociedade, e isso só demonstra as suas passividade e
complacência com a esculhambação na administração pública, de tal modo que fica
muito claro, para a senhora, à vista da sua lúcida manifestação, de que a
desonestidade na gestão pública é normal, tendo o seu apoio ao principal alvo
das citadas investigações.
Essa
situação fica ainda mais feia em se tratando de respeitável historiadora, como
ressaltado na mensagem vestibular deste texto, que tem obrigação não só de
conhecer perfeitamente a história do Brasil, inclusive os desvios de conduta
dos governantes, e contestá-los, no alto da sua autoridade professoral.
Deixo
muito claro que reprovo todas as condutas erráticas do atual presidente do
país, por entender que ele não se encaixa no perfil de estadista que merece o
Brasil, mas digo que o prefiro no governo do que a volta da esquerda ao poder,
diante de todos os malefícios e as desgraças já protagonizados contra os
interesses da nação e dos brasileiros, com destaque para os desvios de
dinheiros de cofres públicos, à vista, repita-se, das investigações havidas, que
muitas pessoas insensatas preferem fechar os olhos para atos da maior
indignidade, na vida pública, de vez que se trata de desvio de recursos de
programas sociais ou de outras atividades públicas para finalidades espúrias, muitas
delas para a manutenção no poder.
Diante
dessa situação horripilante de consentimento com atos irregulares, o homem se
envergonha de ser honesto, por saber exatamente que pessoas conhecedoras da
história do país acham normal que a desmoralização campeie normalmente com o
seu apoio, quando a grandeza dos seus conhecimentos deveria se posicionar, não
somente em amor à pátria, mas especialmente às próprias dignidade e honradez,
contrariamente aos instintos devassos da integridade patrimonial dos
brasileiros.
Trata-se
de péssimo exemplo vindo de pessoa que tem a obrigação de dar bons exemplos à
sociedade, quanto à higidez dos princípios da moralidade, da dignidade e da
honestidade, fato este que somente mostra a enorme dificuldade de se passar o
Brasil a limpo, quando as principais mentes da intelectualidade não se
envergonham de aplaudir quem realmente foi incapaz de mostrar a regularidade de
atos praticados no seu governo.
Enfim,
a presente lição de história jamais deveria ter sido dada aos brasileiros, que
precisam tanto de bons exemplos e de ensinamentos de princípios e condutas de
ética e civilidade, para que as pessoas possam votar corretamente, em especial,
em político que atenda, ao menos, aos essenciais requisitos de conduta ilibada
e idoneidade, na vida pública.
À
toda evidência, isso é algo impossível para o candidato da esquerda, diante dos
processos penais em tramitação na Justiça, aguardando julgamento, o envolvendo
como acusado de suspeita da prática de atos irregulares, fato este que, à luz
dos princípios da seriedade e da civilidade, o incompatibiliza, a rigor, com a
prática de atividades políticas.
Apelam-se
aos brasileiros que amam o Brasil que avaliem o real valor do seu voto, somente
votando em candidato que possa, sobretudo, dignificar a grandeza nacional e do
povo, de modo a se evitar que a esquerda volte ao poder, à vista da sua já
demonstrada falta de pudor na aplicação dos recursos públicos, notadamente
diante da falta da comprovação da regularidade quanto aos atos suspeitos de
irregularidades de que tratam os casos ainda pendentes de julgamento pela
Justiça.
Brasília,
em 23 de outubro de 2022
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