O principal candidato da oposição à Presidência da República termina o
primeiro turno das eleições presidenciais à frente do candidato à reeleição e dos
demais concorrentes ao mesmo cargo.
O resultado do pleito confirmou o favoritismo dele, que vinha sendo
apregoado pelas pesquisas como o líder dos eleitores, embora o resultado tenha
sido pouco distante dos prognósticos que vinham sendo apontados nas
preferências de voto.
Depois do fechamento das urnas, o resultado delas mostrou que o
oposicionista ficou na dianteira dos candidatos, com 48,2% dos votos válidos,
vindo em seguida o presidente do país, com 43,6%.
O segundo turno, entre os dois candidatos de melhor colocação nas urnas,
acontecerá no dia 30 do fluente mês, permitindo, com isso, que as coordenações
das campanhas possam promover as peças necessárias à propaganda obrigatória na
televisão e no rádio.
Nas redes sociais, logo foi notada tremenda euforia, em especial do povo
nordestino, em regozijo à vitória declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral do
seu candidato, em que apoiadores dele dispararam mensagem dizendo que a região
resplandecia para o amor, que vencia o ódio, certamente em alusão do candidato
que ficou em segundo lugar nas urnas.
Com certeza, o amor sempre vencerá o
ódio, quando se está em disputa causas justas, honestas e verdadeiras, em que
se possa aquilatar questão de princípios e moralidade, que resulte em benefício
do engrandecimento de um povo e da própria nação.
Parece compreensível e normal se
contrapor legitimamente ao mesmo direito que têm as pessoas de se vangloriarem
em forma de apoio e aplausos ao político que foi incapaz de provar a sua
inocência perante a Justiça e a sociedade, quanto mais especificamente aos
horrorosos casos em que ele foi envolvido e condenado à prisão, pela
constatação da prática de crimes contra a administração pública, consistentes
na caracterização de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que são formas
espúrias de enriquecimento ilícito, condenáveis pela sociedade honrada e digna.
Essa deplorável situação foi confirmada
por sentença judicial proferida pelo juizado da Operação Lava-Jato e chancelada
por três desembargadores e cinco ministros, todos por meio de veredictos por
unanimidade, em comprovação e atestação da autenticidade dos fatos irregulares constantes
das denúncias penais, que não foram demovidas em nada pelo principal acusado da
sua autoria, embora as referidas condenações tenham sido anuladas, por questão
de interpretação judicial sobre a competência do local do julgamento.
No caso, o mérito das ações penais
propriamente ditas não foi examinado, fato este que as manteve integrais e
irretocáveis nos autos, o que vale se afirmar que o objeto da acusação, os
fatos materiais objeto da imputação dos crimes, permaneceram e continuam
atualmente nos processos originais, posto que não houve contraprova suficiente
para demovê-los e isso é mais do que suficiente para que o envolvido não tenha condições
ético-morais para se habilitar à prática de atividades políticas, como o faz
errônea e indevidamente o político que vem a ser idolatrado por pessoas que
ufanam com o resultado das urnas que o elegem como vencedor do primeiro turno
das eleições, como se ele fosse verdadeiro herói nacional.
O referido político, por seus nefastos
predicativos, não passa, à luz dos fatos criminais e penais, de pessoa que tem
implicação com a Justiça, à vista de processos recheados de denúncias sobre atos
de irregularidades na administração pública, cuja
situação é totalmente incompatível com o exercício de cargo público eletivo,
pelo menos em país cujo povo seja minimamente consciente sobre os reais valor e
importância dos princípios da ética, da moralidade e da dignidade na gestão de recursos
públicos.
Convém que os brasileiros se conscientizem
sobre a necessidade do acompanhamento da evolução humana, inclusive com relação
também quanto ao aperfeiçoamento ao respeito ao acompanhamento do fundamental
comportamento das salutares regras morais, que dizem muito diretamente com os
sentimentos de civilidade e de patriotismo de um povo.
No atual momento brasileiro, tem-se a viva
compreensão de que muitas pessoas perderam completamente o respeito à próprio
dignidade, ao se abdicarem do direito da defesa do justiçamento da verdade e da
grandeza ético-moral, quando ignoram que político já condenado à prisão, por
prática de atos criminosos, não importando a anulação da sentença judicial,
posto que a marca dos crimes está presente nos autos pertinentes, e isso é bastante
relevante para a avaliação sobre o seu desempenho na vida pública, que não
resiste aos testes de conduta ilibada e idoneidade, à vista da pendência de
julgamento de várias ações penais.
Apelam-se para que os verdadeiros
brasileiros se conscientizem sobre a imperiosa necessidade do engrandecimento dos
valores nacionais, não permitindo que o Brasil seja presidido por quem precisa,
com urgência, prestar contas e esclarecimentos à Justiça e à sociedade,
conquanto, do contrário, a desmoralização recai exclusivamente para as pessoas
que apoiam político que não reúne condições morais para o exercício de
relevante cargo público, enquanto não limpar seu nome junto à Justiça e à
sociedade.
Enfim, certamente que, em todo tempo e
lugar, o amor sempre há de prevalecer sobre o ódio, quando estão em jogo somente
sentimentos nobres, em que as pessoas honradas e dignas precisam, em atenção ao
princípio da dignidade humana, se manifestar em defesa da valorização do Brasil
e do seu povo, que não se trata do caso do apoio, até com entusiasmo, de homem
público que, por seus atos, não dignificam a prática política e muito menos os
seus apoiadores, que precisam se conscientizar sobre o que realmente representa
a incursão nos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Com a franqueza de nordestino que ama as
suas origens, é com muita tristeza no coração que escrevo o presente texto,
porque ele mostra um pouco do desânimo diante de manifestações que desmerecem a
grandeza de povo bravo e forte, que poderia aproveitar o momento político para
o seu cultor aos princípios da honestidade, da moralidade e da dignidade na
administração pública, em evidente e fervoroso amor ao Brasil e ao próprio
orgulho de “nordestez” de ser.
Brasília,
em 3 de outubro de 2022
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