segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Os fatos em verdades

 

Em vídeo que circula na internet, alguns ministros do Supremo Tribunal Federal narram situações referentes aos fatos irregulares investigados por força das denúncias envolvendo os escândalos do mensalão e do petrolão, reconhecidamente prejudiciais aos interesses do Brasil e dos brasileiros, que envolvem como principal pivô o candidato da esquerda ao Palácio do Planalto.

Os aludidos fatos são descritos por eles com a maior abrangência e a melhor didática possíveis, de modo que são mostrados muitos dos casos irregulares que são absolutamente incompatíveis com as práticas da vida pública, à luz dos princípios republicanos e democráticos.

É preciso ficar claro que os depoimentos desses ministros têm por base os processos examinados por tribunais e são fatos confirmados sobre desvio de recursos públicos de quantias vultosas, conforme o tamanho do estarrecimento apresentado por cada um deles, que se mostram abismados com a monstruosidade dos fatos perpetrados contra os cofres públicos, que atingem bilhões de reais desviados.

A verdade é que nada do que foi mencionado pelos ministros houve mudança de coisa alguma, o que vale dizer que todas as irregularidades se mantêm intactas desde a origem, tal e qual como constam dos processos em que os fatos foram denunciados à Justiça e investigados pela Polícia Federal, em que todos os envolvidos permanecem suspeitos das práticas lesivas ao erário.

Não obstante, o que mudou mesmo, e isso é mais do que patente, foi a mentalidade de alguns ministros que agora estão do mesmo lado do principal pivô das suspeitas da prática de irregularidades e também, principalmente, do povo que o apoia e vota nele, como se nada de desonesto e irregular tivesse acontecido contra os cofres públicos.

É inacreditável como parte da memória de uma nação se torne demente e anestesiada com o vírus da decadência moral, por não haver o menor pudor em se apoiar político que pratica horrorosos atos na vida pública, na forma de desvios de recursos públicos, conforme os resultados claros e objetivos das investigações e confissões de ministros da Excelsa Corte de Justiça.

Independentemente disso e mesmo assim, o político em plena decadência moral, por ter sido condenado à prisão, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ainda tem, pasmem, o apoio de brasileiros para voltar ao poder, em que pesem todos os fatos irregulares e todas as másculas havidas contra ele.

Em país com o mínimo de seriedade, que se valorizam os princípios da moralidade e da dignidade, na gestão pública, essas monstruosidades seriam refutadas pelo povo, com naturalidade, que jamais aceitaria tamanha deformidade como sendo algo normal, como vem sendo entendido dessa forma, à vista do apoio a ele.

Essa forma de deterioração mental pode afetar diretamente a dignidade do Brasil, porque o país não merece ser presidido, caso o mencionado político se eleja, mesmo com a vontade democrática, por quem não teve capacidade para provar a sua inocência quanto aos fatos investigados sobre os esquemas criminosos do mensalão e do petrolão, uma vez que isso seria da obrigação dele como homem público à frente do governo, que ficou marcado pelos aludidos escândalos.

O certo é que os fatos irregulares ainda pendem de julgamento, o que, em tese, jamais político nesses condições poderia praticar atividades políticas sem antes prestar contas e justificar todos os casos relacionados com as denúncias feitas à Justiça.

Assim, apelam-se por que os brasileiros se despertem dessa catalepsia moral, para o fim de se conscientizar sobre o que realmente possa ser melhor para Brasil, em termos de moralidade e dignidade, uma vez que não faz o menor sentido que o país possa ser presidido por quem responde a vários processos penais na Justiça.

Brasília, em 23 de outubro de 2022

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