Em
mensagem que circula na internet, foi escrito texto segundo o qual, verbis:
“FHC (Fernando Henrique Cardoso) desmontou o Estado, privatizou tudo
e entregou o Brasil ao Lula quebrado, sem reservas internacionais e devendo ao FMI. Lula não privatizou nada, recuperou
a economia, pagou o FMI e devolveu o Brasil com reservas de 257 bilhões de
dólares em reservas.”.
A
verdade é preciso que seja dita, doa a quem doer, no que se refere ao governo
que se iniciou em 2003, em especial no que se refere à dívida com o FMI, que
vem sendo disseminada de maneira mentirosa, com a finalidade político-eleitoreira.
De acordo com o então Departamento de Coordenação e Controle das
Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, no final de 2010, a União detinha
participação direta ou indireta em 120 empresas estatais, englobando as
empresas públicas, as sociedades de economia mista, suas subsidiárias e
controladas, além das demais empresas controladas pelo Estado.
Isso
revela que o governo começou com 39 estatais e, no final, já existiam 120
estatais, mostrando a forma improdutiva e ineficiente da máquina pública,
porque tira da iniciativa privada a possibilidade de investimentos em atividades
produtivas, conquanto isso objetiva o aparelhamento do Estado, nem sempre
necessário ao desempenho das suas funções básica, mas sim para o atendimento
das conveniências paroquianas e políticas, com vistas ao empreguismo, em claro desperdício
de recursos públicos.
No que tange às privatizações no governo tucano, muitas delas
foram extremamente necessárias, em especial no setor de telecomunicações, uma vez
que elas contribuíram para extraordinário avanço para a modernidade da
telefonia brasileira, beneficiando de forma significativa a vida dos brasileiros,
com a modernização da telefonia móvel, em especial no que se refere ao sistema de
telefonia celular, com o imediato crescimento da ordem 703%, quando, pasmem, o
número de aparelhos ultrapassou o número de habitantes do país.
Ou seja, as críticas às privatizações somente interessam para quem
prefere desconhecer, por ideologia política, a realidade sobre os seus
benefícios para a população, que parece ser o caso em comento.
Quanto
à dívida com o FMI, realmente ela foi paga, cujos juros custavam para o Brasil apenas
4% a.a., mas o governo, como não tinha dinheiro, pegou recursos emprestados no
mercado interno, com juros elevadíssimos, que logo atingiram o patamar
insuportável de mais de 14% a.a.
Ou
seja, houve a troca da dívida externa pela interna, com o pagamento de juros
nas alturas, em evidente desperdício de dinheiro patrocinado pelo governo
irresponsável de então, embora isso tivesse sido importantíssimo para ele, que
ficou livre e sem as amarras do controle externo do FMI.
Aquele
órgão internacional, como era natural, estabelecia metas não admitidas pelo
então presidente, que pagaria muito mais juros pela atrevida, custosa e
irresponsável alforria, recebendo, em troca, a liberdade para gastar a rodos no
seu governo, tendo a oportunidade para pegar empréstimos internos sem limites e
sem nenhum controle externo.
Nesse
caso, somente restou incômodo para os já sacrificados contribuintes, que passaram
a pagar juros mais e escorchantes juros, equivalentes a três vezes mais no
mercado interno, contribuindo assim para o empobrecimento do Estado e o feliz enriquecimento
dos “pobrezinhos dos banqueiros brasileiros”.
Nesse
caso, além de ter a cara de pau de puder afirmar que quitou a dívida com o FMI,
o político faltou com a verdade, por ter omitido importante informação aos
brasileiros sobre o modus operandi do pagamento em causa, que consistiu
na triplicação dos juros pagos pela dívida original, que logo foi se
multiplicando, com os acréscimos dos empréstimos para o pagamento dos juros.
O
mais grave de tudo isso é que os fanáticos seguidores daquele governo acreditaram
piamente que essa forma de pagamento da dívida teria sido vantajosa para o
Brasil, quando ela foi visivelmente mentirosa e prejudicial aos interesses
nacionais, à vista do injustificável aumento da dívida brasileira, porque seria
muito mais vantajoso para o Brasil se tivesse continuada com a dívida contratada
junto ao FMI, com juros de apenas 4% a.a.
O
governo de então preferiu assumir juros bastantes superiores aos que vinham sendo
pagos, porque ele ficaria livre do rigoroso controle dessa instituição
internacional, tendo a grande vantagem de ainda passar para muitos ingênuos a
ideia de ter pago a dívida externa, que incomodava seriamente o Brasil, quando,
na verdade, não houve pagamento de coisa alguma, mas sim manobra mentirosa e
demagógica.
É
preciso que se esclareça que a dívida pública brasileira partiu de 979 bilhões,
em dezembro de 2002, para logo ser atingido o fantástico patamar de 2, 3
trilhões de reais e agora ela já ultrapassa dos 5 trilhões de reais, tendo por
base gastos exagerados e desperdícios de dinheiro público empregados em
empresas estatais que somente davam prejuízos, diferentemente do que acontece
no governo atual, em que as estatais estão contabilizando superávits
operacionais.
É
muito importante que as pessoas sejam esclarecidas sobre a verdade dos fatos,
evitando que a mentira se alastre e se transforme em falsa verdade, por ela ter
sido repetida por tantas vezes e isso somente deve prevalecer nos países
dominados pelo socialismo, em que a verdade para o povo é algo inexistente.
Brasília,
em 7 de outubro de 2022
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