Mensagem
atribuída ao jurista Ives Gandra Martins, postada nas redes sociais, afirma que,
verbis: “Votar em Lula não significa ser de esquerda, de direita, de baixo,
de trás ou de cima. Significa uma tolerância moralmente insustentável com o
crime e o criminoso.”.
O
homem público que respeita não só o valor do voto, mas em especial a honra e a dignidade
do eleitor, somente poderia se candidatar quando tivesse de poder da sua ficha
limpa, como tal passada pela Justiça, porque, do contrário disso, fica bastante
insustentável para o povo que apoia e vota em candidato suspeito da prática de
improbidade administrativa, que é motivo notoriamente incompatível com o
regular exercício de cargo público eletivo.
Cabe
notar, aliás, que esse brutal deslize de conduta apoiado pelo sistema eleitoral,
que acontece nesta campanha no Brasil é inadmissível até mesmo nas piores
republiquetas, ante a predominância da importância e da grandeza que se
atribuem à nação, na forma da obrigatoriedade do respeito aos princípios da
moralidade, da legalidade e da transparência dos atos administrativos.
A
toda evidência, é preciso ter em mente que os princípios e as condutas de
civilidade foram aprovados ou instituídos precisamente como de consenso social para
serem fielmente observados, na tentativa do aperfeiçoamento e da consolidação da
decência da gestão pública, em harmonia com a evolução natural da humanidade,
que prima para a decência dos atos administrativos.
A
aceitação de candidato que não preencha os requisitos exigidos legalmente,
quanto à confirmação da conduta ilibada e da idoneidade, na vida pública,
somente se confirma, por parte da sociedade, evidente desprezo à pátria amada, por
meio da implícita e até direta declaração da inutilidade dos referidos princípios
republicanos.
Na
verdade, os princípios de moralidade foram instituídos exclusivamente para a sustentação
da dignidade da vida pública, ficando muito claro que a aceitação do desvio de
conduta, como nesse caso de candidato envolvido com denúncias sobre aos atos
irregulares, na Justiça, implica o inaceitável conformismo com a monstruosidade
deformidade social, jamais tolerável pelo povo com o mínimo de consciência
cívica quanto às questões de moralidade.
Apelam-se
por que os brasileiros, que amam o Brasil e reconhecem e têm consciência sobre o
império da decência na administração pública, quanto a importância dos
princípios republicano e democrático, revejam a preciosidade do seu voto, não apoiando
candidato que demonstrem apatia aos valores e à grandeza do Brasil e do seu
povo, na forma do desprezo aos requisitos da conduta ilibada e idoneidade, na vida
pública.
Brasília,
em 19 de outubro de 2022
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