terça-feira, 11 de outubro de 2022

Sinal de involução?

 

Circula mensagem nas redes sociais com destaque para opiniões de três importantes políticos, que foram candidatos à Presidência da República, em cuja campanha eles fizeram fortes críticas ao candidato da esquerda, mas, agora, estão ao lado dele, depois de terem declarado os seus votos para o segundo turno.

A aludida mensagem diz exatamente o seguinte: “O padre avisou: vocês não têm medo de irem para o inferno?”, que foi seguida pelos ditos dos referidos políticos, nestes termos: “Ciro disse no debate que era contra corrupção, mas agora apoia Lula. Governo que teve mais corrupção. Simone disse no debate  que era contra o aborto, mas agora apoia Lula, que defende aborto. Soraia disse no debate que Lula não merecia o seu voto, mas agora ela vota no Lula e é PT.”.

Nunca se viu, na história da humanidade, classe política e povo de consciência completamente entorpecida e alienada, à vista da protagonização dos próprios atos, quando os fatos mostram, com muita clarividência, a deformação moral do candidato apoiado por eles, de maneira voluntária e conscienciosa, tendo em vista que ele  não reúne as mínimas condições sequer para a prática de atividades políticas, quanto mais para exercer relevante cargo da República.

À toda evidência, os fatos mostram que existem contra ele várias denúncias sobre suspeitas de irregularidades, cuja autoria é atribuída à pessoa dele, precisamente por ele ter sido beneficiado com propinas com recursos públicos.

Isso é tanto verdade que ele foi julgado e condenado à prisão pela Justiça, precisamente por não ter conseguido provar a sua inocência, nos referidos autos, cujas sentenças judiciais foram confirmadas por três desembargadores e cinco ministros, em pronunciamentos à unanimidade, o que vale dizer que não restou qualquer dúvida quanto à certeza da materialidade sobre a autoria do desvio de conduta, na vida pública.

A verdade é que, em uma sociedade com o mínimo de dignidade, moralidade e amor à própria honradez, jamais se aceitaria que político envolvido com a Justiça, vale dizer, respondendo a processos penais, por canta do seu envolvimento em atos de improbidade administrativa, possa ter o direito de praticar atividades político-eleitorais.

Nesses casos e circunstâncias, o correto mesmo é a sua eliminação das atividades públicas, enquanto e por quanto tempo que for necessário em que ele estiver respondendo às ações penais, porque é exatamente assim que procedem os povos sérios e conscientizados, nas nações evoluídas e civilizadas, em termos políticos e democráticos, aproveitando, como aconselhável, para demonstrar a grandeza dos seus valores e princípios como pessoa esclarecida e cônscia sobre a sua responsabilidade patriótica e cívica.

Resta evidente que não tem o menor cabimento, por falta de plausibilidade pública, que pessoa com a ficha suja, que é o caso do candidato da esquerda, que sequer consegue atender aos requisitos de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública, possa praticar atividade política, ainda mais como candidato, pasmem, ao principal cargo da República, que, se eleito e tomar posse, pode vir a ser condenado novamente à prisão, em razão dos crimes praticados contra a administração pública, que são indiscutivelmente incompatíveis com atividades públicas.

Causa muita perplexidade que o povo que faz questão de bradar em defesa a sua honra seja absolutamente incapaz de perceber a sua fraqueza moral e cívica, em declarar apoio a homem público em plena decadência político-moral, por não ter condições político-administrativas para representá-lo, ante a brutal incoerência entre as situações fáticas existentes.

Apelam-se por que os brasileiros briguem e defendam as suas honra e dignidade, inclusive, em respeito à sua coerência sobre esse elevado sentimento, quanto ao direito de somente votarem em quem provar ser ficha limpa, por meio do atendimento aos requisitos de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública, como forma de respeito à sua honra e à dignidade na vida pública, ante o verdadeiro significado dos sagrados princípios cívicos e democráticos, sintomas de evolução natural de uma nação.

Brasília, em 11 de outubro de 2022

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