Em
vídeo que circula nas redes sociais, aparece a entrevista do general que era o
comandante do quartel próximo ao acampamento dos apoiadores bolsonaristas, na
qual ele afirma, ipsis litteris: “O presidente Lula me ligou e disse ‘são
todos criminosos, precisam ser todos presos’. Respondi que não temos dúvida
disso, estamos indignados.”.
O
general também informou que o cordão de isolamento feito pelo Exército, na
noite após os atos de protestos na Praça dos Três Poderes não teria sido feito
para proteger os manifestantes, a quem ele chamou de “fanáticos”, mas
sim para garantir a prisão deles, no dia seguinte, confirmando que teria agido
premeditadamente.
Essa
notícia mostra, com muita clareza, que as Forças Armadas, na pessoa desse
general, traíram os brasileiros, em especial por ele ter contribuído, de maneira
torpe e desonestamente, para a prisão de pessoas ordeiras e honradas, que não
cometeram nenhum crime, salvo no caso de prova em contrário, que nada foi
apresentado como prática delituosa.
Chega
a ser repugnante a falta de sensibilidade humanas desse general, por ter, sem o
menor escrúpulo, participado da deprimente montagem de verdadeira arapuca e da prisão
de pessoas inocentes e honradas, que se encontravam ali implorando por resposta
do Exército, diante de situação imaginada sobre a existência de fraudes nas
urnas eletrônicas.
A
atitude do general pode ser considerada como verdadeira traição aos brasileiros,
quando ele concordou com o presidente do país que se tratava de pessoas
criminosas, embora elas fossem apenas brasileiros, entre idosos, crianças e
adultos, honestos e dignos, que não tinham cometido nenhum crime, senão o de
ter confiado na figura de um general desumano, antipatriota e criminoso, que demonstrou
completa aderência à podridão imperante no poder, a quem hipotecou seu total
apoio, tendo participado na facilitação da prisão de pessoas inocentes.
Na
verdade, esse general, além de ter traído da confiança dos brasileiros, é um desqualificado
como autoridade de alto nível, por ter tido a insensibilidade de manter pessoas
na área do quartel do Exército, sob o seu comando, quando, se ele tinha o
entendimento de que elas eram criminosas, sem que elas tivessem praticado
qualquer crime, mesmo assim, nada fez para coibir a permanência desses “criminosos”,
na concepção dele, na área militar, quando a consciência cívica o obrigaria a
expulsá-las do local, tendo a honestidade funcional de retirá-las dali, por força
da lei, em absoluta sinceridade de propósito, a par de ter a obrigação de declinar
a motivação do seu ato e permitir que todos saíssem normalmente na paz.
Ao
contrário disso, em narrativa recheada de ódio, desumanidade e crueldade, o
general diz que cercou a área, sob a vigilância de soldados, dando a ideia para
as pessoas que elas estavam em lugar seguro e confiável, tanto que elas foram
dormir tranquilamente, mas o general, mancomunado com o presidente do país,
conseguiu prender todos, no dia seguinte, em demonstração de extrema perversidade
e desumanidade.
A
verdade é que se trata de gesto de confessa monstruosidade protagonizada por
militar estrelado, que muito desonra a instituição militar, por ter nas suas
fileiras general desqualificado, desonesto e desumano, que foi capaz de manchar
a dignidade da caserna, em forma de traição absolutamente injustificável.
Enfim,
esse maligno general mostrou o lado da maldade que existe no ser humano, sendo
indigno de vestir a respeitável farda do glorioso Exército de Caxias, à vista de
ter assumido, sem o menor pudor, a mais vil traição a brasileiros honrados e imbuídos
dos melhores sentimentos de amor à pátria.
Brasília, em 31 de maio de 2023