terça-feira, 9 de maio de 2023

Repugnância

 

À toda evidência, causa repugnância para os brasileiros honrados e dignos verem a imagem de três oficiais generais prestando continência a político em plena decadência moral, diante do seu envolvimento em esquemas degradantes de corrupção, quando ele ainda responde a processos na Justiça, por conta de denúncias sobre a prática de atos referentes à improbidade administrativa.

No caso, são militares que alcançaram o último posto da vida militar, trilhada certamente em bitola estreitíssima do respeito  à hierarquia e à disciplina, sob a rigorosa égide da conduta retilínea em harmonia com a mais sagrada compreensão da moralidade e da dignidade, sem ser permitido qualquer deslize nem passo em falso, por minimamente que seja.

De repente, estão ali perfilhados três dos mais estrelados das três forças militares da União, um atrás do outro, em posição de sentido e, pasmem, prestando continência, em sinal de respeito ao presidente do país, representado pela pessoa mais desprezível da vida política brasileira, por seu passado tenebroso, devido ao seu envolvimento com atos irregulares, consistentes com o recebimento de propinas, tendo sido, por conta disso, condenado à prisão, pela comprovação da prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Não importando que as condenações dele tenham sido anuladas, uma vez que permanecem em plena validade os atos consistentes na prática das irregularidades, o que vale dizer que o presidente do país passou a ser desonesto a partir do recebimento das propinas, tendo essa mácula confirmada pela Justiça, na forma das condenações à prisão dele, depois da anulação das sentenças condenatórias e continua desmoralizado, na atualidade, eis que a marca da subtração de recursos públicos permanece vigente e vinculada à pessoa dele, porque ele não conseguiu provar a sua inocência, não devolveu o dinheiro pertinente à roubalheira e também não comprovou nada contra as denúncias atribuídas à pessoa dele.

Ou seja, para todos os fins perante a Justiça, o presidente do país significa pessoa completamente insignificante, em termos de moralidade, o que vale dizer que quem bate continência para pessoa desqualificada tem muito menos representatividade ainda, sob a ótica de que a continência é sinal de respeito às autoridades superiores dignas e honradas.

Além disso, os oficiais generais mais estrelados das Forças Armadas, ao se alinharem diante de pessoa desonesta, desqualificada, assim reconhecida pela Justiça brasileira, concordam com a prática da desonestidade e com os mesmos esquemas de criminalidade ocorridos no governo dele.

À toda evidência, o comportamento dos oficiais generais não condiz com os princípios e as condutas mais comezinhas ensinadas nas academias militares, que jamais teriam ensinado subserviência à desonestidade e aos esquemas criminosos, tal e qual como fazem os atuais comandantes militares das Forças Armadas.

Assim, diante do exposto, resta aos brasileiros honrados e dignos repudiarem a atitude desses comandantes militares, que não têm o menor escrúpulo para prestarem continência à pessoa mais desprezível da política brasileira, por ser autêntico ficha suja, assim materializado pela Justiça brasileira.

Brasília, em 9 de maio de 2023

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