Em
mensagem que circula pelas redes sociais, um jornalista descreve como um ministro
conseguiu se apoderar do poder, passando a ser condutor do pensamento dos
ministros do principal poder da Justiça brasileira e do governo-geral, tendo o
poder para adotar medidas que ele entende como sendo moralizadora das condutas
dos brasileiros, podendo censurar, prender, restringir liberdades e adotar outras
medidas mesmo que não estejam capituladas na Constituição Federal.
A
mensagem diz, basicamente, que “(omiti o nome) soube construir uma situação em
que não tem rivais, não tem freios e não tem controles, e na qual está livre
para governar o Brasil, segundo o que acha que está ‘certo’, e não segundo o
que diz a lei.”.
O
extenso e minucioso texto descreve praticamente verdadeira epopeia de desbravador
que singra os mares das serenidades e conquista, sem qualquer resistência nem
tormentas, os horizontes do Olimpo onde ele reina soberanamente e sem o
menor incômodo, na maior prova de onipotência jamais vista na história
tupiniquim.
O
texto diz que o soberano age com invejáveis maestria e desenvoltura de tal
formosura que seus atos e decisões, mesmo questionáveis, à luz dos princípios
constitucionais, são confirmados por seus pares e tolerados por outros poderes,
que convergem em semântico pensamento, tendo inclusive o respaldo da excelsa
corte de Justiça do país à qual ele pertence, de que os atos e as decisões
prolatados por ele se tornam legítimos e incontestáveis, mesmo que eles tenham
viés visivelmente inconstitucionais.
Não
há a menor dúvida de que se trata de situação a mais esdrúxula possível, diante
do indiscutível desvio dos padrões aceitáveis de civilidade, conquanto, por
mais deprimente e deplorável que seja o quadro político-administrativo, diante
de severos desvios de finalidade, na gestão pública, aliados aos abusos de
autoridade, a afrontarem desgraçadamente a dignidade dos honrados brasileiros,
à vista do monstruoso desrespeito aos sagrados princípios constitucionais e
legais, todos os poderes quedam à tamanha barbaridade, em que as autoridades
parecem assistirem pacífica e pacatamente, em clara evidência da letargia que a
todos domina e imbeciliza às suas mentes, que as impede de agirem em defesa da
dignidade e dos valores inerentes à grandeza do Brasil.
É com bastante preocupação que o texto tão
rico em informações detalhadas sobre os poderes controlados pelo “soberano”,
que a tudo pode e realmente vem executando com plena eficiência e eficácia, não
vislumbre uma, única que seja, alternativa capaz de contrapor à sagacidade da voluptuosidade
da tirania, como estratégia em condições de pôr freios aos inadmissíveis
exageros desvios de finalidade e abusos de autoridade.
Esses
desatinos já ultrapassaram a todos os limites da tolerância dos brasileiros
honrados, ante ao atrevimento que ultrapassa os limites da racionalidade e da
civilidade republicanas.
Isso
somente mostra a total incapacidade dos brasileiros honrados e dignos de reação
aos abusos praticados contra seus direitos de cidadania, diante da cristalina
destruição dos consagrados institutos dos comezinhos direitos democráticos
assegurados a todos.
Diante
da declarada instalação da devassada consolidada estrutura constitucional
brasileira, à vista do império da prevalência tirânica, que usurpa os sagrados direitos
constituídos, na forma da cristalina explanação do texto em apreço, concita-se
que os estudiosos e os intelectuais se debrucem, com urgência, ao exame de
medidas que sejam capazes de obstar a agressividade contra os salutares direitos
de cidadania, de modo que seja possível o basta a todos os abusos de autoridade
e os desvios de finalidade, na administração pública, uma vez que já são
conhecidos em detalhes as perversas maneiras de destruição dos princípios
democráticos.
Brasília, em 21 de maio de 2023
Nenhum comentário:
Postar um comentário