Conforme mensagem que circula nas redes sociais, alguém
escreveu que o Brasil é o país que prende coronel do Exército, que não deve
nada à Justiça, e solta corrupto que rouba dinheiro público, parecendo mais piada
perfeita do mundo da hipocrisia.
Os fatos estão mostrando que o Brasil está dominado
pela hipocrisia, em que é visível a inversão da ordem natural dos valores, em
que muitos homens de bem estão presos sem terem praticado qualquer ato
criminoso, ao menos à vista de alguma prova material, enquanto bandidos de alta
periculosidade contra a sociedade, que desviaram milhões de reais dos cofres
públicos e outros que vivem da delinquência, em visível infringência dos
ditames jurídicos, estão soltos, graças ao poder do sistema dominante que se
apoderou do Brasil e impôs a sua vontade em decisões abusivas e
anticonstitucionais irrecorríveis.
Essa verdade é absoluta e incontestável diante
dos fatos, que não mentem jamais.
Agora, é preciso ter honestidade de avaliação
para se reconhecer que toda malignidade impingida ao Brasil e aos brasileiros
poderia ter sido solucionada definitivamente por meio da intervenção militar,
que, se instalada, por ato do presidente da República, teria poderes
constitucionais, ex-vi do disposto no art. 142 da Lei Maior.
O citado texto jurídico ali diz que "As
Forças Armadas (...), sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais, e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.".
Isso significa se avaliar, com absoluta
segurança, que a intervenção militar deveria ter sido acionada, em especial
para a verificação da operacionalização das últimas eleições presidenciais, a
despeito das diversas denúncias sobre suspeitas de irregularidades nas urnas
eletrônicas, cuja medida de fiscalização apenas correspondia à necessidade da transparência
dos atos da administração pública, com respaldo no disposto do art. 37 da Carta
Magna.
O aludi artigo obriga a publicidade dos atos
também sob a incumbência da Justiça eleitoral, cujo acesso ao resultado das urnas
foi negado às Forças Armadas, quando elas pediram os "códigos-fontes"
pertinentes às eleições, mas esse pleito foi negado, fato este que justificaria
a intervenção militar, diante da necessidade da garantia da lei e da ordem, no
caso, a ordem jurídica, que deixou de ser respeitada com a falta de transparência
da operacionalização das urnas eletrônicas.
Importa frisar que não seria nada anormal a
fiscalização nos resultados das eleições, precisamente porque o próprio órgão
eleitoral havia garantido a lisura e a legitimidade da operacionalização das
últimas eleições, quando muito, se permitiria, no caso, mera checagem pelos
militares, se confirmariam ou não a regularidade assegurada pelo sistema, não é
verdade?
Assim, até pode parecer muito estranho se
discordar dos abusos que estão sendo praticados atualmente no Brasil, sem
necessidade de satisfação sobre absolutamente nada, porque não se tem a quem
recorrer, diante do poder supremo do sistema dominante, quando se prendem
pessoas honestas, presumivelmente inocentes, e se libertam criminosos perigosos
à sociedade.
Não obstante, é preciso ter a consciência para
se reconhecer que a intervenção militar poderia ter dado basta aos abusos e às
decisões inconstitucionais, porque ela teria poderes para o levantamento de
todas as situações deformadoras dos desvios de conduta do sistema dominante,
com poderes ainda para mostrar os abusos praticados e sugerir as medidas
saneadoras aconselháveis às correções necessárias.
Não há a menor dúvida de que a autoridade que
tinha poder para salvar o Brasil era o então presidente da República, que não
teve sensibilidade nem competência para perceber que a sua injustificável
omissão, de não decretar a intervenção militar, entregaria o comando do país ao
grupo político das trevas, com a sua índole de aderência aos esquemas de
criminalidade e desonestidade, à vista de tudo quanto já foi julgado pela
Justiça brasileira, com relação, em especial, aos escândalos do mensalão e do
petrolão, de nefasta memória.
À atitude trágica da omissão presidencial
deve-se creditar sim tudo de ruim que vem acontecendo no Brasil e todas as
desgraças que ainda são susceptíveis de acontecer, porque a intervenção militar
teria autoridade constitucional para promover o saneamento tão necessário ao
Brasil e aos brasileiros.
Brasília, em 6 de maio de 2023
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