terça-feira, 2 de maio de 2023

Desenvolvimento do nada?

 

Conforme  vídeo que circula nas redes sociais, o presidente do país disse, em tom de indignação e desabafo, que o único país que conseguiu se desenvolver econômica, industrial e socialmente, América Latina, foi Cuba, em que pese o bloqueio econômico imposto a ele pelo país de tio Sam.

A pérola do discurso do político brasileiro tem a expressiva mensagem nestes termos, ipsis litteris: “Porque não é possível que nenhum país da América Latina tenha sido desenvolvido. Tenha crescido economicamente. Tenha crescido industrialmente. Tenha crescido na melhoria de vida de seu povo. O único país que conseguiu dar um salto foi Cuba, mesmo assim é vítima de um bloqueio de mais de sessenta anos, que não deixam... Eles resolveram o problema da dignidade. Eles resolveram o problema da cidadania e a única coisa que eles estão pedindo é que deixem que os cubanos cuidem dos seus problemas. Fora de Cuba, qual foi o outro país que resolveu os seus problemas?”.  

De fato, causa enorme inveja aos demais países a pujança do desenvolvimento de Cuba, especialmente em termos econômicos, industrial e socialmente, na forma indicada pelo presidente brasileiro, que enxerga milagre na deplorável gestão comunista daquela ilha.

O que se percebe, na realidade, com bastante clareza, é que aquele país não tem sequer indústria, não produz absolutamente nada senão charutos e os insumos da cana de açúcar, não tendo qualquer atividade econômica própria diferente do turismo, cujo povo vive em absoluto subdesenvolvimento social imposto pelo regime comunista, sob controle totalitário, que não é permitida a sua comunicação com os países civilizados, sérios e evoluídos.  

Impressiona bastante que muitas pessoas ainda estranhem declarações estapafúrdias e retrógrada como essa, em que a principal autoridade brasileira põe em destaque o desenvolvimento de país de regime comunista, onde impera, por mais de sessenta anos, o totalitarismo, a crueldade, a desumanidade, entre outras tiranias degradantes contra o povo, que vive da miséria dos alimentos fornecidos pelo governo, sob racionamento promovido por meio de caderneta, em que as famílias passam fome e sofrem pela tristeza da subnutrição.

Não obstante, isso é visto por essa autoridade como meritória forma de crescimento e progresso, como país exemplo de gestão pública para o mundo, dando a entender que ele vive em deplorável bolha de nanismo de mentalidade, onde a sua miragem permite enxergar milagres inexistes, uma vez que, em Cuba não se produz absolutamente nada capaz de mostrar alguma forma impressionante de modelo de gestão pública, exatamente pela inexistência de parâmetros plausíveis.

Com a insignificante e retrógrada mentalidade desse importante político, seria bastante estranho que ele reconhecesse que o país caribenho fosse modelo de completo retrocesso em tudo que diz respeito aos parâmetros de desenvolvimento e dignidade humanas, quando ali se prática todas as perversidades possíveis contra a vida humana, em especial quanto à privacidade dos direitos individuais e democráticos, quando são tolhidas as comezinhas liberdades individuais, com destaque para o direito de propriedade e de expressão, que são inalienáveis à vida humana.

Ou seja, nesse país tirânico ninguém pode dizer a verdade sobre o regime opressivo e a privacidade de tudo, uma vez que o governo controla a vida da população com mão de ferro e aí daquele que tentar se insurgir contra essa desgraça de regime opressor e desumano.

Enfim, é preciso ter a hombridade para a compreensão de que, no caso brasileiro, a ascensão ao poder teve a participação do povo e do sistema dominante, o que vale dizer que ninguém com a mentalidade extremamente atrofiada e vazia, que somente consegue enxergar aquilo que lhe convém, chega ao poder senão com a ajuda do povo, pelo menos por parte dele.

Isso significa se afirmar que o povo tem o governo que merece, o qual não difere, em mentalidade política do governante que se encontra no poder, infelizmente.

Em conclusão, tem-se que as pavorosas declarações do político brasileiro correspondem exatamente à sua mentalidade de nenhuma compressão sobre o que seja o mundo real, que ele acha que é o certo e o ideal, como regime político, na forma do comunismo existente na ilha caribenha, que, presumivelmente, se encaixa perfeitamente no seu projeto político também sendo o ideal para o Brasil, tendo o apoio, certamente, para tanto, de parte do povo e do sistema dominante, infelizmente.

Brasília, em 2 de maio de 2023

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