quinta-feira, 4 de maio de 2023

Parabéns, Matriz da Sagrada Família!

 

Ainda muito cedo, na minha tenra idade, sem ter noção de absolutamente nada sobre os mistérios da religiosidade, da espiritualidade cristã, meus pais me ensinaram o caminho que me levou à Igreja Matriz da Sagrada Família.

A partir de então, foram abertas as portas da curiosidade infantil sobre os encantos da espiritualidade e do amor aos ensinamentos sobre o Evangelho de Jesus Cristo, tendo como principais pilares os fundamentais do amor ao próximo, na forma ensinada pela minha inesquecível professora de catecismo.

Lembro-me, com muita saudade, da veneranda pessoa de nome Marieta, tão ciosa da sua vocação religiosa que a gente era levado a se comportar como piedosos anjos de candura, temente a cada palavra dos mandamentos sagrados, evidentemente na esperança de não ser castigado por qualquer desvio de conduta religiosa, em respeito a tudo que era ensinado no catecismo.

A verdade é que eu nunca me esqueci das importantes lições do catecismo e do rigor das aulas ministradas atrás da Capela de São José, sempre aos sábados, pela famosíssima professora Marieta, que certamente se passou por anjo da guarda, em forma de ensinamentos, para muitos uiraunenses.

Pois bem, como católico  fervoroso, sempre procurei participar das atividades da igreja, que era comandada, à época, pelo sempre saudoso reverendo padre Antônio Anacleto, pessoa da mais pura santidade apostólica, cuja religiosidade merecia a admiração do povo de Uiraúna, que seguia cegamente seus ensinamentos de amor às coisas de Deus.

É evidente que me refiro especificamente ao reverendo padre Anacleto porque foi o único pároco da minha época, em Uiraúna, quando ele, no bom sentido, casava e batizava, além, evidentemente, da realização dos demais sacramentos religiosos da alçada dele, com muita sapiência e autoridade, tanto que a sua lembrança se eternizou e ainda se mantém muito viva em nossos corações, como sendo verdadeira dádiva divina de pessoa, diante de tanta magnanimidade espargida pela santidade dele.

Ainda como boas lembranças para a comemoração do centenário da paróquia, ganha destaque a tradicional Festa de Janeiro, dedicada em especial veneração à Sagrada Família de Nazaré, em agradecimento à sua proteção aos uiraunenses.

Fico a me lembrar dos preparativos para as festividades, quando havia muitos atrativos, a começar da roupa nova, das comidas diferentes e especiais, feitas, no meu caso, com base na culinária peculiar do casarão do Canadá, por meio dos cuidados da querida e saudosa madrinha Úrsula, minha avó paterna, que providenciava uma infinidade de bolos, doces, carnes, comidas etc., os mais deliciosos possíveis e inigualáveis.

Enfim, como não se lembrar das solenidades propriamente ditas da festa, com seus encantos inerentes aos ritos religiosos, com a realização de novenas, missas e procissão, tudo sob a animação dos acordes melodiosos dos inesquecíveis dobrados tocados pela centenária banda de música Jesus, Maria e José.

Além de outros atrativos, como as quermesses, os leilões, os fogos de artifícios, os balões etc., que encantavam os nossos corações.

Na realidade, o que se pode dizer é que são comemorados, hoje, cem anos da existência da Igreja Matriz da Sagrada Família de Nazaré, que tem magnífico legado em prol do povo de Uiraúna, diante da sua consagração como incutidora das melhores contribuições à construção da sociedade, em especial quanto à consolidação e à conscientização dos princípios de religiosidade e de amor às coisas de Deus.

Parabéns, querida Igreja Matriz da Sagrada Família de Nazaré, com votos de que a sua presença de amor no seio das famílias de Uiraúna se intensifique pelos séculos, amém!

Brasília, em 3 de maio de 2023

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