Conforme notícia veiculada nos meios de comunicação, o governo brasileiro acaba de recepcionar o principal ditador da América Latina, prestando-lhe as honras protocolares da diplomacia internacional.
Esse
é o momento marcante da atualidade brasileira, em que ditador cruel,
sanguinário e desumano é recepcionado com honraria militar, com direito a
continência e afagos a quem menospreza o povo do seu país, que é submetido aos
piores castigos de privações impingidas ao ser humano, por haver notícia da falta
de alimentos, remédios e demais gêneros básicos de sobrevivência, além da falta
de liberdade para a exposição de pensamento.
Tal
situação se harmoniza perfeitamente com o status quo da governabilidade
brasileira, em que o presidente foi eleito pelo povo e pelo sistema dominante,
tudo em nome da democracia e da constitucionalidade, porquanto nada foi feito
para questionar nem contestar contra a volta ao poder da parte política
decomposta, a despeito da existência de inúmeras denúncias de irregularidades
na operacionalização das urnas eletrônicas.
Trata-se
de ambiente de completo conformismo com a degeneração da administração pública
do Brasil, que foi banalizada, em termos de mediocridade, a ponto de passar a
ser considerado normal se prestigiar, com honras militares, pessoa indigna e
insignificante, ante o respeito à dignidade humana, como se ela fosse realmente
autoridade digna de respeito.
Na
verdade, é preciso que seja reconhecido que essa tragédia referente à
desmoralização e à degeneração dos princípios republicanos e
democráticos, foram sepultados por vontade própria e voluntária de
antibrasileiros e sistema predominante, o que vale dizer que isso não resiste
normalmente a qualquer forma de estranheza.
Esse
deprimente episódio se coaduna com a estrita vontade do povo e do sistema
dominante, que não tiveram a mínima sensibilidade para perceber que o seu apoio
a político em plena decadência moral, sem nenhuma qualificação
político-administrativo, somente resultaria em situação deplorável como essa,
em que pessoa desprezível e repulsiva merece deferência incompatível com o que
ele realmente faz jus, qual seja, absoluto desprezo, à altura da sua
insignificância, a tal ponto que ele jamais deveria sequer ter sido recebido no
Brasil, se o governo brasileiro fosse diferente dele, em termos de ideologia
política, quanto ao desrespeito aos direitos humanos e às liberdades individuais
e democráticas.
A
verdade é que os tempos brasileiros são realmente outros, em que é simplesmente
normal a prática da degeneração dos princípios republicanos e humanitários, em
nome da ideologia política, em que o povo é somente um detalhe, embora a sua
insignificância ainda seja capaz de colocar no poder político absolutamente sem
nenhuma importância, à vista desse lamentável evento, em que o governo
brasileiro patrocina a reunião, no Brasil, dos presidentes de esquerda da
América do Sul, onde certamente nada será discutido sobre a defesa dos direitos
humanos e das liberdades democráticas.
Essa
deprimente situação se harmoniza com a nova mentalidade ideológica predominante
no país, quando passa a ser normal o acolhimento, em visita ao Brasil, de ditador
cruel e desumano, que menospreza os direitos humanos e as liberdades democráticas,
cuja deplorabilidade humanitária tem o beneplácito de expressiva parcela de
brasileiros que certamente comungam com a mesma mentalidade de desequilíbrio do
mandatário brasileiro, que, incrivelmente, enxerga a existência de democracia no
país presidido por verdadeiro monstro totalitário e selvagem, que teria poderes
populares para sacrificar o próprio ser humano, conforme registram os fatos
noticiados pela mídia.
Enfim,
não se trata de qualquer perplexidade o caloroso afago do presidente brasileiro
a ditador impiedoso e desumano, conquanto ambos defendem igualmente a perniciosa
ideologia das trevas, que também foi abraçada voluntariamente por antipatriotas
ávidos por vingança, que permitiu o enlace dessa monstruosa e inaceitável tragédia
diplomática.
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