Vem circulando nas redes sociais imagem
do presidente do país sendo recepcionado por oficiais da Aeronáutica, que oferecem
a ele um capacete de piloto de avião de caça, como homenagem prestada por
ocasião da inauguração da fábrica do novo avião Gripen.
Manifestei-me, diante dessa
imagem, dizendo sobre tamanha falta de respeito à instituição sagrada, a tão
amada e honrada Força Aérea Brasileira, que tantas importantes lições aprendi
sobre o significado dos pujantes princípios referentes à dignidade, à
moralidade e à honradez, como saudáveis regras de comportamento militar e cívico,
como forma de aperfeiçoamento e consolidação da integridade daquela outrora
respeitável instituição militar.
Quanta decepção ao se deparar com
pessoa que é autêntico símbolo da desmoralização e da indignidade, na vida
pública, diante da completa ausência, na pessoa dele, dos atributos inerentes à
conduta ilibada e à idoneidade como agente público, sendo homenageado por
militares daquela força militar, ao receber imerecidas distinções somente
deferidas às autoridades realmente dignas e honradas.
A aludida honraria aconteceu
diante do novo avião Gripen, que representa as esperanças da segurança aérea
nacional, por ocasião da inauguração da sua linha de produção, que contou, como
visto, com a presença dessa autoridade que representa tudo ao contrário do progresso
e da esperança dos brasileiros honrados.
Isso levaria à interpretação de
que jamais deveria associar a imagem desse político ao empreendimento que
simboliza o futuro do Brasil e o progresso da indústria aeronáutica.
Enfim, a atual Força Aérea
Brasileira também se vergou ao regime de decadência escolhido pelo povo, não
importando as suas qualidades ou falta delas, porque esse é o governo que a
mentalidade brasileira merece, por opção democrática ou por força da imposição
da autocracia.
Insatisfeito com o meu
texto, uma pessoa houve por bem se manifestar, dizendo que, “Segundo o
artigo 142 da Constituição do Brasil, o Presidente da República é o
Comandante-em-chefe das Forças Armadas. Enquanto esse cidadão não for arrancado
do poder, pelas nossas leis, ou terminar o seu mandato, ele terá o direito como
Chefe de Estado a posar como tal. O outro cidadão cansou de bradar: ‘Eu sou o
Chefe Supremo das FFAA’. Não lembro de nenhum comentário contraditório a esse
respeito. Segue o baile!”.
Em resposta, eu disse
que deixo muito claro que não estou negando a validade do texto constitucional
de poder supremo do presidente do país.
Estou afirmando a
incontida estranheza, no ainda âmbito do direito constitucional da liberdade de
expressão, da concessão de honraria a pessoa sem qualificação moral e isso é
fato, à vista dos julgamentos da Justiça, declarando a prática, por parte dele,
de atos criminosos contra a administração pública, mais precisamente por
recebimento de propinas.
As referidas práticas
suspeitas de irregularidades estão ainda sob denúncias em processos com tramitação
na Justiça, fatos estes que aconselham unicamente o afastamento dele das
atividades políticas, porque a presença dele na vida pública é sempre indigna
enquanto ele não provar a sua inocência sobre os aludidos fatos maculadores da
honra do político.
Ou seja, isso vale
dizer que o político não teve capacidade para provar a inocência dele, quanto
às suspeitas de tantas irregularidades comprovadas por investigações
pertinentes, fato que contribui para diminuir a autoridade dele também no
âmbito dos quartéis militares, à vista da incompatibilidade com os princípios que
precisam ser preservados no seio dos militares.
A meu juízo, a presença
de pessoa sem os atributos de conduta ilibada e idoneidade moral, nos quartéis
das Forças Armadas, contradiz completamente tudo aquilo que representaram os
ensinamentos sobre doutrina e conduta militares, que são sedimentadas na
rigidez dos princípios retilíneos da moralidade, da honradez e da dignidade,
como assim foi a minha formação recebida nos bons e velhos tempos que realmente
se valorizavam os princípios e as condutas basilares das casernas, estruturadas
nos valores intrínsecos da moralidade e da decência públicas.
Na verdade, essa forma
de avaliação, embora até possa parecer radical sobre pensamento prevalente dos
novos tempos, cujos ideólogos e defensores sobre a existência deles, que na
verdade é exatamente isso que acontece, não significa que os apoiadores do
governo de ideologia socialista não estejam corretos, na compreensão de que
eles têm a mesma mentalidade do seu líder, no sentido de que vale tudo para se
conquistar o poder, mesmo não tendo como se comprovarem os requisitos de
conduta ilibada e idoneidade, que são exigidos na vida pública.
É preciso que fique
claro o meu respeito ao status quo, mas penso que, como cidadão
completamente em dia com as minhas obrigações cívica e patriótica, tenho pleno direito
de me manifestar sobre os fatos da vida, na forma assegurada
constitucionalmente a todos os brasileiros.
Brasília, em 22 de maio de 2023
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