segunda-feira, 15 de maio de 2023

A involução?

 

Conforme mensagem que circula nas redes sociais, alguém transcreveu texto célebre escrito pelo filósofo, diplomata e teórico de política, o italiano de Florença, Nicolau Maquiavel, nestes termos: “Um país que aceita passivamente a corrupção e o corruptor não merece a liberdade. Merece a escravidão. Um país cujas leis são lenientes e beneficiam bandidos não tem vocação para a liberdade. Seu povo é escravo por natureza.”.  

Ainda por volta do início do século XVI, esse importante e respeitável pensador e escritor já preconizava, na teoria, que a aceitação da corrupção torna o povo escravo por natureza, o que significa dizer que ele é incapaz de se tornar livre, evidentemente com capacidade para ter liberdade, em termos políticos e democráticos, ou seja, o povo não tem condições para se desenvolver.

Essa constatação é extremamente preocupante, por ser inadmissível que, cinco séculos transcorridos depois de tão afirmativa declaração, pelo menos no Brasil, o homem não tem o menor escrúpulo em mostrar a sua aderência a quem se associa a esquemas vinculados à corrupção, em cristalina confirmação de que essas mentes retrógradas se sentem atraídas pela involução, por não conseguirem vislumbrar nem distinguirem que a prática da corrupção significa verdadeiro câncer na administração pública.

Na verdade, a corrupção somente contribui para a desgraça de um povo, em termos políticos, econômicos e sociais, por refletir naturalmente na estagnação do país.

Infelizmente essa é uma realidade histórica de um povo, que se satisfaz ao enlamear-se com a corrupção, a exemplo do que aconteceu no último pleito eleitoral, quando todos os brasileiros sabiam perfeitamente a verdadeira índole corruptível do candidato que foi proclamado eleito pelo sistema dominante.

Não obstante, recebido ou não a maioria dos votos, parcela significativa dos eleitores ainda teve a indignidade de votar nele, não importando o seu passado maculado pela corrupção, à vista da atestação feita pela Justiça, que o condenou à prisão, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Diante desses fatos reveladores da falta de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública, o correto teria sido o referido político jamais receber nenhum voto, diante da sua arraigada simpatia pelos mecanismos de corrupção, à vista da implantação dos esquemas criminosos de corrupção no seu governo, a exemplo dos escândalos do mensalão e do petrolão, de deplorável memória.

O certo é que, no caso, se confirma o ditado popular segundo o qual o povo tem o governo que merece e a mentalidade de muitos antibrasileiros só merece isso que está aí, evidentemente em prejuízo dos interesses do Brasil e dos brasileiros.

Brasília, em 15 de maio de 2023

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