segunda-feira, 29 de maio de 2023

Publicação do meu 68º livro

 

Como tem acontecido com frequência, constitui motivo de muita alegria no meu coração a conclusão de mais um livro, que representa a minha sexagésima oitava obra literária, que se junta à minha já interessante coleção de livros, cujo acontecimento se reveste de importante estímulo para o acréscimo de saudáveis energias que alimentam minhas fontes criadoras e inspiradoras, de vez que preciso dessa seiva estímulo para a continuidade das prodigiosas atividades de escrever textos sobre os variados fatos da vida.

Diante disso, aproveito a oportunidade para dar continuidade ao importante sentimento pessoal que tenho de homenagear especiais personalidades ou entidades, com a modéstia dedicatória de meus livros, ante a relevância de pessoas, fatos ou instituições queridos e de prestígio, em razão do seu legado junto à sociedade, em especial, de Uiraúna, tendo, agora, a alegria de me lembrar de notável pessoa que foi exemplo e símbolo do boa construtora de importante obra humanitária, com o seu denotado amor às pessoas de Uiraúna, Paraíba.

Desta feita, tenho enorme prazer em homenagear a venerável parteira Candinha, pessoa de destaque da sociedade uiraunense, por seu trabalho humanitário, que merece ser reconhecida por mim, posto que a sua personalidade faz jus às formas especiais de deferência, por ter prestado importante contribuição ao desenvolvimento de Uiraúna, com a sua marcante experiência na área neonatal, ao acompanhar o nascimento de quantidade expressiva de uiraunenses.

A fotografia da capa do livro é flagrante do aparecimento de lindo arco-íris nos céus de Brasília, Distrito Federal.

A seguir, transcrevo a dedicatória que faço, com amor no coração, em homenagem à admirável Candinha, pessoa que tenho especial admiração, na certeza de que o livro se enriquece com a dedicação que lhe faço.

                                     DEDICATÓRIA

Tenho o enorme prazer em dedicar este livro à devotada parteira Candinha (in memoriam), pessoa especial e admirável da cidade de Uiraúna, Paraíba.

Lembro-me de Candinha sempre caminhando apressada, se dirigindo em alguma direção norteada por alguma “cegonha”, na certeza de que alguém importante estava em via de aparecer para viver fora do útero materno.

Não importava a honra do dia ou da noite, posto que ela estava indo, às pressas próprias da sua profissão, para acompanhar o nascimento de mais uma criancinha, que vinha ao mundo sob os cuidados e o zelo do anjo da guarda de milhares de criaturinhas.

Esses novos uiraunenses tinham a satisfação de ser amparados, logo no desembarque no início da sua nova e importante jornada da vida, já com a certeza da chegada com total segurança da melhor acolhida possível.

Ali, no momento do nascimento, sempre estava a figura da diligente parteira Candinha, que, com a inspiração de Deus, ela usava apenas suas mãos, uma bacia com água, uma tesoura, uma toalha e, por certo, uma seringa, pronta e habilitada para a importante missão do parto, na conformidade das condições encontradas no local, inclusive à base da luz de lamparina ou de vela, muitas das vezes em condições precaríssimas.

Conforme as circunstâncias, Candinha corriam à residência da parturiente a pé, sobre o lombo de animal, de carroça, de canoa ou da forma que fosse possível para se chegar ao local, a tempo de acompanhar o primeiro choro do moleque, no bom sentido.

A verdade é que o trabalho da Candinha foi da maior importância humanitária, porque a sua divina experiência certamente contribuiu para salvar muitas vidas de mães e crianças, quando os partos se tornavam problemáticos e a sua habilidade perinatal ajudava à condução do nascimento sem maiores dificuldades.

A importância maior do seu trabalho foi extraordinariamente notável, à vista da inexistência de médicos e outros profissionais com experiência neonatal, na região, naqueles tempos remotos do início de tudo, o que vale dizer que a atuação da Candinha evitou enorme mortalidade materna.

Em precisa avaliação feita agora, sobre o trabalho de Candinha, pode-se se afirmar que ela tinha o poder da energia vital, que ajudava a atrair a nova vida e proporcionava os cuidados necessários à mamãe e ao bebê, com a segurança da sua forte companhia de conforto para ela e a criança.

Imaginasse, agora, que era momento de muita tranquilidade e segurança quando o parto era realizado com a presença da Candinha, constituindo em grande dádiva se ver o bebê chegando de uma maneira confortável, sendo recebido pelas mãos abençoadas dessa genial parteira, cujo ato pode ser considerado como verdadeira bênção divina.

Na verdade, essa fantástica dedicação da Candinha, ao longo da sua vida cuidando da vida das pessoas, rendeu a ela múltiplas formas de reconhecimento, com o enaltecimento da grandeza da sua obra de amor à vida.

Uma homenagem da maior importância diz respeito àquela prestada por grupos de uiraunenses, que criaram página na internet, cujo nome foi denominado como “Os Filhos de Candinha”, em forma de sentida gratidão ao trabalho dela, pelo acompanhamento dos partos de muitos deles.

A propósito, abro parênteses para esclarecer que, embora eu e meus irmãos tenhamos nascidos no período áureo do reinado da magnânima parteira Candinha, todos os partos da minha querida mamãe Dalila foram feitos sob os cuidados de pessoas da amizade antiga dela, desde os tempos que ela viveu no sítio Canadá, sempre na certeza da segurança e do conforto da presença de Deus, quando seus filhos nasciam.

 Diante da importância do trabalho de assistência aos partos da memorável Candinha, torna-se absolutamente lícito o reconhecimento de que essa venerável mulher se tornou símbolo imaterial e patrimonial de Uiraúna, como reafirmação da gratidão do povo pelo seu trabalho na melhor compreensão do amor ao seu semelhante.

Tenho procurado recuperar a imagem de pessoas especiais do meu tempo de Uiraúna, que se notabilizaram pela dedicação às importantes causas da população, como nesse caso da parteira Candinha, que permanece viva na lembrança de todos os contemporâneos dela.

É com especial regozijo que homenageio a pessoa de Candinha, na certeza de que a sua grandeza enriquece as páginas do meu livro, mesmo que seja por meio desta singela dedicatória, pela oportunidade de dizer ao povo de Uiraúna que ela se dedicou, como ninguém, ao seu imprescindível ofício, sendo a principal pessoa a ter o privilégio de ser a primeira a dar as boas-vindas a expressiva parte das criaturinhas nascidas, na cidade, no seu tempo.

Assim, sinto-me honrado em homenagear a admirável Candinha, com a dedicatória deste livro, em forma de singela gratidão, ao tempo em que faço justiça a ilustre pessoa por quem sempre tive admiração, ante a sua importância como mensageira e realizadora de importante obra de Deus, tendo sido permanente anjo da guarda de incontáveis parturientes, cujos relevantes serviços são eternamente reconhecidos pelo povo de Uiraúna.

Enfim, fico muito feliz em agradecer a Deus, por ter tido a oportunidade de conhecer o importante e maravilhoso trabalho de puro amor ao próximo, realizado por essa verdadeira heroína, de pseudônimo Candinha, que é sempre digna do carinho e da gratidão do povo de Uiraúna.

Brasília, em 29 de maio de 2023

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