Como tem acontecido com frequência, constitui motivo de muita alegria no
meu coração a conclusão de mais um livro, que representa a minha sexagésima oitava
obra literária, que se junta à minha já interessante coleção de livros, cujo
acontecimento se reveste de importante estímulo para o acréscimo de saudáveis
energias que alimentam minhas fontes criadoras e inspiradoras, de vez que
preciso dessa seiva estímulo para a continuidade das prodigiosas atividades de
escrever textos sobre os variados fatos da vida.
Diante disso, aproveito a oportunidade para dar continuidade ao
importante sentimento pessoal que tenho de homenagear especiais personalidades
ou entidades, com a modéstia dedicatória de meus livros, ante a relevância de
pessoas, fatos ou instituições queridos e de prestígio, em razão do seu legado
junto à sociedade, em especial, de Uiraúna, tendo, agora, a alegria de me lembrar
de notável pessoa que foi exemplo e símbolo do boa construtora de importante
obra humanitária, com o seu denotado amor às pessoas de Uiraúna, Paraíba.
Desta feita, tenho enorme prazer em homenagear a venerável parteira
Candinha, pessoa de destaque da sociedade uiraunense, por seu trabalho
humanitário, que merece ser reconhecida por mim, posto que a sua personalidade faz
jus às formas especiais de deferência, por ter prestado importante contribuição
ao desenvolvimento de Uiraúna, com a sua marcante experiência na área neonatal,
ao acompanhar o nascimento de quantidade expressiva de uiraunenses.
A fotografia da capa do livro é flagrante do aparecimento de lindo arco-íris
nos céus de Brasília, Distrito Federal.
A seguir, transcrevo a dedicatória que faço, com amor
no coração, em homenagem à admirável Candinha, pessoa que tenho especial
admiração, na certeza de que o livro se enriquece com a dedicação que lhe faço.
“DEDICATÓRIA
Lembro-me de Candinha
sempre caminhando apressada, se dirigindo em alguma direção norteada por alguma
“cegonha”, na certeza de que alguém importante estava em via de aparecer para
viver fora do útero materno.
Não importava a honra
do dia ou da noite, posto que ela estava indo, às pressas próprias da sua profissão,
para acompanhar o nascimento de mais uma criancinha, que vinha ao mundo sob os
cuidados e o zelo do anjo da guarda de milhares de criaturinhas.
Esses novos uiraunenses
tinham a satisfação de ser amparados, logo no desembarque no início da sua nova
e importante jornada da vida, já com a certeza da chegada com total segurança
da melhor acolhida possível.
Ali, no momento do
nascimento, sempre estava a figura da diligente parteira Candinha, que, com a
inspiração de Deus, ela usava apenas suas mãos, uma bacia com água, uma
tesoura, uma toalha e, por certo, uma seringa, pronta e habilitada para a
importante missão do parto, na conformidade das condições encontradas no local,
inclusive à base da luz de lamparina ou de vela, muitas das vezes em condições
precaríssimas.
Conforme as
circunstâncias, Candinha corriam à residência da parturiente a pé, sobre o
lombo de animal, de carroça, de canoa ou da forma que fosse possível para se
chegar ao local, a tempo de acompanhar o primeiro choro do moleque, no bom
sentido.
A verdade é que o
trabalho da Candinha foi da maior importância humanitária, porque a sua divina
experiência certamente contribuiu para salvar muitas vidas de mães e crianças,
quando os partos se tornavam problemáticos e a sua habilidade perinatal ajudava
à condução do nascimento sem maiores dificuldades.
A importância maior do
seu trabalho foi extraordinariamente notável, à vista da inexistência de
médicos e outros profissionais com experiência neonatal, na região, naqueles
tempos remotos do início de tudo, o que vale dizer que a atuação da Candinha
evitou enorme mortalidade materna.
Em precisa avaliação
feita agora, sobre o trabalho de Candinha, pode-se se afirmar que ela tinha o
poder da energia vital, que ajudava a atrair a nova vida e proporcionava os cuidados
necessários à mamãe e ao bebê, com a segurança da sua forte companhia de
conforto para ela e a criança.
Imaginasse, agora, que
era momento de muita tranquilidade e segurança quando o parto era realizado com
a presença da Candinha, constituindo em grande dádiva se ver o bebê chegando de
uma maneira confortável, sendo recebido pelas mãos abençoadas dessa genial
parteira, cujo ato pode ser considerado como verdadeira bênção divina.
Na verdade, essa
fantástica dedicação da Candinha, ao longo da sua vida cuidando da vida das
pessoas, rendeu a ela múltiplas formas de reconhecimento, com o enaltecimento
da grandeza da sua obra de amor à vida.
Uma homenagem da maior
importância diz respeito àquela prestada por grupos de uiraunenses, que criaram
página na internet, cujo nome foi denominado como “Os Filhos de Candinha”, em
forma de sentida gratidão ao trabalho dela, pelo acompanhamento dos partos de
muitos deles.
A propósito, abro
parênteses para esclarecer que, embora eu e meus irmãos tenhamos nascidos no período
áureo do reinado da magnânima parteira Candinha, todos os partos da minha
querida mamãe Dalila foram feitos sob os cuidados de pessoas da amizade antiga dela,
desde os tempos que ela viveu no sítio Canadá, sempre na certeza da segurança e
do conforto da presença de Deus, quando seus filhos nasciam.
Diante da importância do trabalho de
assistência aos partos da memorável Candinha, torna-se absolutamente lícito o
reconhecimento de que essa venerável mulher se tornou símbolo imaterial e
patrimonial de Uiraúna, como reafirmação da gratidão do povo pelo seu trabalho
na melhor compreensão do amor ao seu semelhante.
Tenho procurado
recuperar a imagem de pessoas especiais do meu tempo de Uiraúna, que se
notabilizaram pela dedicação às importantes causas da população, como nesse
caso da parteira Candinha, que permanece viva na lembrança de todos os
contemporâneos dela.
É com especial regozijo
que homenageio a pessoa de Candinha, na certeza de que a sua grandeza enriquece
as páginas do meu livro, mesmo que seja por meio desta singela dedicatória,
pela oportunidade de dizer ao povo de Uiraúna que ela se dedicou, como ninguém,
ao seu imprescindível ofício, sendo a principal pessoa a ter o privilégio de
ser a primeira a dar as boas-vindas a expressiva parte das criaturinhas
nascidas, na cidade, no seu tempo.
Assim, sinto-me honrado
em homenagear a admirável Candinha, com a dedicatória deste livro, em forma de
singela gratidão, ao tempo em que faço justiça a ilustre pessoa por quem sempre
tive admiração, ante a sua importância como mensageira e realizadora de
importante obra de Deus, tendo sido permanente anjo da guarda de incontáveis
parturientes, cujos relevantes serviços são eternamente reconhecidos pelo povo
de Uiraúna.
Enfim, fico muito feliz em agradecer a Deus, por ter tido a oportunidade
de conhecer o importante e maravilhoso trabalho de puro amor ao próximo,
realizado por essa verdadeira heroína, de pseudônimo Candinha, que é sempre
digna do carinho e da gratidão do povo de Uiraúna.
Brasília, em 29 de maio de 2023
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