sábado, 20 de maio de 2023

Somente boas intenções

Conforme texto da lavra de famoso jornalista, que circula nas redes sociais, é elogiado o pleito eleitoral recém-realizado no Paraguai, com o uso das urnas eletrônicas, voto impresso e contagem pública dos votos, cujo vencedor foi o candidato presidencial conservador, a despeito do favoritismo, segundo a mídia, da candidata esquerdista.

O jornalista disse que o então presidente brasileiro teria tentado implantar o mesmo sistema eleitoral usado naquele país, mais sempre encontrou resistência e dificuldade, principalmente por parte do sistema que tudo fez em oposição para manter vigente o sistema fraudável brasileiro, mas ele deixou de dizer que o então presidente do país nunca apresentou projeto concreto de coisa alguma, ficando claro que tentativa somente na conversa tem o mesmo significado de nada.

O jornalista escreveu, ipsis litteris: “(...) Com tantos trilhões envolvidos, tantos políticos mafiosos sempre no controle do nosso estado, um sistema judiciário totalmente combalido, um legislativo infestado de narcotraficantes e vários partidos corruptos, acreditar em eleições limpas é o mesmo que acreditar em coelhinho da páscoa. Bolsonaro acreditava que era possível, nos livrando dos inimigos internos, também nos livrar dos externos. Acreditava e lutou para que fôssemos mais fortes, em maior número e mais representativos nos três poderes para finalmente conseguirmos expurgar todos os parasitas e vagabundos que se apropriaram do nosso estado, os mesmos que sempre lutaram contra a Lava Jato. Os mesmos que agora sonham censurar todas as redes sociais e calar os patriotas, pois com o silêncio dos bons será muito mais fácil entregar o país para os maus, os tirânicos comunistas chineses.".

Se é verdade, como alega o jornalista, que “Bolsonaro acreditava que era possível, nos livrando dos inimigos internos, também nos livrar dos externos. Acreditava e lutou para que fôssemos mais fortes, (...)”, por que o ex-presidente, ao invés de somente acreditar, não promoveu medidas efetivas, de modo a materializar por meio de atos os seus intentos, sabendo que, de bons intenções, o purgatório está cheio de pessoas medíocres.

De nada adianta lutar somente por meio de intenções, porque o verdadeiro estadista realiza seu governo por meio de atos concretos e medidas efetivas, quando somente as intenções fazem parte das pessoas populistas, despreparadas e incompetentes.  

A impressão que se tem e nem poderia ser diferente é a de que a minudência do extenso texto acima ajuda bastante a entender, com as maiores profundeza e contundência possíveis o quanto de incompetência e ingenuidade por parte dos políticos que foram simplesmente trucidados, destruídos e embrulhados pelo sistema dominante, conforme é descrito passo a passo pelo versátil articulista, deixando translúcido que o resultado do jogo considerado sujo foi vencido precisamente por quem teve mais habilidade para com o manuseio de seus instrumentos, não importando que eles eram sujos, mas sim a conquista de seus objetivos.

O jornalista mostra, em minuciosos detalhes, cada modus operandi, inclusive a autoria de cada façanha da maldade protagonizada contra os interesses do presidente do país, apenas com a intenção de dizer que eles são verdadeiramente perversos e maldosos, que tudo fizeram para defenestrar o “brilhante” presidente do trono, como de fato foi conseguido e sem muito esforço, apenas com o emprego da engenhosidade habilmente manejada, ponto a ponto, que não pudesse haver desvio do retilíneo plano traçado para a reconquista do poder.

Ou seja, o texto tem a grandeza e a fidelidade de mostrar como foi possível a formidável execução de engenhoso plano para o destronar do então presidente do Palácio do Planalto, tudo feito às claras, conforme a incomparável descrição constante do texto.

Isso vale dizer que o articulista teve sapiência absoluta para reconhecer e registrar a estrondosa competência da cafajestada aprontada contra o então presidente do país, embora tudo tenha sido feito pela oposição estivesse absolutamente dentro do planejamento dela, independentemente dos meios empregados, porque não é crível se esperar amabilidade e respeito à dignidade vinda da esquerda.

Não obstante, chega a ser risível que ele tenha sido totalmente incapaz de reconhecer a completa incompetência do mandatário do país, que foi absolutamente incapaz de oferecer qualquer medida em contraposição às articulações torpes de seus antagonistas, posto que ele era o presidente da República que poderia articular todas as medidas legais capazes para conseguir a neutralidade das iniciativas contrárias aos seus interesses.

 Ou seja, não existe qualquer projeto brilhante do presidente em condições de ter sido aprovado, exatamente porque ele não apresentou qualquer medida para alterar o sistema eleitoral brasileiro, tendo apenas ficado o tempo todo criticando e de forma bastante insana os opositores que defendiam a manutenção das regras vigentes, que resultaram em absolutamente nada, que nem poderia ter sido diferente, quando a incompetência dele jamais poderia contribuir para o aperfeiçoamento coisa alguma.

É preciso ter a devida consciência de aceitar a realidade nua e crua sobre a incompetência do então presidente, que foi pródigo em criticar o que ele considerava que estava errado, mas foi totalmente incapaz de enviar projeto apropriado para o devido aprimoramento do sistema eleitoral e, de resto, de tudo que estava em dissonância com a modernidade desejável, em benefício da eficiência e da eficácia da excelência da administração pública.

Ou seja, trata-se de governo que até pode ter tido as melhores intenções, mas, em termos de efetividade, ficou muito a desejar, porque nada executou para melhorar o funcionamento da administração pública, sempre carente de iniciativas reformistas e vanguardistas, que são a antítese das boas intenções, porque estas têm o mesmo efeito do vácuo, da lacuna, do nada.                 

 A conclusão possível, à vista do que consta do longo e bem concatenado texto, é que o presidente do país foi completamente dominado pela ingênua incompetência, que permitiu que os planos políticos dele fossem tragados pela esperteza dos astutos e maquiavélicos opositores, que foram bem-sucedidos na execução de seus planos, diante do despreparo e da incompetência do poder de então.

A verdade é que o texto, ao contrário da intenção da tentativa de denunciar o sistema dominante, mostra mesmo a marca da competência, não importando o modus operandi dos destruidores do trono presidencial, cujo titular foi incapaz de reação à altura dos seus oponentes, tanto que ele foi facilmente destronado, confirme mostram os fatos.  

            Brasília, em 20 de maio de 2023 

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