sexta-feira, 12 de maio de 2023

Perda da esperança?

 

Recebi mensagem de pessoa amiga dizendo que havia perdido a esperança de mudanças para melhor, no Brasil, diante dos rumos políticos que o sistema político-administrativo vem delineando para os brasileiros.

O pior não é exatamente se perder a esperança, como muitas pessoas, somente tempos depois, passam a perceber esse terrível mal-estar.

Felizmente, eu perdi a esperança a partir do momento quando foi jogada para o espaço sideral a única e mágica oportunidade que se destinaria ao saneamento de toda sujeira predominante na política, na administração e no judiciário brasileiros, de modo que, certamente com simples canetada poderia ter contribuído para resolver a maioria dos males incrustados na República brasileira.

E tudo tinha o respaldo da Constituição brasileira, que dava competência ao presidente do país para a decretação da intervenção militar, com base no art. 142, com destinação a assegurar a garantia da lei e da ordem, que foram desprezadas pela Justiça eleitoral, quando negou transparência ao resultado das últimas eleições.

Esse órgão não permitiu que as Forças Armadas e demais interessados tivessem acesso aos “códigos-fontes”, pisando sobre a norma insculpida no artigo 37, também de sede constitucional, que obriga a publicidade dos atos da administração pública, a despeito das várias denúncias sobre suspeitas de irregularidades na operacionalização do sistema eleitoral brasileiro.

Quando a autoridade máxima tem a insensibilidade sobre a iminência do desastre que poderia acontecer, mas isso seria facilmente contornável, por meio de medida administrativa que estava facilmente ao seu alcance, mas simplesmente nada foi feito e ainda mais sem ter a menor dignidade para justificar isso perante os brasileiros, por ser do dever constitucional de informação da verdade.

Isso se torna ainda mais decepcionante diante dos reiterados brados dele, evidentemente, da boca para fora, de que “O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, quando o verdadeiro amor à pátria se resumiu em sepulcral silêncio e covarde renúncia ao cargo, que fora abandonado antes do término do mandato, com a fugido do ex-presidente para outro país, com medo de ser preso e sem justificar aos brasileiros os reais motivos da sua imperdoável omissão.

Sem margem de dúvida, a injustificável omissão presidencial tem a inevitável característica de crime de lesa-pátria, exatamente porque a falta da imprescindível intervenção militar poderia ter evitado a passagem, sem qualquer resistência, do poder ao domínio da parte da política apodrecida e desonesta, caso se confirmassem irregularidades nas últimas eleições, ante enormes suspeitas de fraudes, principalmente devido ao injustificável sigilo sobre a operacionalidade do sistema eleitoral.

O certo é que de nada adianta agora reconhecer a perda da esperança e não ter a hombridade para saber a quem se atribuir culpa pela tragédia real, que facilmente poderia ter evitado o caos diante da atual desgovernabilidade.

Nesse caso, é preciso que os brasileiros sejam bastantes realistas e, exatamente por causa disso, muitas pessoas estão decepcionadas com a atitude do principal antipatriota, em especial caracterizada ainda mais por sua imperdoável omissão, que somente potencializou, de forma irremediável, pelo abandono das principais causas nacionais, na forma da entrega, sem resistência, do poder ao sistema indiscutivelmente contrário aos interesses dos verdadeiros brasileiros.

Brasília, em 11 de maio de 2023

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