Vem circulando nas redes sociais
carta atribuída a um general, na qual ele faz alertas sobre afrontas à
sociedade, por meio de medidas contrárias aos princípios assegurados na Constituição
e consolidados como direitos democráticos.
O militar conclui a sua mensagem
em forma de urgente mobilização dos brasileiros, em especial dos militares,
para agirem em defesa e salvação do Brasil, conforme excerto transcrito a
seguir.
“(...) Entre tantas
preocupações e anseios que a Sociedade necessita nesses tempos difíceis e
sombrios que passamos, ainda existem aqueles que insistem em nos provocar e nos
intimidar pelas Vias Radicais e Ditatoriais. Esse Tribunal que se diz ser
Supremo, afronta a Nação de uma forma irresponsável, podando e talhando os
Direitos Constitucionais adquiridos na constituição de 1988. (...) Em um
gesto covarde e absurdo de um homem que se acha Deus Supremo, aplica inquéritos
de censuras a liberdade de imprensa, e de seu povo que absolutamente não quer
mais esses homens no Poder e tem o poder e direito de manifestar-se. (...)
Alguém terá que parar esses inescrupulosos homens deuses. Nós juramos defender
a Pátria! (...) Uma população que está acomodada em berço
esplêndido e ao mesmo tempo oprimida ao seu maior medo. (...) Nós
das FFAA sabemos muito bem o que devemos fazer para impedir tudo isso, mas
agora cabe saber o que a Sociedade de bem deseja. (...) Convoco
aqui, como Chefe de Instituição Militar, uma grande mobilização dos nosso
amigos oficiais patriotas e que essa carta se espalhe para todos vocês e se
unam ao meu sentimento, porque depois que as lagartas se moverem, não reclamem
de quem tem o poder de verdade de recuperar essa Nação. Mais uma vez
alerto que: Quando tudo está parado e sequestram o direito de um Presidente de
governar, não há mais o que fazer, a não ser agirmos em prol e em defesa da
Nação. Que pena, que pena que nos tiraram esse poder institucional. Será
que teremos que ver o País ser dominado por completo por meia dúzia de raposas
Comunistas e não fazermos nada? (...) Meus amigos de farda,
levantemo-nos agora, e estejamos em QAP total de prontidão. (...)”.
Como
se vê, trata-se de mensagem de suma importância para alertar precisamente a
prevalência da desgraça generalizada que predomina no Brasil, por força da
imposição pessoal por parte de quem se acha e é, de fato e de direito, o
todo-poderoso, que casa, batiza, prende, ordena e reina, soberanamente, a
despeito do reconhecimento unânime do patente abuso de autoridade, que não tem
limites, a afrontar os comezinhos princípios de civilidade e razoabilidade
democráticas.
Tanto
é visível a monstruosidade, em termos do assombroso atrevimento autoritário que
a carta em comento declara, verbis: “Alguém terá que parar esses
inescrupulosos homens deuses.”, justamente se afirmando que os atos e as
decisões adotadas por esses homens superpoderosos já se tornaram corriqueiros e
absolutamente inquestionáveis, à luz da verdade e da justiça.
Na
linha do alerta, a importante mensagem faz convocação para grande mobilização
contra os abusos e as medidas inconstitucionais, na forma de união contra os
prejudiciais desmandos contra os verdadeiros interesses nacionais.
Como
visto, não basta somente a convocação verbal, por meio de veemente mensagem,
conquanto é preciso e com urgência que essa mobilização tenha por iniciativa
algo efetivo, a começar pela convocação dos brasileiros, invocando a presença
maciça também dos militares, para essa reunião, tendo por finalidade se
discutir precisamente a inadmissível dominação do poder pela parte decomposta
do sistema dominante, de modo que sejam colocadas em pauta as principais
medidas necessárias ao banimento de todos os segmentos nefastos às causas da
moralidade e da dignidade na administração pública.
É
conveniente que seja definida a pauta essencial ao convencimento da sociedade sobre
a imperiosa necessidade da libertação e da salvação do Brasil, por meio de
medidas capazes de motivar a reação dos brasileiros contra o império da
esculhambação e da dominação sistémica e criminosa que vem ditando as regras
totalitárias e absolutistas, evidentemente em dissonância com os salutares
princípios democráticos de respeito aos sagrados direitos individuais e de
cidadania.
Lamenta-se
que o militar mencionou que os militares sabem “muito bem o que devemos fazer para impedir tudo
isso,”, mas
esse conhecimento não teve nenhuma aplicação prática, até o momento, por parte
dos militares, nem serviu para absolutamente nada.
Esse fato
significa o mesmo que nada conhecer, quando sequer são esboçados os mecanismos
pelos quais eles seriam factíveis como tentativa para a solução dos gravíssimos
problemas predominantes no Brasil, particularmente no que diz respeito aos indiscutíveis
abusos de autoridade, por meio de medidas antidemocráticas e inconstitucionais,
em clara dissonância dos princípios de civilidade.
Urge
que os verdadeiros brasileiros sejam despertados para o real significado do
sentido de amor à pátria, de modo que esse sentimento de patriotismo seja
suficientemente capaz para o despertar sobre a urgente necessidade de agir em
defesa das causas nacionais, sob a concepção de que constitui demonstração de
extrema irresponsabilidade cívica se permitir o império dos inescrupulosos e aproveitadores
do poder, em visível detrimento dos interesses do Brasil e dos brasileiros.
Brasília, em 27 de maio de 2023
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