Como era de se esperar,
a posterior reação contra o aludido ato de discriminação foi à altura do que
realmente era preciso, mostrando que as pessoas civilizadas não toleram essa
maneira de comportamento selvagem e incompatível com os princípios de respeito
e tolerância que se impõem no âmbito do relacionamento entre os seres humanos dignos,
que merecem viver em clima de amizade, compreensão e respeito mútuos.
À toda evidência, a
humanidade apenas se imbeciliza ainda mais quando pensa que atitude de
menosprezo ao seu semelhante é motivo apropriado de diversão, um vez que isso
apenas mostra forma bestial de incivilidade e regressão às trevas da ignorância
e da intolerância, em total demonstração de que o homem tem muito o que ainda
aprender, em termos de princípios humanitários, para compreender que não existe
raça superior nem ninguém melhor ou pior do que ninguém.
Somos uma única raça
cognominada de ser humano, em que, por natureza própria da etimologia, a cor da
pele (traço meramente morfológico ou identidade biológica do ser humano) deriva
tão somente da necessidade da tentativa de classificação de qualidades
psicológica, moral, intelectual e cultural, que nada diz com a personalidade do
ser humano, quando é possível se perceber que a raça negra sofre
permanentemente forma de racismo e intolerância, evidentemente sem causa alguma
a justificar tamanhas brutalidade e irracionalidade.
A verdade é que o
conceito de raça tem tudo a ver com ideologia e não com biologia, porque mostra
que o ser humano é igual em termos de origem e composição orgânica, fato este
que mostra outra verdade nessa história, no sentido de que a raça não tem nada
com a diferenciação biológica, mas sim ideológica, qual seja, no sentido da
determinação da estrutura global da humanidade em poder e dominação, de modo a
se tentar institucionalizar a recriminável cultura do racismo, consolidada nos
países que menosprezam os salutares valores da raça humana.
Enfim, somos espécie
humana que se diferencia dos demais animais, cuja composição orgânica não se
diferencia, em termos mofo-biológica, entre indivíduos de pessoas, não importando
a cor da sua pele, quer seja branca, amarela, parda, negra etc.
Urge que a humanidade
se empenhe em respeitar a igualdade genética do ser humano, diante do primado
de que ninguém é absolutamente melhor, pior, superior, inferior ou diferente
por força de caracteres da pele.
Isso supõe a imperiosa
necessidade do respeito das pessoas no que existe de único, em termos de
diversidade ética e cultural, como forma inteligente de se contribuir para o
enriquecimento cultural e o desenvolvimento da humanidade.
Sim é preciso que a
humanidade se esforce para que seja eliminada toda forma de preconceito,
racismo e discriminação ao ser humano, como maneira racional e inteligente de
convivência pacífica entre os homens de boa vontade.
Brasília, em 24 de maio de 2023
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