O líder
da Igreja Universal do Reino de Deus sugeriu, em mensagem transmita em vídeo, nas
redes sociais, que os fiéis doem os próprios bens e propriedades para a
instituição religiosa, antes de morrerem.
De acordo
com o mencionado pastor, essa é maneira de agradar a Deus, que assim se expressou:
"Você meu amigo, minha amiga, senhor, senhora, pessoas
que tenham bens, propriedades, que tenham riquezas, preste atenção, se você
quer fazer algo que agrade a Deus, que vá beneficiar outras pessoas,
antes de você morrer, antes de você passar para a eternidade, deixe o que você
tem para a igreja".
O bispo afirmou
que “Envolver, ou melhor, estimular ou avançar o trabalho de evangelização
com essa missão de levar o Evangelho para outras criaturas. Tudo que supostamente
é meu, não é meu, não tenho nada. Já está preparado para dar continuidade nesse
trabalho de evangelização... Deus se agrada dessa oferta".
O
religioso concluiu seu apelo aos fiéis, dizendo que “se prepara para doar
todos os seus bens antes de morrer. Tudo que supostamente é meu, não é meu, não
tenho nada. Já está preparado para dar continuidade nesse trabalho de
evangelização... Deus se agrada dessa oferta".
Como não
poderia ser diferente, o apelo do religioso repercutiu muito mal nas redes
sociais, tento sido detonado por internautas, dizendo que ele é autêntico oportunista.
Não há a
menor dúvida de que esse líder religioso se constituiu como verdadeiro
aproveitador da ingenuidade dos fiéis, que acreditam nas vãs promessas disseminadas
por ele, que são movidas pela energia do dinheiro arrecadado, pasmem, em nome
de Deus e tem o nome de blasfêmia, como autêntico insulto à santidade do ser
supremo.
Não à toa
que a Igreja Universal acumula fortuna explorando a boa vontade dos fiéis da
sua crença, cujo líder fundador dessa instituição religiosa se tornado um dos homens
mais ricos do Brasil, sob a troca de enganação e de trapaças, em nome da crença em Deus, ou
seja, em nome em vão do Todo-Poderoso.
Na
verdade, a hipócrita audácia de investida do religioso, visando ao patrimônio
dos fiéis, no sentido do convencimento da generosa doação dele à igreja, antes
da morte, apenas se confirma a degradação da prática do desvio de atividades religiosas
de verdade, em que a principal ideologia da Igreja Universal é exatamente a
investida no dinheiro das pessoas que acreditam em falsa evangelização, porque
esta não tem absolutamente nada com o envolvimento com dinheiro, que tem sido o
cerne do trabalho dessa instituição, à vista do seu avantajado enriquecimento,
em termos de suntuosos templos.
À toda
evidência, a principal função das igrejas é exatamente a evangelização, a disseminação
da palavra dos bons princípios religiosos e dos salutares costumes, como forma
da sustentação das teorias bíblicas, como práticas saudáveis de conscientização
sobre a palavra de Deus, sem essa do amor ao dinheiro, sem causa a justificá-lo.
Agora, é
evidente que nada impede que os fiéis se dignem a doar seus bens para quem eles
quiserem, inclusive para as igrejas, mas não é nada comum o religioso vir a
público fazer apelo para pedir a doação de seus bens à igreja, porque isso
mostra claro desvio da missão religiosa, com claro viés interesseiro e oportunista,
estranho à finalidade religiosa propriamente dita.
Não se pode
negar que as igrejas precisam de dinheiro para se manterem em atividade, sob a
forma de dízimos ou outras atividades normais e lícitas de arrecadação, mas o comportamento
do religioso mostra ser escandaloso e ridículo, diante da hipócrita insinuação
de que isso seria forma para agradar a Deus, uma vez que, à toda evidência, isso
não condiz, em absoluto, com as práticas religiosas normais de adoração ao Criador.
Ao contrário,
essa monstruosa construção interpretativa de se agradar a Deus fere os
princípios religiosos, precisamente porque essa atitude escancara a sanha
pecaminosa por escandaloso amor ao dinheiro, como tem sido a marca dessa igreja,
conforme mostra o histórico das suas atividades.
Enfim,
compete aos fiéis não se seduzirem por apelo indigno e vergonhoso que não condiz
com os princípios religiosos, mas sim com o incontrolável sentimento de ambição
por dinheiro fácil, com o uso indevido do nome de Deus.
Brasília,
em 3 de agosto de 2022
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