quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Oferecer o pior?

 

Circula nas redes sociais mensagem que pede que alguém mencione três benefícios que o presidente da República tenha feito em prol dos brasileiros.

Tudo bem que a pergunta tenha sido dirigida de forma pessoal e tudo indica que a indagação seja feita por parte da oposição ao governo, ou mais especificamente da esquerda, como forma de mostrar que a gestão dele não significa nada para as pessoas.

Essa capciosa situação sinaliza que o interesse da indagação vem da parte da esquerda, que sempre acha defeito nos seus adversários, o que é bastante natural, quando há pensamento voltado para a conquista do poder.

Nessa questão, parece ser da maior importância não somente se saber o que o presidente do país teria feito diretamente para as pessoas, mas sim para o Brasil, que tem prevalência sobre os indivíduos.

Quando se acredita que o governo não vem funcionando da melhor maneira possível, tem-se em mente que a crítica parte de quem tem o lenitivo para os problemas da gestão pública, ante a felicidade em encontrar somente erros.

Nesse caso, se imagina que a solução seria apresentada por parte de governo da esquerda, como o salvador da pátria, com capacidade para resolver, de imediato, todos os males que grassam país afora, apenas em verdadeiro passe de mágica.

É preciso se ter em mente, que, realmente sendo da esquerda, a sua filosofia defendida por seus seguidores tem por base o socialismo, cujo ideário implantado em todos os governos que o seguem não tem um único bem-sucedido, em confirmação da igualdade social senão nas piores condições de miserabilidade.

Então, seria logo o Brasil o primeiro país a dar certo com o regime que tem por metodologia o desrespeito, como prática, dos direitos humanos e das liberdades individuais e democráticas, conforme comprovam os fatos históricos?

Ademais, em se tratando da volta ao poder do líder da esquerda brasileira, não há motivo algum para se criticar o atual governo, em termos de mediocridade, porque, por mais decepcionante que ele tenha sido, ele não se compara às insignificâncias dos governos anteriores ao dele, em especial no que se refere à degeneração dos princípios da moralidade, da honestidade e da dignidade, à vista dos monstruosos escândalos do mensalão e do petrolão, que nasceram precisamente no governo de quem pretende governar o Brasil, sem ter conseguido provar a sua inocência quanto aos casos de corrupção e irregularidades denunciados na Justiça, confirmando a má gestão na administração pública.

Além de tudo isso, consta ainda que o líder da esquerda foi condenado à prisão, exatamente pela prática de improbidade administrativa, na sua gestão, que é crime mais do que suficiente para não se permitir à sua volta ao poder, uma vez que, embora as decisões judiciais tenham sido anuladas, não por exame do mérito, conquanto os fatos delituosos permaneçam existindo normalmente nos autos, aguardando novos julgamentos.

Isso vale dizer que o político não consegue atender aos requisitos de conduta ilibada e idoneidade na vida pública, posto que a sua ficha é bastante suja perante a Justiça e a sociedade honrada e digna, que entendem que só existe um padrão de homem público, capaz de provar a sua imaculabilidade, como representante político.

Diante dessa sujeira de moralidade na vida pública, o que resta de dignidade por parte dessas pessoas que querem conhecer algo de bom, em termos de realização do atual governo, quando elas não têm como oferecer nada melhor para o Brasil?

Na verdade, quando a esquerda defende a volta ao poder de político que não se envergonha de se apresentar ao povo para presidir o Brasil, sem antes mostrar o nada consta da Justiça brasileira, fica muito clara a falta de respeito aos princípios republicanos, em especial da ética, da honestidade, da moralidade e da dignidade, que são exigidos, necessariamente, para o exercício de cargos públicos eletivos, quanto mais em se tratando do principal cargo do país.

Quem fala que o presidente do país representa o pior que existe no ser humano, certamente não consegue enxergar maldade alguma no candidato que defende e apoio, mesmo com os aleijões morais incrustados nele, com a arraigada mácula do câncer da corrupção, à vista dos deploráveis esquemas do mensalão e do petrolão, em cujo envolvimento, neste último caso, lhe rendeu a condenação à prisão, que é marca nada comparável de ulceração na gestão pública.

Convém que os verdadeiros brasileiros se conscientizem de que o Brasil somente merece ser presidido por pessoa que possa comprovar a sua conduta retilínea na vida pública, sem nunca ter sentado no banco dos réus, porque a grandeza do país e do seu povo exige o máximo de respeito, quanto à fiel observância aos princípios republicano e democrático.           

Brasília, em 18 de agosto de 2022

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