Na
entrevista ao Jornal Nacional, o presidente da República deixou claro que ele
poderia se tornar ditador se não contasse com a aliança com o grupo parlamentar
conhecido com o nome de Centrão.
Que
espanto, meu Deus, em se chegar ao ponto de o presidente do país fazer declaração
tão espantosa como essa, em reconhecimento de que o nefasto Centrão se tornou ponto
de equilíbrio garantidor da democracia!
Como é esquisita essa forma mentalidade de
se defender a imagem do desgraçado grupo político, que é o símbolo do
deplorável fisiologismo, como se ele fosse pejorativamente entendido como se
ele não fosse o pior câncer da política brasileira, do qual o presidente do
país faz parte, por ser filiado a partido integrante dele.
Não
pode haver nada mais horrível do que a principal autoridade do país defender
esse nefasto grupo político, que tem sido verdadeira chaga da política
brasileira, por ter o exclusivo propósito do escrachado aproveitamento de
vantagens indevidas, como recursos e cargos públicos, em contrapartida ao apoio
garantido aos projetos do governo, no Congresso Nacional, conforme mostra a
história brasileira.
O
mais ridículo ainda, por conta disso, é que o governo é literalmente comandado
pelo nefando Centrão, que o levou para dentro do Palácio do Planalto, de onde
ele controla tanto o Orçamento da União como o imoral e imundo orçamento
secreto, criado pelo próprio Centrão e controlado pelo presidente da Câmara dos
Deputados, que o integra, que também é outra excrescência na gestão pública,
porque, de acordo com a Constituição, os orçamentos são da competência privativa
do Executivo.
O
governo sério e honesto, consciente sobre a sua responsabilidade republicana,
não precisa se aliar a grupo inescrupuloso como o Centrão para governar, basta
apenas agir em estrita observância aos princípios éticos da moralidade e da
competência.
Se
submeter por completo, como foi feito, aos caprichos do Centrão, o presidente
do país não merece o respeito dos brasileiros honrados e dignos, porque aliança
espúria não pode ser respaldada sob égide dos princípios republicano e democrático.
Essa
infeliz história de ditador somente passa em cabeça vazia de ideias, como a se tentar
justificar que a aliança com o desgraçado grupo político seria imposição para
se evitar a ditadura brasileira, cuja engenhosidade não tem o menor cabimento,
em República séria, evoluída e civilizada, em termos políticos e democráticos.
A
que ponto chegam as ideias absurdas, porque uma coisa não tem nada com a outra,
à luz da racionalidade democrática e civilizada, sob o prisma dos princípios
republicanos?
O
certo mesmo é que o presidente do país se elegeu abominando o Centrão, o chamando
de velha política, constituída por aproveitadores de recursos públicos, mas
hoje ele é seu principal aliado e integrante e isso tem o condão de demonstrar
que algo realmente não bate de correto.
Isso
somente se justifica diante da influência de interesses pessoais na história,
que é visivelmente a atual situação de esculhambação que se encontra o governo,
diante de aliança injustificável, embora ela seja defendida por seu titular
como sendo a mais honesta da Terra e ainda com o poder se se evitar a ditadura
brasileira, conforme afirmação do mandatário brasileiro.
Enfim,
o pior de tudo isso é que somos obrigados a aplaudi-lo, mesmo diante das
notórias e sérias inconveniências, como visto acima, diante da possibilidade de
pior desastre que nos amedronta e aterroriza, com a eventual volta da indesejável
esquerda ao poder.
Que
Deus se apieda do Brasil!
Brasília,
em 24 de agosto de 2022
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