quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Os ossos do ofício?

 

Um jornalista fez minucioso comentário sobre a atuação dos entrevistadores do presidente da República, no Jornal Nacional, tendo concluído que o mandatário teria sido submetido a verdadeiro massacre, na tentativa de desmoralização e humilhação da autoridade dele, como forma de denegrir a sua imagem perante a nação.

O comentário desse jornalista resume, com muita sapiência, sem sensacionalismo, a real situação dos entrevistadores, que deixaram à margem os princípios éticos próprios da sua profissão.

Muito louvável a posição desse jornalista, que mostrou exatamente o que aconteceu, tendo em vista os propósitos maquiavélicos e premeditados da emissora, que realmente desejava colocar o presidente em saia justa, para colocá-lo em contradições e mostrar incômodo perante a opinião pública.

O detalhe, que não foi lembrado pelo analista, é que o script foi rigorosamente cumprido pelos entrevistadores, exatamente em harmonia com os planos de destruição da imagem do presidente do país, a depender de possível desvio do desempenho dele.

Ou seja, embora seja condenável o trabalho dos entrevistadores, eles apenas seguiram o padrão das perguntas e análises que interessavam à emissora e se comportaram independentemente da ética jornalística aplicável ao momento.

Caberia sim, ao presidente, se superar e contrapor diante das armadilhas apontadas na sua direção, que, aliás, ele tinha como função precípua mostrar que seria capaz de superar os obstáculos colocados à sua frente.

Espera-se que o competente jornalista diga se o presidente teve bom desempenho diante do massacre organizado pela emissora, de modo que os eleitores possam avaliar o desempenho do presidente do país, em teste de qualidade sobre a sua capacidade de superação.

Enfim, o certo mesmo é que o presidente da República não tem motivo algum para reclamar de ter sido colocado em situação delicada, diante da necessidade de se defender das acusações e das armadilhas preparadas para ele, na entrevista em apreço, porque isso faz parte do exercício do cargo e competia exclusivamente a ele encontrar as melhores e compatíveis respostas para todas as situações arquitetadas contra o seu desempenho no governo.

Brasília, em 25 de agosto de 2022

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