sábado, 6 de agosto de 2022

Triste realidade

 

Depois da reunião do presidente da Repúblicas com embaixadores de países amigos, é preciso se avaliar qual foi realmente o resultado das colocações ali expostas, em termos de benefícios para o Brasil ou mais especificamente para o sistema eleitoral brasileiro, ante o anseio sobre o aperfeiçoamento, em especial, do funcionamento das urnas eletrônicas?

A resposta é simples e direta: nenhum,  a não ser mostrar para o mundo o que todos já sabem sobre as deficiências desse sistema tão duramente criticado pelo presidente do país, que não teve competência para provar nada de errado nem de adotar as necessárias medidas legislativas para aprimorá-lo por via de mecanismos apropriados e recomendados ao caso, que é por meio de norma jurídica, fato que se evitaria esse terrível desgaste de se ficar se humilhando inutilmente aos pés da Justiça eleitoral.

O bom senso e a racionalidade mostram, com muita clareza, a extrema insensibilidade política do presidente da República, por evidenciar, de maneira cabal, que ele não teve habilidade para solucionar problema gravíssimo referente ao funcionamento das urnas, tendo encontrado a pior maneira de mostrar a falta de competência e habilidade político-administrativa para solucionar as questões internas, preferindo denunciar os fotos ao mundo, que seria a medida menos recomendada, nas circunstâncias, por não se vislumbrar qualquer efeito prática com medida tão vexatória, em nível presidencial.

Não é o caso dele, porque ele seria o pior político da face da Terra, por perder logo para o pior criminoso do planeta, em termos de gestão pública, mas a atitude do presidente da República demonstra desespero de candidato perdedor que nem começou a campanha eleitoral, já que ele, com isso, não tendo outra explicação plausível, se acha derrotado, ao denunciar ao mundo, com total ânimo, a precariedade do funcionamento das urnas eletrônicas, sem apontar efetiva prova de fraude, mas sim meras evidências, que não têm muito valor jurídico, à vista da necessidade de investigações aprofundadas.

É muito difícil que ele seja derrotado, na esperança de que isso não seja por falha na operação das urnas, mas sim por indiscutível incompetência, em não se dispor de habilidades suficientes para solucionar as questões nacionais, na via recomendada pelo figurino do bom senso e da racionalidade.

Não satisfeito com a explanação acima, acerca da reunião presidencial, um cidadão houve por bem contestá-la, tendo afirmado o seguinte: “Colega, só para um entendimento. Acredito que você tenha, com plena convicção e segurança, a indicação de um candidato ao cargo presidencial, já que esse atual é visto, por você, como incompetente, de humildade inútil, insensível politicamente, inábil, perdedor, desesperado, etc.

Em resposta à citada mensagem, eu disse que, com segurança, o meu candidato certamente é o melhor entre os piores que estão na disputa presidencial, porque ele não comunga com as desgraçadas e atrozes banalidades encampadas pela esquerda brasileira, no que se referem aos seus desprezo e insensibilidade aos salutares direitos humanos e às liberdades individuais e democráticas.

Embora a referência acima diga respeito a político que não se comporta como verdadeiro estadista, que precisa ter os sensos de equilíbrio, tolerância e sobriedade nos assuntos que somente digam respeito ao interesse público, uma vez que estes devem ser discutidos em alto nível, com a prevalência do diálogo e na via institucionalizada, em que o interesse da sociedade esteja sempre em primeiro plano, é preciso se pensar, de maneira prioritária, nos interesses do Brasil.

Se o presidente do país não tivesse interesse na reeleição, ele jamais estaria brigando feito louco, embora de maneira enviesada, para o aperfeiçoamento do sistema eleitoral brasileiro e isso é exatamente a guerra desesperada dele, por ter em mente a defesa de causa pessoal dele, o que é totalmente diferente de se lutar por interesse da sociedade.

De outra feita, seria razoável que o presidente do país até se estrebuchasse por causa nobre, se realmente houvesse, mesmo que minimamente, algum mecanismo para se provar que existe algo errado nas urnas, devidamente palpável e efetivo, mas ele tem apenas meros indícios, suposições dispersas, que nem sempre são suficientes, em termos jurídicos, para a confirmação de importantes teses como essa levantada e defendida por ele, a sangue e fogo.

O estadista competente já teria resolvido essa questão pela via apropriada, que é por meio de projeto legislativo, onde se definem e se estabelecem os parâmetros como devem funcionar não somente o sistema eleitoral, mas em especial as urnas eletrônicas, cuja clareza teria evitado todos esses desgastes e vexames totalmente desnecessários, a exemplo de países civilizados.

Com a aprovação de norma apropriada, o presidente do país não precisaria ficar se desgastando, se arrastando e se humilhando sob o solado da Justiça eleitoral, que tem competência constitucional para agir exatamente como ela bem entender, evidentemente na forma e no limite da atual legislação, com total respaldo nela, que se encontra em vigor, conquanto isso vem sendo observado por ela.

Para a Justiça eleitoral, pouco importa que o presidente brasileiro fique saindo das quatro linhas da liturgia inerente ao seu cargo, como ele fez agora, com aviltante reunião com os embaixadores, sem a menor necessidade de denunciar aos quatro cantos do mundo as eventuais precariedades no sistema eleitoral brasileiro, porque isso é assunto de exclusiva economia interna, que precisa ser resolvido com competência pelas instâncias competentes, à vista da real necessidade de aperfeiçoamento.

É bastante lamentável que poucas pessoas não tenham capacidade para enxergar essa questão da forma como deve ser, porque só assim o presidente do país poderia se espelhar e se convencer de que a seu empenho é absolutamente em vão e inócuo, na forma atabalhoada como ele vem se expondo, de maneira visivelmente empírica, que não o leva a horizonte algum.

É preciso ser obrigado a respeitar quem concorda com os despreparo e incompetência como esse importante assunto vem sendo conduzido pelo presidente da República, em que pese ele não levar a lugar algum, salvo à inútil insistência na permanente mobilização da mídia para a cobertura de causa perdida, com o emprego de precioso tempo, que poderia ser usado em causas nobres da nacionalidade, além da aplicação de muitos recursos que estão sendo jogados no ralo do desperdício.

          É bom que as pessoas sensatas decidam repudiar a forma ingênua e ineficaz como o presidente da República se devota à defesa de causa de suma importância, porém com o emprego de técnicas obsoletas e ineficientes fadadas ao indiscutível fracasso, quando ele poderia ter resolvido a questão com os devidos eficiência e êxito, por meio de medida legislativa apropriada e definitiva.

Brasília, em 6 de agosto de 2022

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