Circulam,
nas redes sociais, muitas críticas, por meio de estudos científicos, sobre a
eficácia das vacinas, na tentativa de mostrar a sua desnecessidade, sob o
argumento de efeitos prejudiciais ao organismo, como se elas fossem apenas instrumentos
experimentais, em total desprezo aos seus reais benefícios contra o coronavírus,
que é considerado o mal do século.
Causa
perplexidade a forma injusta das severas críticas feitas às vacinas, somente
enaltecendo os seus pontos e efeitos maléficos, como se elas não tivessem
servido absolutamente de nada, em termos de preservação de milhões de vidas
humanas, conforme mostram os resultados da imunização.
Ressalte-se,
a propósito, que, somente no Brasil, antes da imunização, morriam, por dia,
mais de quatro mil pessoas por causa da Covid-19, enquanto, na atualidade, a
média de óbitos é inferior a quinhentas mortes e isso demonstra o real
significado da imunização, em que pesem os efeitos colaterais, que ocorrem em
todos os medicamentos, inclusive os não experimentais.
Qual
a importância das vacinas nessa gigantesca queda de mortes, porque, sem elas, a
tendência era o aumento progressivo das mortes, diante da maior incidência do vírus,
que não encontrava barreira, como a vacina?
Não
se pretende desqualificar a importância de muitos estudos científicos, condenando
as vacinas sob o rótulo de experimentais, porque eles são essenciais como
instrumentos científicos necessários à avaliação das vacinas perante os
usuários, mas os fatos mostram a eficácia delas, em números expressivos de
prevenção.
É
interessante que os estudos não tenham se voltado também para os resultados quanto
às vidas poupadas, por conta das vacinas, que seriam impossíveis sem elas,
mesmo diante dos preocupantes efeitos colaterais, que são próprios em todos os
remédios, evidentemente com incidência maior ou menor de acordo com a
resistência orgânica de cada pessoa, a exemplo das vacinas, cuja interpretação
científica não pode ser aplicada, de forma generalizada, a todo mundo, porque
há constatação também de excelentes resultados em benefício da vida.
Agora,
parece bastante estranha a falta de manifestação da Anvisa, órgão oficial de
controle de medicamentos, ou até mesmo do governo, notadamente porque as
vacinas foram aprovadas por ele e a aplicação delas na população teve a indicação
desse órgão, precisamente depois da sua avaliação técnica.
Além
disso, esse órgão é considerado bastante confiável, quanto ao seu alto nível de
competência, que também tem sido principal agente abonador do uso das vacinas, fatos
estes que o obrigaria a opinar acerca de possíveis restrições sobre o uso das
vacinas, se consideradas prejudiciais à vida humana, obviamente com base nas
evidências constantes desses estudos.
Na
verdade, a eventual omissão desse órgão tem tudo a ver com a proliferação de
notícias muito mais com o objetivo de alarmar a população, as quais tendem a
ser prejudiciais ao interesse público, em que o poder público tem o dever de
atuar, justamente para, no mínimo, prestar as devidas e corretas informações
acerca do assunto, uma vez que as vacinas estão sendo aplicadas sob o seu direto
patrocínio.
Motivos
estes que eleva a responsabilidade desse órgão sobre a prestação também dos
devidos esclarecimentos à população, inclusive para afastar as incertezas
quanto possíveis malefícios à saúde, como nesse caso tratado nos estudos, que
somente levariam ao desprezo às vacinas, dando a entender que elas só causam
doenças terríveis e até vitais, quando, na verdade, elas foram a salvação da
humanidade, evidentemente sob a avaliação leiga.
Enfim,
é lamentável que assunto da maior importância para a população não tenha merecida
a devida atenção por parte das autoridades incumbidas constitucionalmente do
devido cuidado, que diz diretamente com o zelo da saúde pública, quanto aos indispensáveis
esclarecimentos sobre o caso em apreço, à vista de notícias divergentes e
prejudiciais à imunização.
Brasília,
em 7 de agosto de 2022
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